Insultos e ameaças de militantes de extrema direita levam veículos de comunicação a suspender cobertura no Palácio da Alvorada. Para presidente da Abraji, comportamento de Bolsonaro incentiva hostilidades.
Anúncio
Nesta terça-feira (26/05), pela primeira vez no governo Jair Bolsonaro, repórteres de diversos veículos de comunicação não se deslocaram de manhã cedo para a porta do Palácio da Alvorada, em Brasília, para fazer perguntas ao presidente sobre temas relevantes ao país, devido à crescente hostilidade dirigida por militantes de extrema direita aos jornalistas no local.
A decisão de suspender temporariamente a cobertura jornalística na saída da residência oficial do presidente, com o objetivo de proteger a integridade física dos repórteres, foi tomada pelo jornal Folha de S. Paulo, pela TV Bandeirantes, pelos sites Metrópoles e UOL e por veículos do Grupo Globo, entre eles a TV Globo, a Globo News, os jornais O Globo e Valor Econômico e o portal G1.
O presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Träsel, afirmou à DW Brasil que a retirada dos jornalistas da porta do Alvorada é o capítulo mais recente de uma escalada de ataques à imprensa promovidos pelo próprio presidente da República e seu grupo político, que estimulam a hostilidade contra os repórteres e oferecem uma sensação de impunidade aos militantes, que decidem partir para a violência.
"As palavras do presidente acabam legitimando ações mais agressivas da militância, criam um clima de desconfiança na população sobre os jornalistas, e algumas pessoas mais exaltadas acabam partindo para a violência. (…) E como a maior autoridade da República não condena essas agressões, pelo contrário, segue com o discurso hostil, passa a impressão que não haverá punição a esse tipo de atitude", diz.
Träsel, que também é jornalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, afirma que a hostilidade patrocinada por Bolsonaro contra a imprensa faz parte de uma estratégia política de mobilização de sua base. Além das agressões físicas, ele aponta que o assédio virtual contra os jornalistas tem sido um grande problema enfrentado pelos profissionais. E pondera que a decisão dos veículos de deixar a cobertura da porta do Alvorada é complexa do ponto de vista da ética jornalística.
DW Brasil: Como a Abraji avalia a decisão de grandes veículos de comunicação de tirarem seus repórteres da porta do Alvorada?
Marcelo Träsel: A Abraji apoia a decisão dos veículos que tiraram seus repórteres, mas não condena os veículos que optaram por deixar repórteres lá. É um debate complexo do ponto de vista da prática profissional e da ética jornalística.
Temos acompanhado os problemas que acontecem nessas entrevistas, emitimos diversas notas de repúdio por causa do comportamento do presidente nessas ocasiões, em que ele ofende os repórteres e faz críticas à imprensa. Há um clima constante de hostilidade, e mais recentemente falta de segurança, pois os jornalistas e os militantes que apoiam o governo compartilham o mesmo espaço. Tem havido agressões físicas de jornalistas em Brasília, e repórteres que estão na porta do Alvorada dizem que não têm garantias à sua integridade física.
Uma vez garantida a segurança dos jornalistas, a imprensa deveria ir à porta do Alvorada todas as manhãs, apesar dos repetidos ataques verbais do presidente à imprensa?
A Abraji não faz avaliações sobre decisões editoriais, e reconhece que existem bons motivos tanto para ficar quanto para sair de lá. A única recomendação é que a segurança dos jornalistas seja garantida.
Minha impressão particular, como jornalista e professor, é que essas entrevistas não têm oferecido notícias que justifiquem expor os jornalistas a uma humilhação constante. Como pesquisador, analiso essas entrevistas como uma peça na estratégia de propaganda política do presidente e do grupo politico que ele representa.
Muitas vezes a militância edita os vídeos e distribui por redes sociais trechos de Bolsonaro ofendendo repórteres e a mídia, para inflamar a base de apoio. Se a melhor forma de garantir a segurança é se retirar de lá, apoiamos a decisão, embora reconheçamos que se possa perder alguma declaração do presidente. Mas há outras formas de cobrir o governo, e Bolsonaro sempre se manifesta em outras ocasiões e faz lives.
As intimidações a repórteres feitas por militantes na porta do Alvorada se inserem em uma escalada de violência contra jornalistas, com diversos casos de agressões físicas. O presidente tem alguma responsabilidade por esses episódios?
Sim, o discurso de Bolsonaro nessas entrevistas e em diversas oportunidades é hostil à imprensa, colocando os jornalistas como inimigos do governo federal. As palavras do presidente acabam legitimando ações mais agressivas da militância, criam um clima de desconfiança na população sobre os jornalistas, e algumas pessoas mais exaltadas acabam partindo para a violência.
Se nós analisarmos o que essas pessoas dizem durante os vídeos, é praticamente o mesmo que o presidente diz sobre a imprensa. E como a maior autoridade da República não condena essas agressões, pelo contrário, segue com o discurso hostil, passa a impressão que não haverá punição a esse tipo de atitude.
Além de notas de repúdio, o que mais as associações de jornalistas ou de veículos de imprensa poderiam fazer para fazer frente a esses ataques?
As associações têm o poder da pressão política. O próprio registro e denúncia internacional desses casos contribui para que haja pressão sobre o governo. Além disso, amanhã vamos lançar um convênio, junto com a OAB, pelo qual os jornalistas que forem assediados nas redes sociais poderão ter uma primeira orientação com um advogado para saber como proceder — além das agressões físicas, o assédio virtual tem sido um grande problema.
Recentemente a Abraji participou de uma audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, na qual foram expostas todas essas infrações à liberdade de imprensa que estamos vivenciando. Também estamos sempre telefonando para prefeitos e secretarias de comunicação pedindo explicações sobre casos de violação, e muita vezes esse contato já ajuda bastante.
O vice-presidente Hamilton Mourão publicou neste mês um artigo no qual afirma que a imprensa precisa "rever seus procedimentos" e defende que opiniões contrárias e favoráveis ao governo deveriam ter o mesmo espaço. No mês passado, o ministro general Ramos pediu que a imprensa desse notícias positivas em meio à pandemia. O governo tem uma boa compreensão de qual é o papel da imprensa livre?
Essas declarações deixam bastante claro que não tem. Muitas vezes as pessoas interpretam o noticiário sobre ações do governo com problemas ou casos de corrupção como uma campanha contra um determinado governo, mas isso parte de uma confusão entre Estado e governo. O papel da imprensa é fiscalizar as atividades do Estado, que é um patrimônio publico de todos nós. Portanto, deve fiscalizar como os governos e os servidores públicos estão se comportando em relação ao Estado.
A imprensa acaba sempre tendo uma relação tensa com os governos. Mas desde a redemocratização, com mais ou menos vontade, sempre houve uma relação cordial entre autoridades e imprensa. No atual governo, essa regra se quebrou. Isso se deve, por um lado, a essa falta de compreensão, mas também tem muito de uma estratégia política, de criar um conflito entre o governo federal e a imprensa, que parte do governo, porque a imprensa só está fazendo seu papel.
Como o sr. avalia a situação da liberdade de imprensa no Brasil no momento?
A liberdade de imprensa nunca esteve sob tanto risco no Brasil desde a redemocratização. Mas isso não quer dizer que estejamos numa situação tão ruim como a Nicarágua, a Venezuela ou a Hungria. Porém há vários sinais preocupantes.
Além das agressões físicas e dessa estratégia de se criar um conflito unilateral por parte do presidente, me pareceram muito graves as tentativas de pressão econômica. Houve a tentativa de excluir a Folha de S. Paulo de uma licitação para assinaturas de jornais.
Também tentaram mudar a regra que obriga a divulgação em jornais de relatórios financeiros de empresas listas em bolsa, bem quando o jornal Valor Econômico publicou uma reportagem crítica ao presidente, e o próprio presidente fez a relação entre sua decisão e a reportagem. E o presidente tem feito pedidos a empresários para que deixem de anunciar em alguns veículos.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/H. Hanschke
De gôndola rumo à normalidade
Contando mais de 33 mil mortos, a Itália foi duramente atingida pela pandemia de covid-19. Agora o país torce por uma retomada das atividades quotidianas, sobretudo o setor de turismo, vital para a economia nacional. Este gondoleiro de Veneza dá um bom exemplo, equilibrando otimismo e medidas de precaução. (31/05)
Foto: Getty Images/AFP/A. Pattaro
Protestos se espalham pelos EUA
Protestos pela morte do afro-americano George Floyd durante uma ação policial se espalharam para dezenas de cidades americanas, vários resultaram em violência.
Milhares saíram às ruas, com slogans como "Sem justiça, sem paz", "Diga o nome dele: George Floyd" e "Ele disse que não podia respirar. Justiça para George". (30/05)
Foto: Reuters/L. Jackson
EUA rompem laços com OMS por "má gestão" da pandemia
Presidente Donald Trump diz que Organização Mundial de Saúde rejeitou reformas propostas por Washington, e acusa entidade, da qual seu país era o maior financiador, de estar sob "controle total" da China. O anúncio significa a suspensão permanente da contribuição americana de entre 400 e 500 milhões de dólares por ano, o que equivale aproximadamente 15% do orçamento total da organização. (29/05)
Foto: Reuters/J. Ernst
Artistas e cientistas se unem contra covid-19 na Amazônia
Jane Fonda, Morgan Freeman e Barbra Streisand, além de cientistas, lideranças indígenas e outros artistas estrangeiros e brasileiros participam de um evento virtual global para arrecadar fundos para proteção dos povos indígenas da Amazônia diante da pandemia do novo coronavírus. (28/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Estados Unidos superam marca de 100 mil mortes por covid-19.
Os números representam uma triste realidade para os EUA, com a doença superando o número de americanas mortos nas guerras do Vietnã e da Coreia. O país mais atingido pela pandemia de covid-19 em todo o mundo se aproxima de 1,7 milhão de casos em seu território. Nova York é estado mais afetado, com 29,3 mil mortes. (27/05)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/D. Herrick
Latam pede recuperação judicial nos EUA
A companhia aérea Latam, a maior da América Latina, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em razão do impacto da pandemia de covid-19. A medida foi anunciada uma semana depois que a Latam confirmou a demissão de 1.400 funcionários. A empresa reduziu suas operações em 95%. (26/05)
Foto: Divulgação/Latam Brasil
Lufthansa e governo alemão acertam resgate de 9 bilhões de euros
O governo da Alemanha e a Lufthansa chegaram a um acordo sobre o pacote de resgate para ajudar a companhia aérea a superar a crise gerada pela pandemia de covid-19. O resgate fará com que o governo passe a controlar 20% das ações da empresa, podendo ainda aumentar sua cota para 25% mais um, de forma a proteger os empregos de milhares de funcionários.(25/05)
Foto: picture-alliance/sampics/C. Pahnke
Milhares saem às ruas em Hong Kong contra lei de segurança chinesa
A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo e canhões de água contra manifestantes após milhares saírem às ruas em protesto contra um projeto de lei da China que pode minar a autonomia do território. Apoiadores do movimento pró-democracia alegam que o projeto vai contra a estrutura de "um país, dois sistemas", que garante liberdades no território não promovidas na China continental. (24/05).
Foto: Getty Images/AFP/A. Wallace
Pela primeira vez, China não registra novos casos de coronavírus
A China anunciou que, pela primeira vez desde o início do surto de coronavírus, não registrou nenhum novo caso de covid-19 em seu território. Também não houve novas mortes ligadas à doença. Contudo, as autoridades disseram que investigam dois novos casos suspeitos, um importado em Xangai e outra suspeita de transmissão local na província de Jilin, no nordeste do país. (23/05)
Foto: picture-alliance/dpa/Kyodo
América do Sul é o novo epicentro da pandemia, diz OMS
A América do Sul se torna o novo epicentro da pandemia de covid-19, afirmou o diretor Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan. "Vemos muitos países sul-americanos com aumentos nas quantidades de casos. Há preocupação em muitos desses países, mas o mais afetado é o Brasil", afirmou. O segundo país mais atingido pela pandemia é o Peru. (22/05)
Foto: Getty Images/AFP/C. Mamani
Ciclone deixa mais de 80 mortos na Índia e Bangladesh
O ciclone Amphan, o mais poderoso que se formou na Baía de Bengala em mais de uma década, provocou a morte de pelo menos 84 pessoas no leste da Índia e no sudoeste de Bangladesh. A passagem da tempestade deixou um rastro de destruição nos dois países, com diversas regiões inundadas, milhares de desabrigados e milhões sem energia elétrica. (21/05)
Foto: Reuters/R. de Chowdhuri
Regina Duarte deixa Secretaria da Cultura
Regina Duarte deixou a Secretaria da Cultura. Ficou menos de três meses no cargo. Na pasta, ela acumulou atritos com a ala ideológica do governo, que via sua atuação como muito branda com "a esquerda". Já a classe artística criticava a gestão errática e os comentários de Duarte que minimizaram crimes da ditadura militar. Como prêmio de consolação, ganhou um cargo na Cinemateca Brasileira (20/05)
Foto: Imago-Images /Fotoarena/V. Campos
Trump ameaça retirar EUA da OMS
O presidente Donald Trump ameaçou retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS) e suspender indefinidamente as contribuições financeiras de seu país á entidade no prazo de 30 dias, em razão do que considera uma dependência do organismo em relação à China. (19/05)
Foto: picture-alliance/abaca/D. Mills/The New York Times
Merkel e Macron propõem fundo de 500 bilhões de euros
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, propuseram um pacote de 500 bilhões de euros (3,1 trilhões de reais) de estímulo para reativar as economias da União Europeia afetadas pela pandemia de coronavírus. (18/05)
Foto: Reuters/K. Nietfeld
Há 30 anos, homossexualidade deixava de ser doença
Em 17 de maio de 1990, há 30 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). Um passo importante, mas que ainda não representou a cidadania plena para essa minoria. Em ao menos 70 países, a homossexualidade ainda é criminalizada, com casos de prisão e até de pena de morte. (17/05)
Foto: Getty Images/AFP/R. Schemidt
Suspeito de financiar genocídio de Ruanda é preso na França
O empresário ruandês Félicien Kabuga, um dos suspeitos procurados pelo genocídio de Ruanda, em 1994, foi preso nos arredores de Paris após 26 anos foragido. Kabuga, de 84 anos, é acusado de ter financiado o massacre de cerca de 800 mil pessoas no país africano. Ele estava vivendo sob um nome falso em um apartamento em Asnières-sur-Seine, ao norte da capital francesa. (16/05)
Foto: Reuters/G. Mulala
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão menos de um mês após ter assumido o cargo. Numa breve coletiva, Teich afirmou que a saída do ministério foi uma decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos que o levaram a deixar o comando da pasta. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destacou. (15/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Roberto Azevêdo anuncia saída do comando da OMC
O brasileiro Roberto Azevêdo anunciou que deixará o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 31 de agosto, um ano antes do final de seu segundo mandato. Essa será a primeira vez na história do organismo criado em 1995 em que o chefe renuncia. "É uma decisão pessoal, familiar e estou convencido de que servirá aos interesses da organização", disse Azevêdo. (14/05)
Foto: picture-alliance/dpa/J.-C. Bott
Exames entregues por Bolsonaro deram negativo
Os exames feitos por Jair Bolsonaro tiveram resultado negativo para o novo coronavírus, segundo laudos recebidos pelo STF e divulgados após autorização do ministro Ricardo Lewandowski. Os documentos mostram que o presidente usou pseudônimos para realizar os exames, embora outros dados pessoais, como CPF, RG e data de nascimento, tenham sido informados corretamente. (13/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Wuhan quer testar toda a população
A cidade chinesa de Wuhan, considerada o berço da pandemia do novo coronavírus, anunciou que planeja realizar testes em toda a população da cidade depois que surgiram novos casos pela primeira vez em semanas. Autoridades receberam ordens para apresentar planos para administrar testes em todos os 11 milhões de moradores da cidade (12/05).
Foto: Getty Images/AFP/Str.
Paris tem caos no transporte público
A retomada gradual das atividades em Paris teve um início conturbado, após vários relatos de trens lotados e caos no transporte público na capital francesa.Em algumas estações, policiais da tropa de choque estavam de prontidão para evitar possíveis distúrbios. O uso de máscaras de proteção no transporte público é obrigatório a todos os passageiros. (11/05)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Marchi
Mar Báltico sem turistas
No litoral do Mar Báltico na Alemanha, a praia ainda é exclusividade dos residentes do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, durante a pandemia do coronavírus. No entanto, o setor de turismo torce ardentemente para poder voltar a receber hóspedes de fora. A reabertura está programada para dentro de duas semanas, a tempo para os feriados de Pentecostes. (10/05)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Büttner
Preces atendidas
Depois de quase dois meses de restrições, os muçulmanos do Líbano podem voltar a rezar nas mesquitas. No islã, o mês de jejum Ramadã é extremamente importante. Contudo valem certas regras, a fim de não acelerar demasiado a propagação do coronavírus: os fiéis devem manter distância entre si, desinfetar as mãos na entrada e trazer seus próprios tapetes de oração. (09/05)
Foto: Getty Images/AFP/A. Amro
Alemanha lembra os 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa
Em uma cerimônia simples em tempos de pandemia, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, depositou uma coroa de flores na Neue Wache em Berlim, principal memorial do país para homenagear as vítimas de guerras e ditaduras. Participaram ainda do evento para lembrar os 75 anos do fim da 2° Guerra o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o presidente do Bundestag, Wolfgang Schäuble. (08/05)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Hanschke
Parlamento aprova governo de unidade em Israel
O Knesset (Parlamento de Israel) aprovou a formação de um governo de unidade, pondo fim à mais longa crise política da história do país. Depois de três eleições sem maioria clara e um impasse que já durava um ano, o governo de unidade entre o primeiro-ministro em exercício, Benjamin Netanyahu, e o seu rival Benny Gantz recebeu o apoio de 71 dos 120 deputados - 37 votaram contra. (07/05)
Foto: Reuters/A. Cohen
Morre o músico Florian Schneider, fundador do Kraftwerk
O músico alemão Florian Schneider-Esleben, um dos fundadores do grupo Kraftwerk, morreu aos 73 anos. Ele lutava contra um câncer. Considerado um dos grupos mais influentes da música eletrônica, o Kraftwerk foi fundado por Florian Schneider e Ralf Hütter em 1970. Entre os álbuns mais conhecidos do grupo estão Autobahn (1974) e Trans Europe Express (1977). (06/05)
Foto: Imago Images/S. M Prager
Policiais alemães salvam ouriço preso em copo de milk-shake
A polícia de Bremerhaven, no norte da Alemanha, atendeu a uma ocorrência um tanto peculiar: o resgate de um pobre ouriço cuja cabeça ficou presa num copo de plástico. Em comunicado, a polícia pediu que as pessoas sejam mais conscientes ao jogarem fora embalagens usadas. "Latas e embalagens podem se tornar uma armadilha mortal para ouriços. Sempre jogue lixo na lixeira", disse a polícia. (05/05)
Foto: Polizei Bremerhaven
Bolsonaro nomeia indicado de Ramagem para comando da PF
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza como novo diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação ocorre após o Supremo Tribunal Federal suspender a indicação de Alexandre Ramagem para o cargo. Em uma estratégia para contornar uma eventual nova objeção do STF, a posse de Souza ocorreu em uma breve cerimônia informal que não foi anunciada previamente. (04/05)
Foto: Imago Images/Fotoarena/R. Pereira
Medicina sem véus
Generalistas alemães protestam na iniciativa "Blanke Bedenken" ("Temores Nus e Crus", em tradução livre) contra medidas que os expõem a perigos desnecessários, assim como contra a falta de equipamento protetor. Para expressar sua vulnerabilidade, os médicos posam despidos, portando apenas os atributos de sua profissão e talvez uma máscara. (03/05)
Foto: Blanke Bedenken
Trabalho animal, com ou sem vírus
A pandemia de covid-19 forçou também o fechamento de jardins e parques zoológicos em todo o mundo. Chance para os animais descansarem? Nem todos. O Aqua Park Shinagawa, em Tóquio, oferece para crianças e suas famílias, shows online com os bichinhos. Aqui, é a vez de os pinguins Momo e Omochi brilharem nos monitores de muitos lares japoneses. (02/05)
Foto: Reuters/I. Kato
Passeata de 1º de Maio apesar do vírus
O 1º de Maio é marcado na Alemanha por tradicionais protestos sociais e trabalhistas. Em 2020, a maioria das manifestações está proibida devido à pandemia de covid-19. Porém a consciência política de alguns cidadãos fala mais alto: como nesta passeata em Berlim – com muitas máscaras e, se possível, guardando o distanciamento social. (01/05)