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Brasil atropela Espanha e conquista Copa das Confederações pela quarta vez

Rafael Plaisant1 de julho de 2013

Em grande exibição no Maracanã e empurrada pela torcida, seleção brasileira faz 3 a 0 com dois gols de Fred e um de Neymar e impede espanhóis de levarem a única taça que ainda não possuem.

Foto: Reuters

Um torcedor que tivesse visto só os dois primeiros minutos do jogo deste domingo (30/06), no Maracanã, teria perdido grande parte do passeio da seleção brasileira sobre a Espanha, mas teria uma ideia clara do que foi a final da Copa das Confederações. Uma exibição de garra, técnica e empenho, personificada no gol-relâmpago de Fred e que terminou premiada com um 3 a 0 inconstestável contra a maior vencedora da história recente do futebol.

Em cada um dos 90 minutos em que a bola rolou, torcida e jogadores pareciam seguir à risca aquilo que o técnico Luiz Felipe Scolari pedira antes do início do torneio. E o que se viu no Rio de Janeiro foi quase um pacto pela vitória, que em nenhum momento do jogo pareceu ameaçada.

O gol de Neymar, aos 44 do primeiro tempo, e o segundo de Fred, aos 2 da etapa final, serviram apenas para referendar o que, desde a execução do Hino Nacional, mostrava-se inevitável. O quarto título da Copa das Confederações do Brasil foi a maior derrota já sofrida pela geração mais vitoriosa que a Espanha já teve. E impediu a Fúria de conseguir a única taça que ainda não possui.

"[O título] não estava previsto, é um caminho que percorremos. A gente sabe que vem um campeonato muito mais forte que esse", disse Felipão logo após o jogo. "O que o povo tem feito por nós, dentro do campo, é algo fantástico, maravilhoso. Temos que ter isso como princípio dentro do nosso país: amizade, união."

Se a final foi um resumo do que foi a seleção brasileira neste torneio, o ambiente do lado de fora do Maracanã foi uma mostra do que foi quase regra nos arredores dos estádios. Com palavras de ordem contra a Fifa e os gastos com o Mundial, o que começou com uma marcha pacífica terminou com novos confrontos entre manifestantes e policiais neste domingo.

Neymar comemora o segundo gol do Brasil: camisa 10 teve mais uma grande atuaçãoFoto: Reuters

O jogo

Os espanhóis mal tinham tocado na bola quando Fred, a menos de dois minutos de jogo, abriu o placar. Após cruzamento de Hulk, o atacante do Fluminense brigou no meio de dois jogadores espanhóis e, mesmo caído, conseguiu empurrar com o pé para o fundo das redes.

O gol deu tranquilidade à seleção brasileira e certa desestabilidade aos espanhóis, acostumados a impor seu jogo desde o primeiro minuto. Foi só por volta dos 20 minutos de jogo que Vicente del Bosque viu seu time conseguir ter maior parte da posse de bola.

Até então, ele já havia visto Oscar – em chute rasteiro de fora da área – e Paulinho – tentando encobrir Casillas da intermediária – quase ampliarem para o Brasil.

Com 28 minutos, Arbeloa e Sergio Ramos já estavam pendurados com cartão amarelo. O Brasil marcava pressão e dificultava a saída dos espanhóis, que até chegavam a rondar a área de Júlio César, porém sem perigo real.

Com menor posse de bola, o Brasil começou, então, a explorar mais os contra-ataques. E foi num deles que Fred quase fez seu segundo. Aos 32, o atacante recebeu sozinho dentro da grande área e, frente a frente com o gol, viu Casillas fazer grande defesa.

A melhor chance da Espanha foi aos 40 minutos e só não virou gol porque David Luiz, heroico, cortou o chute de Pedro quase em cima da linha. A determinação do time de Felipão foi premiada quatro minutos depois, quando Neymar, em chute forte, acertou o ângulo de Casillas e fez 2 a 0 para o Brasil.

O segundo tempo começou como o primeiro – com gol do Brasil e novamente de Fred. Aos dois minutos, após bela troca de passes do ataque brasileiro, o centroavante recebeu na esquerda, dentro da área, e bateu no canto oposto, sem chances para Casillas.

Aos 9 minutos, Jesús Navas, que acabara de entrar, sofreu pênalti de Marcelo. O capitão Sergio Ramos cobrou para fora, e a torcida, que desde o gol de Fred já gritava "olé", chegou a esboçar gritos de "é campeão".

A empolgação da torcida e a certeza de que o título estava próximo cresceram aos 22 minutos, quando Neymar disparou do meio-campo e, já quase dentro da área, foi parado pelo zagueiro Piqué, que acabou expulso.

O grito de campeão, já preso na garganta e que às vezes escapava, passou então a ser entoado de vez pela torcida. A seleção ainda teve várias chances de ampliar, todas desperdiçadas, mas nada que tirasse o brilho de uma vitória que há tempos os brasileiros não viam.

Ficha técnica

Local: Maracanã – Rio de Janeiro

Gols: Fred (1 do primeiro tempo, 2 do segundo tempo), Neymar (44 do primeiro tempo)

Cartões amarelos: Arbeloa, Sergio Ramos (Espanha).

Cartão Vermelho: Piqué (Espanha)

Arbitragem: Björn Kuipers (Holanda), auxiliado por seus compatriotas Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Brasil: Júlio César; Dani Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Espanha: Iker Casillas; Álvaro Arbeloa (Cesar Azpilicueta), Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi Hernández e Andrés Iniesta; Pedro Rodríguez, Juan Mata (Jesús Navas) e Fernando Torres (David Villa). Técnico: Vicente del Bosque.

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