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Boeing negocia parceria com Embraer

21 de dezembro de 2017

Fabricantes de aviões confirmam negociação, mas ressaltam que ainda não há garantia de acordo. Parceria precisa de aval do governo brasileiro.

Jato da Embraer
Embraer é a terceira maior fabricantes de aviões do mundoFoto: picture-alliance/dpa/S. Moreira

A fabricante de aviões americana Boeing e a Embraer confirmaram nesta quinta-feira (21/12) que estão negociando uma parceira, porém, ressaltaram que, no momento, não há nenhuma garantia de um acordo. Qualquer transação precisará ser aprovada pelo governo brasileiro, que manteve seu poder de veto nas decisões da Embraer quando a privatizou há duas décadas.

"Boeing e Embraer confirmaram que as duas companhias encontram-se em tratativas em relação a uma potencial combinação de seus negócios, em bases que ainda estão sendo discutidas. Não há garantia de que qualquer transação resultará dessas discussões", divulgaram as fabricantes num comunicado conjunto.

O comunicado afirma ainda que as duas empresas não pretendem, por enquanto, fazer comentários adicionais a respeito das discussões.

A confirmação sobre a negociação foi feita após o jornal americano The Wall Street Journal noticiar que a fabricante dos EUA pretendia adquirir a empresa brasileira.

A fusão entre Boeing e Embraer seria uma resposta da companhia americana ao anúncio da união entre a Airbus e a canadense Bombardier, quarta maior fabricante de aeronaves do mundo e principal adversária da Embraer no mercado de aviões para voos regionais, feito há dois meses.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o presidente Michel Temer aprovou as negociações entre as empresas, mas descartou a venda da Embraer. O governo teria sido pego de surpresas sobre as conversas entre as fabricantes de aeronaves.

Apesar da privatização em 1994, o governo brasileiro possui na Embraer uma golden share que lhe confere o poder de dar o aval sobre as decisões da empresa.

Com valor de mercado estimado em 3,7 bilhões de dólares, a Embraer é a terceira maior fabricantes de aviões do mundo e, ao lado da Bombardier, líder no mercado de jatos regionais. Os rumores sobre as negociações elevaram em mais de 21% os valores das ações da empresa na Bovespa. Já na bolsa americana, elas subiram 26%.

CN/afp/efe/rtr/ots

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