1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Bombardeio mata último pediatra de Aleppo

28 de abril de 2016

Ao menos 20 pessoas morrem após ataque aéreo contra um hospital. Entre as vítimas estariam três crianças. Enviado da ONU exige que Rússia e EUA unam esforços para que trégua na Síria seja respeitada.

Membros da defesa civil síria carregam uma vítima fatal dos escombros de um hospital, na cidade de Aleppo, que foi alvo de ataques aéreos
Foto: Reuters/A. Ismail

Pelo menos 20 pessoas morreram em Aleppo, no norte da Síria, depois que o hospital de al-Quds foi bombardeado, na quarta-feira à noite, segundo comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos e informações de correspondente da agência de notícias AFP.

Entre os mortos estariam três crianças e o último médico pediatra que havia na região controlada pelos rebeldes. Segundo fontes locais, o hospital e um edifício vizinho foram atingidos em quatro ataques aéreos consecutivos.

"Pelo menos 20 pessoas morreram esta noite nos ataques aéreos contra o hospital de al-Quds e um edifício residencial vizinho", disseram fontes à agência AFP. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que ainda não foi determinada a procedência dos aviões de combate que atingiram o centro hospitalar. Nos últimos meses, a aviação síria e os aviões de combate da Rússia têm bombardeado a cidade, a maior do norte do país.

O balanço das vítimas é ainda provisório porque, além dos vinte mortos confirmados, o Observatório refere que o hospital ficou completamente destruído e que há ainda um "número indeterminado de desaparecidos" sob os escombros.

A ONG baseada em Londres relatou ainda que nos últimos seis dias 84 civis foram mortos em ataques aéreos executados pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, e outros 49 civis foram mortos em bombardeios de rebeldes em áreas controladas pelo governo.

Enviado da ONU exige respeito por tréguas

Durante a madrugada, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, confirmou que o ataque aéreo contra o hospital da zona ocidental de Aleppo tinha provocado a morte do último pediatra da cidade.

De Mistura se referiu à morte do médico para pedir diretamente à Rússia e aos Estados Unidos para unirem esforços no sentido do respeito total pelas tréguas na Síria, para "salvar o país do colapso total".

"Faço um apelo à Rússia e aos Estados Unidos para que adotem medidas urgentes capazes de relançar as tréguas que, neste momento, estão em perigo", disse De Mistura durante uma conferência de imprensa em Beirute.

A violência aumentou nas últimas semanas em Aleppo, apesar de se encontrar formalmente em vigor um cessar-fogo entre o governo de Damasco e a Alto Comitê de Negociações (HNC, na sigla em inglês), a principal aliança dos grupos da oposição.

PV/afp/rtr/lusa/ap

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo