Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 11,5 milhões de brasileiros sofrem da doença. País também lidera ranking mundial de casos de transtorno de ansiedade. Mulheres são mais afetadas.
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Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina. Segundo dados referentes a 20015 e divulgados nesta quinta-feira (23/02), 5,8% da população, ou 11,5 milhões de brasileiros, sofrem da doença.
O segundo colocado na região foi Cuba, com 5,5% de prevalência na população. O país com a menor incidência foi a Guatemala, com 3,7%.
No ranking mundial, o Brasil ocupa o terceiro lugar. A lista é encabeçada pela Ucrânia (6,3%) e seguida por Austrália e Estônia na segunda posição, ambas com 5,9%. Na Alemanha, a depressão atingiu 5,2% da população em 2015.
O Brasil também apareceu como o campeão mundial de casos de transtorno de ansiedade. Segundo a OMS, 9,3% da população brasileira (18,6 milhões de pessoas) sofria do mal em 2015. A proporção é significativamente mais alta do que a verificada na segunda posição dessa categoria, a Noruega, que registrou 7,4%. A Alemanha, por sua vez, registrou 5,8%.
O relatório não aborda em detalhes as causas da prevalência das doenças. Segundo a OMS, pelo menos 322 milhões de pessoas no mundo (4,4% da população) sofriam de depressão em 2015 – um crescimento de 18% em relação a 2005.
Gênero e idade
Os dados também mostram que a depressão é mais comum entre as mulheres (5,1%) do que entre os homens (3,6%). Mas os homens cometem mais suicídio do que as mulheres. A prevalência de suicídio entre homens por grupo de 100 mil habitantes é quase três vezes superior à verificada entre mulheres.
Comida como remédio para a depressão
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Segundo a OMS, 788 mil pessoas cometeram suicídio em 2015. O número representou 1,5% de todas as mortes registradas no mundo. Entre jovens de 14 a 29 anos, o suicídio foi a segunda causa de morte no ano.
A prevalência de depressão também varia conforme a idade. O pico é registrado entre os 55 e 74 anos. Nesse grupo, a prevalência mundial foi de 7,5% entre as mulheres, e 5,5% entre os homens.
Metade das 322 milhões de pessoas que sofriam de depressão em 2015 vivia no Sudeste Asiático e na região do Pacífico, áreas onde estão situados alguns dos países mais populosos do mundo, como China e Índia.
Já nos casos de transtorno de ansiedade, a média mundial de pessoas que sofrem do mal é 3,6%. A doença também acomete mais mulheres (4,6%) do que homens (2,6%) no mundo. No total, 264 milhões de pessoas têm transtornos de ansiedade - um crescimento de 14,9% em relação a 2005.
Dicas para combater o estresse
Quem é submetido a estresse frequente corre o risco de depressão, ataque cardíaco e derrame cerebral. Veja maneiras simples de combater o problema.
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Praticar esporte
Exercícios moderados são uma boa forma de combater o estresse e seus efeitos. As modalidades mais adequadas são o ciclismo e a corrida, que ajudam a reduzir os hormônios do estresse e fortalecem o sistema cardiovascular. Estudos mostram que até pessoas que se sentem esgotadas consideram esses esportes uma ajuda. Já esportes competitivos podem causar mais estresse.
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Usar técnicas de relaxamento
Técnicas como relaxamento muscular progressivo, treinamento autógeno, ioga e meditação aliviam a tensão física e emocional. Elas deixam a pessoa mais resistente, mais relaxada e feliz. As técnicas de relaxamento também podem aliviar em situações de estresse agudo.
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Procurar lugares tranquilos
O silêncio é um medicamento eficaz contra o estresse. Os nervos se acalmam, o cérebro e os sentidos podem se regenerar. Se houver um local silencioso em seu trabalho ou na sua casa, ele deve ser frequentado regularmente por 15 a 20 minutos. Até mesmo em cidades grandes há locais calmos, como bibliotecas e parques.
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Calma na natureza
Pesquisadores holandeses descobriram que a cor verde relaxa e nos torna felizes. A saúde mental de pessoas que têm jardim ou vivem perto de um parque comprovadamente é melhor que a de outros moradores da cidade. Além disso, elas têm menos problemas cardiovasculares. Portanto, é preciso ir com maior frequência às áreas verdes e sentir o cheiro e ouvir os sons da natureza.
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Planejar momentos de calma
Para manter uma regularidade nas medidas contra o estresse, como correr, fazer treinamento autógeno ou caminhadas no parque, é importante agendá-las. Caso contrário, enchemos nosso dia de compromissos e pioramos nossa sensação de estresse. Quem já se sente esgotado, deve reduzir seus compromissos em favor do descanso físico e mental.
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Pausas no trabalho
O cérebro e o corpo precisam ter a oportunidade de se regenerar. Quem passa o dia inteiro sentado no escritório sofre de tensão muscular, e o nível de hormônios do estresse no sangue fica crítico. Passeios curtos e rápidos no ar fresco, acompanhados de exercícios de alongamento, podem fazer milagres. E a pessoa retorna ao trabalho bem mais relaxada.
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Dormir o suficiente
A maioria das pessoas dorme muito pouco. O tempo adequado de sono é uma questão muito individual. É durante o sono que o corpo reduz o estresse que acumulamos. O local adequado para dormir é um quarto escuro, silencioso e, se, possível, bem ventilado.