Ex-tenista é acusado de violar Lei de Falências e ocultar dívidas e patrimônio. Ele teria movimentado milhares de dólares após se declarar insolvente. Pena máxima pode chegar a sete anos de prisão.
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O ex-tenista alemão Boris Becker foi considerado culpado em um tribunal de Londres, nesta sexta-feira (08/04), de violações da Lei de Falências, após ter movimentado ilicitamente milhares de dólares de uma conta bancária depois de se declarar insolvente.
O júri da corte de Southwark Crown condenou Becker em quatro acusações, que incluem remoção de propriedade, ocultação de dívida e outras duas de ocultação de patrimônio. A pena máxima pode chegar a sete anos de prisão.
O alemão teria feito uma transferência de centenas de milhares de dólares de sua conta bancária comercial para outras, incluindo a de sua ex-mulher, Barbara, e de sua esposa Sharlely, da qual está separado, após sua falência em junho de 2017.
Ele teria ainda ocultado a propriedade de um imóvel na Alemanha e escondido um empréstimo de 825 mil euros (em torno de 4,2 milhões de reais) , além de ações de uma empresa de tecnologia.
Becker foi absolvido de outras 20 acusações, inclusive de que não teria entregue às autoridades suas várias premiações, que incluem dois troféus do torneio de Wimbledon e uma medalha de ouro olímpica.
O hexacampeão do Grand Slam, hoje com 54 anos, negou todas as acusações. Ele afirma que colaborou com as autoridades fiduciárias, inclusive ao entregar seu anel de casamento, e que seguiu orientações de especialistas.
A falência do ex-tenista teve origem em um empréstimo de 4,6 milhões de euros de um banco privado em 2013, e de outro no valor de 1,6 milhão de dólares de um empresário britânico no ano seguinte, segundo depoimentos feitos durante o julgamento.
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"Estilo de vida caro"
Becker argumentou que os rendimentos de sua carreira de tenista, de 50 milhões de dólares, foram engolidos por um processo dispendioso de divórcio, com pagamentos de uma pensão de alto valor para seus dois filhos, e por dívidas que surgiram após ele perder boa parte de sua renda, depois de se aposentar do tênis.
Ele alegou que tinha "compromissos de um estilo de vida caro", incluindo uma casa em Wimbledon cujo aluguel era de 22 mil livras esterlinas (136 mil reais) por mês. O alemão disse que sua "marca Becker" foi prejudicada pela publicidade negativa, o que tornou ainda mais difícil para ele conseguir pagar suas dívidas.
"É muito difícil quando você está falido e aparece nas manchetes todas as semanas por causa disso", afirmou. "É muito difícil ganhar muito dinheiro com meu nome." Becker recebeu direito à permanecer em l,iberdade até a próxima audiência no tribunal, em 29 de abril.
rc (AP, AFP)
Os dez maiores atletas da Alemanha
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Foto: AP
#10: Boris Becker
Vencedor de seis torneios do Grand Slam e medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, Boris Becker possui o recorde de maior série de aces num só game (5) e de maior número de viradas após estar perdendo por 0-2 em sets (10). Além disso, ele é o tenista mais jovem campeão de Wimbledon (17 anos e 227 dias). Desde 2003, Becker é membro do Hall da Fama do Tênis Internacional.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Schrader
#9: Max Schmeling
Max Schmeling foi campeão mundial dos pesos-pesados entre 1930 e 1932. Embora casado com uma atriz tcheca de origem judaica, Schmeling era usado por Adolf Hitler como modelo da supremacia da raça ariana. O ex-pugilista, porém, se recusou a ingressar no Partido Nazista e chegou a ajudar na deportação de amigos judeus. Em revanche, Schmeling foi convocado como paraquedista na Segunda Guerra.
Foto: picture-alliance/dpa
#8: Sven Hannawald
Sven Hannawald é dono de três medalhas olímpicas (uma de ouro e duas de prata), de quatro em mundiais (duas de ouro, uma de prata e uma de bronze), além de três medalhas no mundial de voo de esqui (duas de ouro e uma de prata). Até hoje, ele é o único a ser campeão do tradicional Torneio Quatro Pistas vencendo todas as quatro etapas em Obertsdorf, Garmisch-Partenkirchen, Innsbruck e Bischofshofen.
Foto: Imago/Ulmer
#7: Fritz Thiedemann
Fritz Thiedemann era membro da SA (Sturmabteilung) e recebeu sua formação de ginete na milícia paramilitar nazista. Na década de 50, ele conquistou um título mundial e quatro medalhas olímpicas (duas de ouro e duas de bronze). Thiedemann é até hoje o único ginete medalhista no salto e no adestramento numa mesma edição dos Jogos. Em 1974, ele recebeu a Ordem do Mérito da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa
#6: Katarina Witt
Nascida na Alemanha Oriental, Katarina Witt dominou a patinação artística na década de 80. Ela conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos de Inverno de Sarajevo (1984) e Calgary (1988), ganhou oito medalhas em Campeonatos Mundiais (seis de ouro e duas de prata) e venceu o título europeu por seis anos consecutivos – igualando o feito do grande nome da patinação feminina Sonja Henie, da Noruega.
Foto: Imago/Camera 4
#5: Magdalena Neuner
A biatleta Magdalena Neuner competiu apenas seis anos (2006-2012) em provas adultas. O suficiente para ganhar três medalhas olímpicas (duas de ouro e uma de prata – todas em Vancouver 2010), somar 63 pódiums em Copas do Mundo, além de impressionantes 12 medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais de Biatlo – recorde feminino.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
#4: Franz Beckenbauer
Somente Mário Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer conquistaram a Copa do Mundo como jogador e treinador. Beckenbauer liderou a geração que venceu a Eurocopa de 1972 e o Mundial de 1974 e treinou a Alemanha na Copa de 1990. Beckenbauer é sinônimo da posição de líbero, e sua liderança, inteligência tática e inconfundível elegância em campo lhe deram o apelido de Kaiser, o imperador alemão.
Foto: picture-alliance/dpa
#3: Steffi Graf
Steffi Graf conquistou 22 títulos de Grand Slam e completou 186 semanas como número um do mundo – ambos recordes divididos com a americana Serena Williams. Além disso, Graf alcançou um feito até hoje único: venceu os quatro torneios do Grand Slam e os Jogos Olímpicos na mesma temporada (1988), completando o Golden Slam. A ex-tenista foi introduzida no Hall da Fama do Tênis Internacional em 2004.
Foto: Getty Images
#2: Birgit Fischer
Com 12 medalhas (oito de ouro e quatro de prata), Birgit Fischer é a única mulher a conquistar medalhas de ouro em seis edições dos Jogos Olímpicos. No total, ela fica atrás apenas da ex-ginasta soviética Larissa Latynina. Fischer competiu pelas Alemanhas Oriental e Ocidental, entre 1980 e 2004. Além disso, a ex-atleta militar foi 28 vezes campeã mundial nas categorias K-1, K-2 e K-4.
Foto: picture-alliance/Sven Simon
#1: Michael Schumacher
Michael Schumacher dominou a principal categoria do automobilismo mundial por praticamente dez anos. Entre 1994 e 2004, o ex-piloto conquistou sete títulos mundiais e estabeleceu inúmeros recordes na Fórmula 1 – maior número de vitórias, pole positions, voltas mais rápidas, pontos ganhos... Em dezembro de 2013, Schumacher sofreu um acidente enquanto esquiava nos Alpes franceses.