Brasil atinge marca de 700 mil mortes por covid-19
29 de março de 2023
Novo patamar é alcançado em pouco mais de três anos após o primeiro óbito. Vacinação é tida como fundamental para desaceleração da doença. Segundo Ministério da Saúde, mais de 510 milhões de doses já foram aplicadas.
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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (28/07) que o Brasil atingiu a marca de 700 mil mortes por covid-19, pouco mais de três anos após o registro do primeiro óbito atribuído à doença no país, em março de 2020.
Segundo dados do Ministério e do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) divulgados nesta terça, o país acumulou até a semana passada 700.239 mortes atribuídas à doença, sendo que, em 2023, o total de óbitos registrados é de 6.386.
De acordo com o Conass, o país soma 37.258.663 milhões de casos desde o início da pandemia. A vacinação é considerada pelos especialistas como o elemento fundamental para a desaceleração da doença nos últimos meses.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
A primeira morte em razão do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil foi de uma paciente de 57 anos em São Paulo, no dia 12 de março de 2020. A marca de 100 mil óbitos foi atingida em menos de cinco meses após essa data, no dia 8 de agosto do mesmo ano.
As marcas de 200 mil até a de 600 mil mortes ocorreram todas em 2021. O mês de abril do mesmo ano, quando o país chegou a 400 mil mortes, foi o mais letal da pandemia no Brasil. Entre março e abril, foram registradas 100 mil mortes em apenas 36 dias.
510 milhões de doses aplicadas
O consórcio de veículos da imprensa brasileira – criado para acompanhar o desenvolvimento da doença em razão das falhas nas divulgação dos dados por parte do Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro – havia registrado mais de 76 mil mortes em abril de 2021, sendo que em março daquele anos foram contabilizados 66.868 óbitos.
Naquela época, pouco mais de 14% da população brasileira estava vacinada somente com uma dose dos imunizantes. Segundo dados de 2023 do Ministério da Saúde, mais de 510 milhões de doses da vacina contra o coronavírus já foram aplicadas no país, seja primeira, segunda ou dose de reforço.
Especialistas são unânimes ao afirmarem que a vacina é a melhor forma de proteção contra casos graves e mortes em razão da covid-19.
O sistema InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora registros de síndromes respiratórias graves, observou uma mortalidade por covid-19 até três vezes maior em pessoas não vacinadas.
rc (ots)
Empresas que lucraram com o coronavírus
Medo da covid-19 dominou mercado financeiro. Mas nem toda empresa sofreu com o coronavírus: para algumas, os negócios nunca foram tão lucrativos.
Foto: picture-alliance/B. Kammerer
Quarentena diante da TV
Quando as ações caíram em todo o mundo na última semana de fevereiro de 2020, os títulos do serviço de streaming de vídeos resistiram com sucesso à queda. O cálculo dos corretores é simples: quanto mais os cidadãos precisarem ficar em casa devido ao vírus, mais assistem a séries e filmes na Netflix e outras plataformas.
Foto: picture-alliance/AA/M.E. Yildirim
Pedalando juntos – sem contato
A startup do setor de fitness Peloton Interactive, que oferece bicicletas ergométricas e aulas de ginástica online, não pode reclamar da cotação de suas ações: como cada vez mais adeptos do fitness evitam a academia por medo do vírus, muitos usam a bicicleta de última geração da Peloton, que permite conectar-se em rede para pedalar em conjunto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Lennihan
Bilionários do vírus
O chefe da companhia farmacêutica Moderna, Stephane Bancel (dir.), tornou-se bilionário da noite para o dia, quando sua empresa anunciou uma nova vacina contra o coronavírus para testes clínicos em humanos, fazendo disparar o valor de suas ações na Bolsa. Lim Wee-Chai, da Malásia, proprietário majoritário do fabricante de luvas médicas Top Glove, também entrou para o clube de bilionários.
Ferramentas para escritório em casa
As ações da startup Zoom Video Communications, que oferece software de comunicação para videoconferências e reuniões online, aumentaram quase 50% desde fevereiro. Quanto mais gente trabalha em casa, melhor para os negócios da empresa californiana: com 2,2 milhões de novos clientes, a Zoom já conquistou mais usuários nos primeiros dois meses de 2020 do que em todo o ano anterior.
Foto: zoom.us
Estocando para a grande crise
As compras por precaução em grandes redes de supermercados da Europa, como Rewe ou Carrefour, esvaziaram as prateleiras de massas e enlatados em alguns locais. A corrida aos supermercados fez com que investidores aplicassem em ações de fabricantes de alimentos embalados. Devido ao medo de sair de casa, também prosperam varejistas online, como Amazon ou a chinesa Alibaba.
Os fabricantes de máscaras de proteção, desinfetantes e lenços higiênicos vivenciam grande aumento da demanda, pois os consumidores procuram formas de se proteger do vírus que se dissemina. A companhia americana 3M, que fabrica máscaras anticontágio, entre outros artigos, é uma das mais beneficiadas.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/Yichuan Cao
Cooperação a distância segura
Na empresa alemã TeamViewer, que disponibiliza software para manutenção remota de compartilhamento de tela, videoconferência, transferência de arquivos e VPN, o número de usuários vem aumentando desde o surto de covid-19, especialmente na China, o epicentro da epidemia. O valor das ações subiu mais de 20% em poucos dias.