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Bombardier sinaliza interesse pela Fairchild Dornier

(ns)6 de maio de 2002

Reina otimismo moderado no Salão da Aeronáutica, inaugurado nesta segunda em Berlim pelo chefe de governo alemão, Gerhard Schröder. A Bombardier decide-se esta semana sobre participação na empresa alemã.

Eurofighter: uma das atrações no Salão da Aeronáutica, em BerlimFoto: presse

O fabricante canadense de aviões Bombardier Aerospace, concorrente da Embraer, sinalizou seu interesse em assumir eventualmente a Fairchild Dornier, que declarou sua insolvência no mês passado. "Nós estamos acompanhando a situação com muito interesse", disse o porta-voz John Paul McDonald, em Berlim, no Salão da Aeronáutica, acrescentando que a decisão pode ser tomada no decorrer desta semana. A Bombardier anunciou hoje (06) a venda de nove aviões, no valor de 58 milhões de dólares.

Perspectivas

- A indústria aeroespacial alemã mostrou-se otimista quanto às perspectivas para este ano e o próximo, na abertura do Salão Internacional da Aeronáutica, em Berlim (ILA), nesta segunda-feira. Há vários sinais encorajadores para a indústria aeroespacial na Europa, segundo o presidente da federação do ramo (BDLI), Rainer Hertrich, que é co-presidente da companhia européia EADS.

Entre os importantes projetos que justificam o otimismo, ele citou o início da construção do Airbus A380 e também o novo avião para transportes militares A400 M, que garantirá cerca de 40 mil empregos na Europa. Hertrich lembrou ainda o programa do sistema europeu de satélites Galileo, recém-aprovado. A inauguração do salão pelo chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, demonstraria que o governo "reconheceu o papel central das empresas de aeronáutica para o parque industrial do país".

A recuperação das Airlines

- O Salão da Aeronáutica conta, este ano, com 1067 expositores de 40 países, um número que supera em mais de cem o do ano 2000, o que, em si, também é avaliado como um sinal de confiança das indústrias do ramo no futuro, apesar das dificuldades econômicas após os atentados de 11 de setembro. As companhias aéreas, principais clientes da indústria aeronáutica, tiveram prejuízos da ordem de 15 bilhões de dólares, segundo Rainer Hertrich.

Os dados de março sobre número de vôos e passageiros praticamente atingiram o estágio anterior aos atentados nos EUA. Mesmo assim, Hertrich conta com uma ligeira queda do faturamento da indústria aeronáutica alemã e do número de funcionários. A estabilização deverá ser atingida em 2003. As companhias aéreas, por sua vez, acreditam poder retornar às antigas taxas de crescimento de 5% ao ano, no tocante ao número de passageiros e volume de carga, disse Hertrich ao jornal Die Welt.

Riscos e questões de segurança

- Apesar de estar confiante no futuro, o presidente da Federação Alemã das Indústrias Aeronáuticas e Aeroespaciais vê alguns riscos. O conflito no Oriente Médio seria um dos principais fatores de insegurança para a economia mundial.

A segurança na aviação civil é um dos principais temas a serem discutidos nas 60 palestras e conferências realizadas durante o Salão da Aeronáutica na capital alemã. Outro assunto é a melhor maneira de conectar as diferentes redes de transportes. Os três primeiros dias são reservados ao público especializado. Os organizadores contam com 200 mil visitantes até domingo.

Ilustre visitante

- Poucos dias após cruzar o Atlântico com o seu monomotor Lancair Columbia 300, Erik Lindbergh aterrissou domingo (05) no aeroporto berlinense de Schönefeld, onde se realiza o Salão da Aeronáutica, proveniente de Paris. O piloto americano, que repetiu a façanha de seu avô, Charles Lindbergh, quis dar uma olhada nas novidades da construção da aviões.

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