Associação Brasileira de Saúde Coletiva aponta lacunas no plano de vacinação apresentado por ministério, critica atrasos e vê falta de seriedade do presidente Bolsonaro no enfrentamento da pandemia.
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Cobrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o plano nacional de vacinação contra a covid-19 apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (16/12) deixa lacunas. Embora faça referência a diversas opções de vacinas, o documento não é claro sobre possíveis acordos com o Instituto Butantan, que vai produzir a vacina chinesa Coronavac, e a partir de quando será implantado.
Para a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a emergência não está sendo enfrentada como deveria no Brasil. A falta de um comando central desde o início da pandemia faz com que o combate ainda seja ineficiente, avalia a sanitarista Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco, em entrevista à DW Brasil.
No último sábado, uma versão do plano de vacinação entregue pelo ministério ao STF chegou a citar pesquisadores indicados pela Abrasco como autores do documento. Os cientistas, no entanto, se manifestaram dizendo que não haviam sido consultados e que não tiveram acesso ao plano de então. Depois dessa manifestação, a nova versão apresentada pelo governo retirou os nomes e reviu alguns pontos criticados pela associação.
Até essa quarta-feira, a pandemia já tinha custado a vida de mais de 183 mil brasileiros.
DW: Vocês vieram a público dizer que não participaram efetivamente da elaboração do plano nacional de vacinação contra covid-19 do governo federal, como dizia o documento do Ministério da Saúde apresentado ao Supremo Tribunal Federal. O que de fato aconteceu?
Gulnar Azevedo e Silva: Nós tivemos conhecimento de que estava sendo montada uma câmara técnica no Ministério da Saúde. Não era no mesmo molde do Programa Nacional de Imunização (PNI), que já tem 47 anos, que tinha um conselho formado de pessoas de áreas de pesquisa, acadêmicos, profissionais muito experientes em vacinação. Esse conselho do PNI foi extinto por Bolsonaro quando ele assumiu o governo. O PNI ficou sem alma, sem orientação, porque cada vacina que o Brasil incorporava era analisado pelo conselho, que fazia estudos e orientava, inclusive sobre o custo e efetividade.
Agora, com a vacinação na pandemia, esse governo criou uma câmara técnica por pressão do Supremo Tribunal Federal, que pedia que o governo apresentasse um plano.
Entramos em contato com o governo enquanto entidade de saúde coletiva pra entender. Ouvimos que poderíamos indicar pessoas pra participar, então fizemos dez grupos separados. Indicamos 14 nomes com muita experiência em doença transmissível, em vacina. Os grupos eram assessores, mas poderiam ajudar na orientação do plano.
Alguns grupos se reuniram, outros, não. Quando os colegas indicados viram que o plano foi finalizado e entregue ao STF, eles acharam muito estranho, pois não viram o plano final.
E o que é pior é que o documento saiu com o nome deles. Então eles reclamam que não aprovaram o plano, que não concordam com tudo, que há omissões, que é vago, que não se trata de um plano efetivo. Os colegas ficaram muito desconfortáveis porque o nome deles aparece como elaboradores no documento e, na realidade, isso não aconteceu.
Quem elaborou foi o grupo do ministério, não sei com qual orientação do ministro. Os pesquisadores, nossos colegas, se sentiram usados.
Nesta quarta-feira, o governo federal apresentou publicamente o plano nacional aparentemente reformulado. O mudou em relação ao documento que foi entregue no último sábado ao STF?
O plano apresentado hoje é um pouco melhorado em relação ao que foi enviado ao STF. Em primeiro lugar, o ministério tirou o nome dos pesquisadores que estavam como elaboradores. Creio que a nossa pressão teve algum efeito.
Em geral, está um pouco melhor em relação aos grupos de risco. Algumas das sugestões que nós tínhamos considerado na nota que enviamos ao STF aparecem, como os quilombolas, comunidades ribeirinhas. Os indígenas já estavam.
O plano inicial trazia os trabalhadores do sistema prisional no grupo de risco, mas não os presidiários. Agora, esses foram incluídos. Entrou também as pessoas com deficiência. Ou seja, melhorou. Por outro lado, não está claro quais grupos serão vacinados na primeira e segunda fases.
O plano atual traz uma campanha de comunicação. Mas o texto coloca a questão de receber a vacina muito para o indivíduo. Não fica claro se será obrigatório, se as pessoas vão poder escolher.
O plano anterior só fazia menção às vacinas da AstraZeneca, ao consórcio da Organização Mundial da Saúde e Pfizer-Biontech. Na avaliação de vocês, a referência às outras opções, como a Coronavac, está clara?
Existe a referência às demais vacinas, inclusiva a do Butantan (Coronavac), mas não foi colocado de forma clara que o ministério quer fazer um acordo, de que vai assinar um acordo, e quantas doses seriam caso os acordos fossem assinados. Ainda está vago.
O acordo com o Butantan poderia estar mais adiantado, até porque o instituto já ofereceu e disse ter capacidade de fornecer para o governo federal.
O plano também não faz menção à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), à regulação, embora essa agência tenha dito que poderia trabalhar para liberar vacinas emergências em dez dias.
A manifestação contrária que fizeram e o fato de terem recorrido ao STF parece ter surtido efeito?
Sim, alguns pontos foram considerados.
O plano entregue ao STF não falava especificamente em todas as vacinas, e a gente vai precisar de todas as vacinas disponíveis para poder cobrir a população toda.
Aquele plano que não era um plano. Não continha todas as etapas, desde a produção da vacina até o monitoramento de quem foi vacinado. Não existia explicação sobre a rede de frio, que é como se mantém as vacinas na temperatura adequada. O tempo todo é preciso fazer o controle da temperatura, e quem faz isso é a vigilância sanitária. O controle não é só sobre a validade da vacina, mas também sobre o armazenado na temperatura exigida.
A rede de frio tem que ter desde quando se produz até chegar na ponta, quando chega na geladeira da Unidade Básica de Saúde. É um ponto importantíssimo. Se faltar eletricidade, por exemplo, a vacina pode perder qualidade.
No Programa Nacional de Imunização, esse aspecto era super rígido, super controlado, todo cheio de orientação. O plano tinha várias e graves omissões.
O que ainda precisa ser melhorado, na visão da Abrasco?
Falta acertar melhor com os estados como vai se dar a compra das vacinas, isso está vago.
Ainda não se sabe também quando começa a vacinação. Quando uma determinada vacina for aprovada, em quanto tempo vai começar o programa de imunização? Não sabemos.
Com base na experiência que vocês têm em relação ao Plano Nacional de Imunização do SUS, que já tem mais quatro décadas, será possível implantar esse planejamento apresentado de vacinação contra a covid-19?
A comparação é um pouco difícil porque a escala de vacinação é muito diferente. Nunca se vacinou a população inteira. Até então, a vacina ocorre por grupos (idosos, adultos crianças), em locais específicos de focos de doenças, como a febre amarela…
No entanto, essas lacunas já poderiam ser esclarecidas no plano atual, assim como a relação com estados e municípios. O desafio maior é vacinar a população toda, a partir dos 18 anos. Crianças ainda não foram testadas.
O Brasil parece atrasado nesse enfrentamento da pandemia?
O Brasil está atrasado. Na questão da vacina, o país poderia já estar se preparando para a questão dos acordos, para entender que a gente precisa de mais vacinas, e não só de uma farmacêutica.
Correr atrás agora não dá. A Pfizer já disse que não tem condições de produzir agora milhões de doses para o Brasil.
A gente está chamando a atenção desde maio que não existe um plano geral de enfrentamento da pandemia. Esse é um grande problema. Não existe um plano do Ministério da Saúde que diga quais são as medidas de saúde pública a serem seguidas: o que tem que ser feito, qual é a ajuda que eles estão dando para estados e municípios. Isso está fazendo com que cada um tente resolver seu problema de forma isolada. A pandemia não está só em alguns lugares, está no Brasil inteiro. Então precisa de muita articulação.
Essa falta de articulação entre estados e municípios e de apoio do governo federal está fazendo com que o nosso enfrentamento seja totalmente ineficiente.
No dia 3 de junho nós entregamos ao ministério e ao Congresso um plano nacional de enfrentamento com 70 recomendações. A Abrasco liderou esse processo, tivemos a participação de 14 entidades da saúde, do Conselho Nacional de Saúde. Não houve resposta por parte das autoridades executivas. Muitos parlamentares entraram com muitas medidas e ações, forçando para que algumas coisas fossem aprovadas.
Essa ausência, esse vácuo, faz com que a gente tenha todos esses problemas. E o maior de todos eles é o presidente da República minimizar, fazer pouco da doença, não passar uma comunicação correta de campanha.
Esse atual recrudescimento da primeira onda de covid-19 que estamos vendo é por que a população está achando que está tudo bem, que pode aglomerar, que pode sair porque o comercio está liberado.
Para enfrentar uma epidemia desse tipo, tem que contar com pessoas experientes, com pesquisadores, com o controle social. O Sistema Único de Saúde tem controle social, que é o Conselho Nacional de Saúde. Nada do que foi feito passou por controle social. Esse plano que o governo apresentou inclusive.
Se estamos vivendo um recrudescimento da primeira onda, ainda teremos uma segunda?
A gente espera que, até lá, a gente consiga ter vacina e que a população entenda que não dá pra ter Natal e Ano Novo como antes. Não pode haver aglomeração até que a situação esteja mais controlada.
Mas, para a população entender, é preciso ter medidas de fiscalização e um comando único, uma comunicação clara da situação emergencial que a gente está vivendo.
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/S. Avila
Merkel pede que alemães mantenham solidariedade na crise do coronavírus
Em seu tradicional discurso de Ano Novo, a chanceler federal, Angela Merkel, pediu aos cidadãos da Alemanha que mantenham a perseverança e permaneçam solidários durante a crise de coronavírus. Ela também criticou os negacionistas da pandemia, afirmando que teorias da conspiração são não só falsas e perigosas, como também cínicas e cruéis. (31/12)
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Em decisão histórica, Argentina legaliza o aborto
O Senado da Argentina aprovou a legalização do aborto, decisão celebrada por milhares de mulheres que acompanharam a votação de mais de 12 horas em frente ao Congresso. A legalização do aborto até a 14ª semana de gestação era uma promessa do presidente Alberto Fernández e já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado por 38 votos contra 29, além de uma abstenção. (30/12)
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Argentina inicia vacinação contra covid-19
País se torna o primeiro das Américas a aplicar a vacina russa Sputnik V. A fase inicial abrange um lote de 300 mil doses, de um total de 55 a 60 milhões que o governo planeja receber até julho do ano que vem por meio de contratos com diversas empresas farmacêuticas. A prioridade foi dada a profissionais de saúde de grandes aglomerados urbanos. (29/12)
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Sauditas condenam ativista dos direitos das mulheres a quase seis anos de prisão
Loujain al-Hathlou, uma das principais defensoras dos direitos das mulheres na Arábia Saudita, foi acusada de tentar provocar mudanças na sociedade seguindo objetivos estrangeiros e de perturbar à ordem pública, além de gerar ameaças à segurança nacional. A ativista de 31 anos exigia a suspensão das leis de tutela masculina, que restringem a liberdade de movimento das mulheres. (28/12)
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Começa vacinação contra covid-19 na UE
Nações da União Europeia começaram o esforço coordenado para vacinar contra a covid-19 os mais vulneráveis entre os quase 450 milhões de habitantes do bloco. Trabalhadores do setor da saúde, idosos e líderes políticos receberam algumas das primeiras injeções, visando tranquilizar o público de que as vacinas são seguras e representam a melhor chance de se acabar com a pandemia. (27/12)
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Morre lendário agente duplo George Blake
George Blake, espião britânico que trabalhou como agente duplo para a União Soviética, morreu na Rússia aos 98 anos. Como agente do MI6, Blake denunciou centenas de agentes ocidentais para a KGB nos anos 1950. Seu caso se tornou um dos mais notórios durante a Guerra Fria. Ele foi denunciado em 1961 e condenado a 42 anos de prisão. Escapou da prisão cinco anos depois e se refugiou na URSS. (26/12)
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Forte explosão em Nashville
Um veículo explodiu no centro de Nashville, nos Estados Unidos, na manhã de Natal, quebrando janelas, destruindo outros carros e danificando prédios ao redor. Ao menos três pessoas ficaram feridas na explosão, que foi descrita pela polícia como um "ato intencional". Antes de explodir, veículo emitiu gravação avisando que "bomba seria detonada em 15 minutos". FBI assumiu a investigação. (25/12)
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Reino Unido e UE fecham acordo
Após meses de impasse, o Reino Unido e a União Europeia chegaram a um acordo comercial sobre as relações entre as partes após o Brexit, selando assim a saída do Reino Unido do bloco, uma saga que durou quatro anos. O anúncio ocorre apenas uma semana antes de 1º de janeiro de 2021, quando a legislação da UE deixará de ser aplicada ao território britânico, evitando assim um caos econômico. (24/12)
Foto: Pippa Fowles/Xinhua/imago images
Turquia condena jornalista de oposição
Um tribunal da Turquia condenou o jornalista Can Dündar a 27 anos de prisão, sob acusação de espionagem. O ex-editor-chefe do jornal Cumhuriyet, crítico ao governo de Recep Erdogan, e seu colega Erdem Gul foram inicialmente sentenciados em 2016 a cinco anos de prisão por publicarem uma reportagem que apontou que agentes da inteligência turca enviaram armas a grupos jihadistas na Síria. (23/12)
Foto: Malte Ossowski/SvenSimon/picture alliance
Antártida deixa de ser único continente sem covid-19
Um surto de covid-19 foi detectado numa base militar chilena na Antártida, o único continente que até então não tinha sido afetado pela pandemia. Testaram positivo para o novo coronavírus 36 homens - 26 militares e dez civis. O contágio teria acontecido após uma visita de um navio da marinha chilena, que realizou manobras de apoio logístico entre 27 de novembro e 10 de dezembro. (22/12)
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 durante uma transmissão ao vivo de televisão, como parte de uma campanha para aumentar a confiança dos americanos nos imunizantes. O democrata 78 anos recebeu a vacina Pfizer-BioNTech no Hospital Christiana em Newark, no estado de Delaware. Sua esposa, Jill Biden, recebeu a dose pouco antes. (21/12)
Foto: Alex Edelman/AFP
Países europeus suspendem voos do Reino Unido
A Holanda, Bélgica, França, Itália e Alemanha impuseram proibições à chegada de voos do Reino Unido a seus territórios, após relatos do surgimento em solo britânico de uma nova variante do coronavírus que seria 70% mais infecciosa. Já o governo britânico aumentou o nível de alerta nas regiões de Londres e do sul da Inglaterra, que passarão do atual nível 3. (20/12)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
EUA aprovam uso emergencial da vacina da Moderna
Depois de largarem atrás de outros países na aprovação da vacina Pfizer-Biontech, os EUA são os primeiros a homologarem o imunizante desenvolvido pela farmacêutica Moderna. Isso representa um grande reforço para o país mais atingido em todo o mundo pelo coronavírus no combate à doença, enquanto o vírus continua a se espalhar desenfreadamente, pouco antes dos feriados de fim de ano. (19/12)
Foto: picture alliance/dpa
Mike Pence se vacina contra covid-19
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, recebeu a primeira dose da vacina contra covid-19, produzida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. A vacinação foi transmitida pela TV para estimular os americanos a se vacinarem. “Karen [sua esposa] e eu estamos mais do que felizes em dar um passo à frente para tomar esta vacina segura e eficaz”, disse o político. (18/12)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Lewandowski é eleito melhor do mundo pela Fifa
O atacante polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo em 2020 em eleição da Fifa, superando o argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o português Cristiano Ronaldo, da Juventus. O jogador de 32 anos foi o artilheiro da Bundesliga, da Copa da Alemanha e da Champions League, somando 41 gols na temporada passada. (17/12)
Foto: Christof Stache/Reuters
Reino Unido vacina quase 140 mil em uma semana
A primeira semana da campanha de vacinação contra covid-19 no Reino Unido teve mais de 137 mil pessoas vacinadas. A expectativa das autoridades é que a imunização dos nove grupos prioritários seja concluída nos primeiros meses de 2021. As pessoas têm que receber duas doses da vacina, com 21 dias de intervalo. Por isso, ninguém que já foi vacinado pode ser considerado completamente imune. (16/12)
Foto: Dominic Lipinski/AFP
Bolsonaro finalmente reconhece Joe Biden como presidente eleito dos EUA
Mais de um mês após a vitória de Joe Biden, Jair Bolsonaro finalmente reconheceu o democrata como presidente eleito dos EUA. Aliado de Trump, o brasileiro foi um dos últimos líderes a reconhecer o resultado das eleições. "Saudações ao presidente Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", escreveu Bolsonaro no Twitter. (15/12)
Foto: Andre Borges/NurPhoto/picture alliance
Começa imunização contra covid-19 nos EUA
A enfermeira Sandra Lindsay, que atua na UTI do hospital Long Island Jewish Medical Center, em Nova York, se torna a primeira cidadã da cidade e uma das primeiras no país a receber a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela americana Pfizer e a alemã Biontech. "Espero que isto marque o início do fim de um período muito doloroso em nossa história", disse ela após a injeção. (15/12)
Foto: Mark Lenninhan/AFP/Getty Images
Bolsonaro mantém recorde de aprovação
Apesar do agravamento da epidemia de covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro manteve sua aprovação no melhor nível desde o início do mandato, segundo apontou uma pesquisa do instituto Datafolha. O levantamento mostrou que 37% dos brasileiros consideram seu governo bom ou ótimo, o mesmo percentual da pesquisa realizada em agosto. Já a rejeição caiu de 34% em agosto para 32% agora. (13/12)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Jornalista dissidente é enforcado no Irã
O ativista e jornalista iraniano Ruhollah Zam foi enforcado após ter sido condenado à morte por apoiar, através de seu trabalho online, os protestos contra o regime teocrático que ocorreram no final de 2017 em várias cidades do Irã. A execução ocorreu pouco mais de um ano após o jornalista, de 47 anos, que vivia na França, ter sido sequestrado no Iraque. (12/12)
Foto: Ali Shirband/AP Photo/picture alliance
Câmara da Argentina aprova legalização do aborto
A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei que legaliza o aborto até a 14ª semana de gestação. O texto segue agora para o Senado, que há dois anos rejeitou iniciativa semelhante. Ao ritmo de tambores e em clima de festa, milhares de mulheres com lenços verdes – símbolo da campanha a favor da legalização do aborto no país – fizeram vigília nas imediações do Congresso. (11/12)
Foto: Ronaldo Schemidt/APF/Getty Images
Mortalidade por covid-19 entre indígenas é 16% maior
A pandemia da covid-19 provocou até o dia 9 de dezembro a morte de 889 indígenas e a contaminação de 41.250 membros de 161 dos 305 povos originários que vivem no Brasil. A taxa de mortalidade entre a população indígena é de 991 por milhão, 16% superior à mortalidade geral no Brasil pela doença, de 852 por milhão. Os dados foram divulgados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. (10/12)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/F. Dana
Bolsonaro demite ministro do Turismo
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O estopim para a decisão teria sido uma mensagem enviada por ele a um grupo de ministros no Whatsapp, afirmando que Luiz Eduardo Ramos, titular da Secretaria de Governo, pressionou Bolsonaro a removê-lo do cargo. Álvaro Antônio é pivô de um escândalo de candidaturas laranjas no PSL de Minas Gerais. (09/12)
Foto: Agência Brasil/Valter Campanato
Reino Unido inicia vacinação em massa
O Reino Unido deu início ao maior programa de vacinação de sua história, com a aplicação em massa do imunizante contra a covid-19 desenvolvido pela Pfizer em parceria com alemã Biontech. As primeiras doses estão sendo aplicadas em pessoas com mais de 80 anos, funcionários de casas de repouso e profissionais da saúde que atuam na linha de frente. (08/12)
Foto: Jacob King/PA Wire/empics/picture alliance
Coligação de Maduro vence eleições
A aliança de partidos que apoiam o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, venceu as eleições parlamentares do país com mais de 67% dos votos, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), um dia depois do pleito. A abstenção foi próxima a 70%. As eleições foram contestadas pela oposição, que apelou ao boicote. A União Europeia (UE) também não reconheceu o resultado. (07/12)
Foto: Fausto Torrealba/REUTERS
"Eu quero que o corona vá embora"
Em 6 de dezembro é celebrado na Alemanha o Dia de São Nicolau. Daí até o Natal, diretamente de suas duas agências de correios na cidade de Sankt Nikolaus e em Nikolausdorf, o "bom velhinho" responde às cartas dos miúdos. E pelo menos tenta atender aos milhares de pedidos. Em 2020, não será nada fácil, pois muitos desejam nada menos do que o fim da pandemia de covid-19. (06/12)
Foto: Oliver Dietze/dpa/picture alliance
Rússia começa vacinação em massa contra covid-19
A Rússia começou neste sábado (05/12) a campanha de vacinação voluntária em grande escala contra a covid-19, com Moscou sendo a primeira cidade do país a iniciar a imunização. País é o primeiro do mundo a iniciar imunização em grande escala contra o coronavírus. Vacina Sputnik V recebeu aval regulatório do governo russo antes mesmo de conclusão de testes. (05/12)
Foto: Sergei Karpukhin/TASS/dpa/picture alliance
"Time" elege pela primeira vez Criança do Ano
Revista americana Time nomeou uma cientista e inventora de 15 anos como a primeira Criança do Ano, título que a adolescente americana Gitanjali Rao pretende usar para inspirar ideias que "resolvam problemas do mundo". Ela inventou tecnologias como um dispositivo que consegue identificar chumbo em água potável e um aplicativo para celulares que detecta 'cyberbullying' (04/12).
Foto: Rachel Murray/Getty Images
EUA registram novo recorde de mortes por covid-19
No mesmo dia, Estados Unidos registram 3,1 mil mortes por covid-19, enquanto o número de novas infecções pelo coronavírus supera a média diária de 200 mil e o de internações passou pela primeira vez de 100 mil. Aumento nas infecções pode ter sido impulsionado por feriado do Dia da Ação de Graças. (03/12)
Foto: Spencer Platt/Getty Images
ONU reconhece propriedade medicinal da maconha
A Comissão de Narcóticos das Nações Unidas decidiu remover a cannabis da lista de drogas mais perigosas, reconhecendo assim as propriedades medicinais da planta, ainda que seu consumo para fins recreativos continue proibido. A decisão, que abre caminho para mais países aprovarem seu uso para fins terapêuticos, foi tomada por 27 votos a 25, com uma abstenção. Brasil votou contra. (02/12)
Foto: Katja Döhne
Pandemia agrava crise humanitária global, diz ONU
Relatório anual do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) alertou que cerca de 235 milhões de pessoas necessitarão de auxílio em 2021, após aumento dos pedidos de ajuda em 2020 em razão da covid-19. Aumento não se deve apenas ao coronavírus, mas também a vários desafios globais, como conflitos, migração forçada e os impactos do aquecimento global. (01/12)