Bomba da 2ª Guerra obriga dez mil a deixarem cidade polonesa
9 de julho de 2017
Explosivo alemão de 500 quilos foi descoberto durante obras em Bialystok, no leste da Polônia. Dezenas de ruas foram evacuadas durante algumas horas, e bomba foi removida com sucesso.
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Cerca de dez mil pessoas foram retiradas na manhã deste domingo (09/07) da cidade de Bialystok, no leste da Polônia, após a descoberta de uma bomba alemã de 500 quilos datada da Segunda Guerra Mundial.
A bomba do tipo ST-500, não detonada, foi descoberta durante obras rodoviárias nesta quinta-feira. Segundo autoridades municipais, a evacuação envolveu 60 ruas da cidade e outras 45 de localidades vizinhas, onde os habitantes foram forçados a deixar suas casas durante algumas horas.
De acordo com a polícia polonesa, a remoção do explosivo foi bem-sucedida. O dispositivo foi removido com uma grua e transportado por um caminhão militar para um terreno onde deve ser destruída.
Os residentes Bialystok – cidade de 300 mil habitantes a 200 quilômetros da capital polonesa, Varsóvia – foram autorizados a voltar para casa.
Vestígios da Segunda Guerra Mundial são regularmente encontrados na Polônia, sobretudo em Varsóvia, cujo centro foi quase completamente destruído pelos alemães no fim do conflito.
LPF/lusa/ap/afp
Dez olhares sobre a Segunda Guerra no cinema
Conflito mundial e suas facetas são tema de uma série de produções cinematográficas. Confira dez filmes conhecidos, de "O grande ditador" até "A queda".
Foto: picture-alliance/United Archives/TBM
O grande ditador
A sátira de Charles Chaplin à figura de Adolf Hitler, de 1940, foi a primeira obra sonorizada do diretor, que mais tarde diria que o filme só foi feito devido ao desconhecimento sobre o alcance do terror nazista. "Se soubesse do horror dos campos de concentração, não teria podido fazer 'O grande ditador'". Em março de 1931, Chaplin foi alvo de protestos por parte dos nazistas ao visitar Berlim.
Foto: AP
Ser ou não ser
Um dos primeiros filmes que tratam do nazismo, o longa-metragem de Ernst Lubitsch narra a história de uma trupe de atores de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial. Sátira veemente antinazista, rodada no ano de 1942, revela, contudo, certa ingenuidade do diretor – judeu alemão vivendo nos EUA – frente ao que ocorria na Europa.
Foto: Kinowelt/Arthaus
Kanal
O filme de 1957 do polonês Andrzej Wajda, com impressionante fotografia em preto e branco, foi premiado no Festival de Cannes. O longa-metragem encena o levante no Gueto de Varsóvia durante a Segunda Guerra, embora sua força não esteja no registro do conflito, mas no olhar sobre as tragédias individuais. O título remete à canalização de esgoto da cidade por onde os combatentes fugiram.
Foto: picture-alliance/Mary Evans Picture Library
A infância de Ivan
O diretor russo Andrei Tarkóvski assumiu um filme em andamento, transformando a narrativa militar da direção anterior em uma obra (de 1962) sobre a guerra a partir da perspectiva infantil. Tarkóvski contrapõe o passado/sonho (a infância do protagonista antes de ter a família exterminada) ao presente/real (a Rússia invadida pelos nazistas) – prenúncio de temas que o diretor viria a retomar depois.
Foto: picture-alliance/United Archives/IFTN
O ovo da serpente
O cenário deste filme do sueco Ingmar Bergman de 1977 é a Alemanha entre guerras, mais precisamente da hiperinflação de fins de 1923, mas seu tema é a gênese do nazismo no país, identificada nos anos da República de Weimar. O longa-metragem foi considerado pelo próprio Bergman seu pior filme, mas se tornou importante quando se fala em Segunda Guerra Mundial e nas raízes do regime nazista.
Foto: picture-alliance/ dpa
A trégua
Baseado no livro autobiográfico de Primo Levi, o filme de 1996 dirigido por Francesco Rosi relata a volta do escritor para a Itália após sua libertação de Auschwitz. O filme concentra-se no "retorno à vida" dos prisioneiros após a libertação dos campos de concentração, entregues à memória daquele momento atroz. Dias após ficar sabendo que seu livro seria adaptado para o cinema, Levi suicidou-se.
Foto: picture-alliance/United Archives/Impress
Moloch
Primeiro filme da tetralogia do poder do diretor russo Aleksandr Sokúrov, esta ficção de 1999 retrata Adolf Hitler e Eva Braun na mansão de descanso do ditador perto de Berchtesgaden. Com referências à iconografia romântica de Caspar David Friedrich, integrante do imaginário nazista, Sokúrov cria uma caricatura ridícula de Hitler na intimidade, expondo os medos e as misérias do ditador.
Foto: picture-alliance/United Archives/TBM
A queda
Superprodução dirigida por Oliver Hirschbiegel em 2004, A queda concentra-se nos 12 últimos dias de um Hitler alheio à realidade, escondido em seu bunker ao lado da família Goebbels. Filme altamente polêmico, recebeu críticas por arrancar o ditador do contexto histórico do nazismo, desvencilhando-o do mundo real de uma sociedade alemã que aplaudia seus discursos antissemitas em praça pública.
Foto: picture-alliance/dpa
Os falsários
O filme dirigido em 2007 por Stefan Ruzowitzky resgata um capítulo pouco conhecido da história do nazismo: o de uma operação de falsificações de dinheiro em pleno campo de concentração de Sachsenhausen. Nos anos que antecederam o fim da Segunda Guerra, 142 prisioneiros foram obrigados a falsificar milhões de dólares e libras esterlinas, com o objetivo de provocar danos à economia dos Aliados.
Foto: picture-alliance/dpa/Beta Film
Bastardos inglórios
O filme de 2009, dirigido por Quentin Tarantino, começa com a França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra. Um grupo de soldados de origem judaica planeja um atentado, enquanto uma judia, que viu a família ser massacrada, planeja vingança. Para críticos, o fim do filme é a prova de que Tarantino se exime completamente de qualquer compromisso com fatos históricos autênticos.