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Bolsonaro anuncia Kássio Nunes Marques para o STF

2 de outubro de 2020

Indicação de católico surpreende. Presidente, porém, promete dar próxima vaga no Supremo Tribunal Federal a evangélico. Natural de Teresina, Kássio Nunes Marques, de 48 anos, é juiz do TRF-1.

Jair Bolsonaro
Indicação é vista como um aceno do presidente ao NordesteFoto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (01/10) que indicará o juiz federal Kássio Nunes Marques para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que abrirá com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que deixa a Corte em 13 de outubro.

"Sai publicado amanhã no Diário Oficial o nome do Kássio Marques para a nossa primeira vaga do Supremo Tribunal Federal", afirmou Bolsonaro, numa transmissão ao vivo em rede social. "Nós temos uma vaga prevista para o ano que vem, também. Esta segunda vaga vai ser para um evangélico, tá certo?", acrescentou.

Kássio Nunes Marques, de 48 anos, passou a ser cotado para a vaga no STF no início desta semana e sua indicação surpreendeu, pois até então Bolsonaro vinha anunciando que pretendia indicar um "terrivelmente evangélico" para o Supremo.

Católico, natural de Teresina, Kássio Marques é desembargador no Tribunal Federal da 1a Região (TRF-1), tendo sido indicado a esse cargo pela então presidente Dilma Rousseff em 2011. O juiz é formado em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e possui mestrado em direito constitucional pela Universidade Autônoma de Lisboa, além de doutorado pela Universidade de Salamanca.

Sua indicação precisa ainda ser aprovado no Senado, após uma sabatina. Se aprovado, ele será o primeiro ministro nordestino na atual constituição da Corte. A escolha de Bolsonaro é vista como um aceno do presidente ao Nordeste, região onde ele conta com uma pequena base eleitoral.

A indicação de Kássio Marques foi articulada por líderes do centrão, sendo diretamente influenciada pelos senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI). O fato do juiz ser considerado de linha garantista teria sido fundamental para o presidente. Ao assumir a vaga de Celso de Mello, ele poderá herdar o processo que investiga Bolsonaro por supostas interferências na Polícia Federal (PF), que foi aberto depois das acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro.

CN/ots

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