Bosch abandona projeto de energia solar no Deserto do Saara
13 de novembro de 2012A Bosch e sua empresa subsidiária de engenharia Rexroth não renovarão os contratos, que vencerão no fim deste ano, com o projeto de energia solar no deserto, o Desertec.
A informação foi divulgada por um porta-voz da Bosch, na segunda-feira à noite (12/11), confirmando um anúncio preliminar feito pelo jornal Financial Times Alemanha (FTD).
A Rexroth está sofrendo uma queda nas vendas na Europa, e milhares de funcionários estão trabalhando em horário reduzido, portanto, as atividades ficarão mais centradas. "As atuais condições econômicas não permitem mais essa participação", disse o porta-voz.
A Dii, empresa de planejamento do Desertec, confirmou o fim da parceria com a Bosch. "Nós lamentamos a decisão", citou um porta-voz.
O projeto Desertec
Operado por grupos de países europeus e norte-africanos, o projeto Desertec foi lançado em 2009. O objetivo é construir até 2050 no norte da África e Oriente Médio usinas solares e parques eólicos para atender a grande parte do consumo de energia elétrica da Europa. Os investimentos necessários foram estimados em cerca de 400 bilhões de euros.
Segundo o FTD, a Bosch-Rexroth contribuiu para o Desertec por meio de um intercâmbio de tecnologias e workshops com especialistas.
A iniciativa tem atualmente 21 membros titulares e 36 parceiros. De acordo com a empresa Dii, o número de associados sobe ligeiramente a cada ano.
Antes da Bosch, o grupo Siemens havia anunciado sua intenção de não renovar contratos com o projeto Desertec. A Siemens colocará à venda toda sua divisão de tecnologia de energia solar para se concentrar na divisão de energias renováveis eólica e hidrelétrica.
AFN/afp/rtr
Revisão: Francis França