Empresa afirma ter encerrado testes e aguarda aprovação final da autoridade regulatória americana. Toda a frota do 737 MAX está em terra desde meados de março, após queda de avião da Ethiopian Airlines.
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A empresa aeroespacial Boeing anunciou nesta quinta-feira (16/05) que concluiu a atualização de software do modelo 737 MAX, envolvido em duas quedas nos últimos oito meses e que está banido em quase todo o mundo.
A Boeing assegurou também que finalizou os testes correspondentes, incluindo 207 voos e mais de 360 horas no ar, durante os preparativos para que as aeronaves possam voltar a voar.
"Com a segurança como a nossa prioridade essencial, nós completamos todos os voos de teste de engenharia para a atualização do software e estamos nos preparando para o voo final de certificação", afirmou o presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg.
A empresa americana comunicou ter fornecido à Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) informações adicionais requeridas sobre como os pilotos interagem com os controles da aeronave em diferentes situações.
Uma vez completado o procedimento, a Boeing espera acertar com a FAA uma data para realizar um voo de teste final e finalizar todo o processo de certificação. Reguladores internacionais vão se encontrar em 23 de maio para avaliar o software da Boeing e os seus planos de treinamento de pilotos.
"Estamos empenhados em dar aos reguladores da FAA e mundo afora toda a informação de que necessitam e fazê-lo bem", disse Muilenburg. Ele afirmou que a empresa está confiante que os aviões da série 737 MAX com a atualização de software serão "umas das aeronaves mais seguras que já alçaram voo".
"Os acidentes intensificaram nosso compromisso com nossos valores, incluindo segurança, qualidade e integridade, porque sabemos que existem vidas que dependem do que fazemos", acrescentou Muilenburg.
No início de maio, a Boeing admitiu que engenheiros da empresa haviam identificado uma falha no software de alertas aos pilotos nos modelos 737 MAX já em 2017, vários meses antes da queda da aeronave da empresa Lion Air. A Boeing disse que a diretoria da empresa só ficou sabendo dessa falha depois da tragédia na Indonésia, que deixou 189 mortos.
Toda a frota do 737 MAX está em terra desde meados de março, depois do segundo acidente, com uma avião da Ethiopian Airlines, que causou a morte de 157 pessoas.
PV/efe/afp
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Em 9 de fevereiro de 1969, um Jumbo decolava pela primeira vez. Ele logo se tornou o principal avião de passageiros do mundo – e abriu novas dimensões para as companhias aéreas.
Foto: picture-alliance/imageBroker/J. Tack
Apelido esclarecedor
Um jumbo da British Airways se aproxima do aeroporto de Heathrow. A imagem elucida por que a aeronave da Boeing do tipo 747 recebeu rapidamente o apelido de "Jumbo" logo após seu primeiro voo comercial há 50 anos: o quadrimotor a jato é simplesmente gigantesco. A aeronave também ficou conhecida como "rainha dos céus".
Foto: Reuters/T. Melville
Velhos amigos
O então presidente da Boeing, Bill Allen, e o CEO da empresa aérea americana Pan Am Juan Trippe (dir.), em 9 de fevereiro de 1968, após o voo inaugural do primeiro Boeing 747. Os dois eram amigos de longa data. Durante uma pescaria, Trippe teria indagado Allen sobre os planos para um grande avião de passageiros: "Se você construir, eu vou comprar". A resposta: "Se você comprar, eu vou construir".
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Viajar com glamour
A fama do novo 747 não adveio apenas de suas inovações técnicas, mas também do seu glamour. Com um lounge em que se serviam coquetéis, o avião prometia uma experiência de viagem elegante e descontraída. Com mais de 70 metros de comprimento e uma envergadura de quase 60 metros, a aeronave comportava entre 366 e 550 passageiros, dependendo da disposição dos assentos.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Catástrofes
O Jumbo também está associado a grandes desastres. A queda de um avião da Lufthansa em 1974, logo após a partida em Nairóbi, custou 59 vidas. Em 1977, dois Jumbos colidiram no aeroporto de Tenerife – 583 mortos. Em 1988, 270 pessoas morreram após a explosão de uma bomba a bordo em atentado terrorista quando o 747 sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie (foto).
Foto: Roy Letkey/AFP/Getty Images
Bicão
O Jumbo se destaca por sua "corcunda" na parte superior da fuselagem, em que se encontra, entre outros, a cabine de pilotos. Essa disposição possibilita uma porta de proa para as aeronaves de carga, permitindo a entrada de grandes volumes. Atualmente, a Boeing vende o quadrimotor a jato, com alto consumo de combustível, praticamente apenas na versão de frete.
Foto: Imago/Russian Look/L. Faerberg
Transporte do ônibus espacial
Nesta imagem de 2012, a Discovery pega carona com o gigante. As aeronaves de transporte do ônibus espacial (Shuttle Carrier Aircraft – SCA) foram dois jatos Boeing 747-100, modificados para transportar o veículo da agência espacial americana NASA. Eles foram usados no regresso dos ônibus espaciais para o Centro Espacial Kennedy.
Foto: picture-alliance/dpa
Avião dos vencedores
A Lufthansa teve orgulho de levar a seleção alemã de futebol do Rio de Janeiro para Berlim, com a taça da Copa do Mundo na bagagem. O Boeing 747-8 ganhou uma pintura nova com os dizeres "Siegerflieger Fanhansa" ou "avião dos vencedores Fanhansa".
Foto: picture-alliance/dpa
"Ed Force One" do Iron Maiden
Na foto, a banda britânica de rock pesado Iron Maiden aterrissa em maio de 2016 no Aeroporto de Düsseldorf. Metaleiros e observadores de aviões garantiram os melhores locais para ver o "Ed Force One" – em homenagem à mascote da banda, o monstro Eddie. O jato é pilotado pelo próprio vocalista Bruce Dickinson.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Young
Dinossauro dos céus
Como o ainda maior Airbus A380 (na foto em primeiro plano), o 747 não atende mais aos requisitos econômicos das companhias aéreas que preferem aeronaves bimotores de longo alcance, como o A350 ou o Boeing 777 e 787. No ano passado houve um total de 18 novos pedidos para o Jumbo, e existem apenas 24 encomendas não processadas.
Foto: picture-alliance/dpa
"Air Force One"
Além das 1548 aeronaves já fabricadas, poucas deverão ainda ser executadas, embora o presidente americano, Donald Trump, tenha encomendado o próximo avião presidencial "Air Force One" à base do 747. O imperador japonês e o sultão de Brunei também apreciam a "rainha dos céus" como aeronave do governo.