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Brasil e Alemanha querem avançar acordo entre Mercosul e UE

Marina Estarque, de Brasília20 de agosto de 2015

Merkel diz que vai se empenhar em Bruxelas para acelerar negociações do acordo comercial entre os dois blocos e elogia papel de liderança assumido pelo Brasil.

Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld

A presidente Dilma Rousseff e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, comprometeram-se nesta quinta-feira (20/08), em Brasília, a avançar nas negociações para um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Segundo a presidente, os blocos farão trocas de ofertas ainda em 2015. "Esse deve se tornar um grande passo na nossa cooperação", afirmou.

Merkel reforçou a intenção de apresentar propostas até o fim do ano e destacou a atuação do Brasil. "O Mercosul é um grupo muito heterogêneo, e o Brasil assumiu um papel de liderança. Vamos trabalhar com a Comissão Europeia para acelerar as negociações do acordo Mercosul-União Europeia", disse a chanceler.

Dilma fez menção ainda à importância da parceria comercial com a Alemanha em tempos de crise. "Alemanha e Brasil são a quarta e a sétima economias do mundo. Nesse cenário de incertezas na economia internacional, sabemos o quanto é importante essa parceria."

A chanceler também destacou o desenvolvimento econômico e social do Brasil nos últimos anos. "O país saiu do mapa da fome em 2014", disse.

Clima

Merkel destacou que um dos pontos principais da cooperação entre Brasil e Alemanha é o combate ao aquecimento global. Os países, que estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, discutiram propostas que serão apresentadas na Conferência do Clima, em Paris, em dezembro.

A chanceler anunciou a criação de um fundo de 550 milhões de euros para financiar programas de eficiência energética e ações contra o desmatamento no Brasil. Merkel destacou a intenção do governo brasileiro de zerar a devastação das florestas até 2030.

Nas reuniões entre os ministros, os dois países assinaram declarações de intenções para cooperação em projetos de infraestrutura, transporte, energia, tecnologia e inovação.

"Já temos acordos de energia eólica e queremos dar todo o apoio também em infraestrutura, para reduzir as perdas energéticas nas linhas de transmissão", afirmou Merkel.

Ela disse que o país tem interesse em apoiar a "transição energética" no Brasil, assim como tem sido feito na Alemanha.

Por outro lado, Dilma mencionou a cooperação em pesquisa e exploração dos elementos conhecidos como terras raras. Também destacou a parceria em projetos na área portuária e a "notória expertise alemã" no setor.

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