Europeus decidiram proibir importações de 20 frigoríficos brasileiros, o que pode atingir até um terço das vendas de frango ao bloco. O motivo alegado é controle sanitário. Mas por trás pode estar uma disputa comercial.
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Um golpe duro, motivado comercialmente, mas possível de ser superado. É assim que o governo e a indústria de proteína animal do Brasil, estratégica para uma economia claudicante, encaram o bloqueio imposto na semana passada pela União Europeia a 20 frigoríficos que exportam carne, principalmente de frango, para o bloco.
A proibição, anunciada em 19 de abril pela UE, não foi exatamente uma surpresa no Brasil. Em 2017, a deflagração da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal colocou o controle sanitário nacional sob desconfiança, e Bruxelas reagiu intensificando as inspeções dos produtos brasileiros. Na época, o bloco já manifestava preocupação e pedia maior rigor ao governo, mas não chegou a aplicar nenhum tipo de sanção. No mês passado, a Operação Trapaça, um desdobramento da Carne Fraca, trouxe o tema novamente à tona.
Pedro de Andrade Faria, ex-presidente da BRF, a campeã brasileira de exportações de frango, foi preso acusado de tentar acobertar um esquema de fraudes em resultados de exames sanitários em unidades exportadoras da companhia. O governo brasileiro suspendeu preventivamente essas unidades em uma tentativa de mostrar compromisso.
No dia 17, após retornar de uma viagem a Bruxelas, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, já adiantava que a UE planejava a suspensão. No dia seguinte, o ministério cancelou o autoembargo e liberou as unidades da BRF. No outro dia, veio a decisão da UE – das 20 plantas afetadas, 12 são da BRF.
O bloqueio dos frigoríficos atinge uma indústria importante para o Brasil. O país é o maior exportador de proteína animal do mundo, uma condição alcançada entre 2004 e 2005 após décadas de ações da iniciativa privada e do governo.
"O Brasil não chegou a essa condição à toa", afirma Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro de Liberdade Econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição particular de São Paulo.
Um setor que emprega milhões
As exportações de carne brasileira começaram em 1976, com a Sadia, que hoje integra a BRF, e a partir da década de 1990 houve uma significativa modernização e profissionalização da cadeia produtiva.
"Havia uma produção desconcentrada, com abate informal muito grande. De olho nos mercados externos, algumas empresas-âncora passaram a impor padrões de qualidade para o produtor, inclusive auxiliando no controle de qualidade e lideraram esse processo de organização", afirma Maciel.
"Ao mesmo tempo, o governo começou a estabelecer normas, procedimentos e padrões sanitários equivalentes aos existentes em outros mercados consumidores e, em um segundo momento, o setor foi assumido como estratégico pelo Estado", destaca o especialista da Mackenzie.
Na esteira da política das "campeãs nacionais" dos governos do PT, empresas como a BRF e a JBS se beneficiaram de empréstimos baratos do BNDES para consolidar sua liderança nacional e mundial.
Mas, assim como PT e PMDB, que experimentam agruras por conta de grandes investigações de corrupção, as empresas beneficiadas nos governos recentes também sofrem as consequências das operações da PF e do Ministério Público.
No caso da carne de frango, que agora é alvo da medida europeia, o Brasil é o segundo maior produtor do mundo e seu principal exportador. Das cerca de 13 milhões de toneladas processadas anualmente, um terço é vendido para mais de 160 países ou territórios.
No ano passado, a receita gerada foi de 7,2 bilhões de dólares. Os empregos na cadeia produtiva são 3,5 milhões. De imediato, a BRF e a Aurora colocaram diversas plantas em férias coletivas, que atingem 9 mil empregados diretos.
A UE responde por cerca de 10% do volume de exportações brasileiras de carne frango. É um mercado de destaque, pois o produto tem custo alto e margem de lucro baixa, e o importador europeu, assim como o consumidor, é exigente e paga bem por cortes nobres e carne de alta qualidade.
Com a suspensão dos 20 frigoríficos, cerca de 30% a 35% das exportações de frango à UE devem ser afetadas, segundo estimativa do Ministério da Agricultura.
Para o Brasil, uma decisão comercial
A justificativa da UE para sua decisão foram as "deficiências detectadas no sistema de controle oficial do Brasil". Nas operações Carne Fraca e Trapaça, a PF investigou fraudes em inspeções a respeito da presença de salmonela, uma bactéria comum na flora intestinal dos animais e dos humanos, na carne de frango. Há milhares de tipos de salmonela, alguns mais perigosos que outros, e eles podem causar infecção intestinal e, em casos graves, infecção generalizada.
Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), não se trata apenas de uma questão sanitária, mas também comercial. Em nota, a entidade afirmou que a suspensão dos frigoríficos é "infundada" e a classificou como "uma medida protecionista que não se ampara em riscos sanitários ou de saúde pública".
A reclamação do Ministério da Agricultura e da ABPA é que a União Europeia faz inspeções diferentes para a carne de frango in natura e para a carne de frango com 1,2% de sal adicionado. A segunda passa por uma inspeção de milhares de tipos de salmonela, enquanto a primeira testa apenas dois tipos da bactéria (os mais perigosos – Salmonella typhimurium e Salmonella enteritidis), mas enfrenta uma taxa de 1024 euros por tonelada para entrar no bloco econômico.
"A Europa diz que é um problema sanitário, mas se você pagar o imposto, não é sanitário", afirma Ricardo Santin, vice-presidente de Mercados da ABPA.
Além disso, dizem o ministério e a ABPA, esses outros tipos de bactéria não fazem mal à saúde, pois morrem em temperaturas altas, como as de cozimento ou fritura, e praticamente ninguém come frango cru. Alguns especialistas rebatem, alegando que a manipulação da carne com salmonela poderia contaminar outros produtos da cozinha, ainda que o frango fosse cozido.
"Se eu pegar um peito de galinha com salmonela que não causa mal à saúde, cortá-lo ao meio e mandar metade sem sal, ele vai entrar e ser consumido normalmente, mas vai pagar uma tarifa de 1024 euros por tonelada", diz Santin. "Se na outra metade eu adicionar 1,2 grama de sal, esse peito vai chegar à Europa e ser devolvido", afirma.
Vladimir Maciel, da Universidade Mackenzie, concorda que a UE pode ter se aproveitado da situação para erguer uma barreira comercial não tarifária. "A saúde pública é o mote, mas na verdade você tem uma proteção do produtor local", diz.
Por iniciativa de Blairo Maggi, o caso deve ir parar na Organização Mundial do Comércio (OMC), onde pode levar cerca de um ano para ser resolvido. Até lá, Maciel prevê que frango brasileiro não vai perder outros mercados, como os de Oriente Médio, África e Ásia – os dois primeiros não têm como estruturar produção própria atualmente e o terceiro tem uma demanda muito alta.
Ainda assim, o economista avalia que o produtor brasileiro deve se organizar para demonstrar aos importadores que está trabalhando para manter o padrão sanitário. "Estamos abertos a qualquer tipo de compromisso que traga melhoria e segurança para o nosso cliente, mas não vamos jogar dinheiro fora", diz Santin, da ABPA, destacando que há uma busca frequente pelo chamado padrão salmonela zero.
Para a entidade, a esperança de retomar a fatia europeia do mercado está na OMC. "O painel da OMC possibilita que haja um acordo, e temos muita esperança de que a Europa faça uma revisão ou aceite alguma negociação para resolver esse problema, porque a nossa parceria com a Europa é muito positiva", afirma.
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O mês de abril em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/M. Rossi
Primeiros passos para a paz
Os alto-falantes sul-coreanos postados na fronteira com a Coreia do Norte serão desligados de forma definitiva, anunciou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Os imensos dispositivos transmitiam diariamente propaganda contra Pyongyang, que visavam estimular a deserção de soldados norte-coreanos. Já a Coreia do Norte comunicou que alinhará seu fuso horário com o da Coreia do Sul. (30/04)
Foto: picture-alliance/Yonhap/South Korean Defense Ministry
Morre García Meza, ex-ditador boliviano
O ex-ditador boliviano Luis García Meza morreu aos 86 anos num hospital militar em La Paz devido a uma obstrução respiratória. Extraditado à Bolívia pelo Brasil em março de 1995, ele foi condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de sua ditadura, responsável pela morte de vários dirigentes de esquerda. Em agosto de 1981, um novo golpe militar derrubou o regime, que durou apenas 13 meses. (29/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Boulanger
Ataque a acampamento pró-Lula
O acampamento montado em Curitiba em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de um atentado a tiros durante a madrugada, deixando dois feridos. Um deles levou um tiro no pescoço e está internado, e outro foi atingido por estilhaços no ombro, sem gravidade. Um inquérito foi aberto para apurar o caso. A vigília alvo dos disparos foi montada perto de onde Lula está preso. (28/04)
Foto: Reuters/R. Buhrer
Encontro histórico
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cruzou a linha de demarcação militar que divide a Península Coreana para participar de uma histórica cúpula com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, marcada por promessas de desnuclearização e fim das hostilidades entre os países vizinhos. Essa foi a primeira vez que um líder norte-coreano pisou na Coreia do Sul desde o fim da guerra em 1953. (27/04)
Foto: Reuters
EUA têm novo secretário de Estado
O Senado dos Estados Unidos confirmou o ex-diretor da CIA Mike Pompeo como novo secretário de Estado. Homem de confiança de Trump, ele substitui Rex Tillerson, que foi demitido pelo presidente. Como chefe da diplomacia, Pompeo terá que tratar de temas como o acordo nuclear iraniano e a Coreia do Norte – aonde viajou recentemente. Na foto, ele e o líder Kim Jong-un apertam as mãos. (26/04)
Foto: Reuters/U.S. Government
Alemães contra o antissemitismo
Milhares de pessoas vestindo o quipá – chapéu característico dos judeus – saíram às ruas em várias cidades da Alemanha para protestos em apoio à comunidade judaica, em meio a preocupações com o crescimento do antissemitismo no país. A chamada "marcha do quipá" foi convocada após um ataque contra jovens judeus em Berlim. Na capital alemã, quase 2.500 pessoas compareceram à manifestação. (25/04)
Foto: Reuters/F. Bensch
Macron visita Trump em Washington
O presidente da França, Emmanuel Macron, usou sua primeira visita oficial aos Estados Unidos para tentar convencer o presidente americano, Donald Trump, a não abandonar o acordo nuclear com o Irã. Em reunião em Washington, os dois líderes concordaram com a negociação de um novo pacto, ainda mais amplo, depois de Trump ter classificado de "insano" o acordo atual, firmado por Obama em 2015. (24/04)
Foto: Reuters/J. Ernst
Nasce 3º filho de William e Kate
A duquesa de Cambridge e esposa do príncipe William, Kate Middleton, deu à luz seu terceiro filho em Londres. Ainda sem nome, o menino é o quinto na linha de sucessão ao trono britânico. Kate chegou durante a manhã ao Hospital de St. Mary, na capital britânica, com sinais de início de trabalho de parto. O príncipe William assistiu ao nascimento do filho, que nasceu pesando 3,8 quilogramas. (23/04)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com/T. Nicholson
Mulheres social-democratas à frente
Andrea Nahles, de 47 anos, foi eleita presidente do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), como primeira mulher nos 155 anos de história do grupo. Ela obteve 414 dos 624 votos, contra 172 para sua adversária Simone Lange. Nahles assume o cargo prometendo renovar a legenda, num momento de crise sem precedentes para os social-democratas. (22/04)
Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka
Boa surpresa na Península da Coreia
Após a Coreia do Norte anunciar a suspensão imediata de seus testes nucleares e de mísseis, diversos líderes internacionais se manifestaram. Enquanto EUA, Coreia do Sul e China saudaram o anúncio, outros reagiram com cautela. Na foto, presidente sul-coreano Moon Jae-in entre Donald Trump e Kim Jong-un, em montagem televisiva. (21/04)
Foto: picture-alliance/AP/A. Young-joon
Morre DJ e produtor sueco Avicii
O DJ e produtor sueco Tim Berling, mais conhecido como Avicii, morreu, aos 28 anos, na capital de Omã, Mascate. As causas da morte não foram divulgadas. Avicii começou a produzir aos 16 anos e a fazer turnês aos 18 anos. O DJ sueco era um dos maiores nomes da música eletrônica. Entre seus maiores sucessos estão os hits "Hey brother", "Wake me up! " e "You make me". (20/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Sussman
75 anos do Levante do Gueto de Varsóvia
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, conduziu os atos comemorativos do 75º aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia, quando judeus confinados na capital polonesa iniciaram uma revolta contra a ocupação nazista. A revolta conseguiu oferecer resistência aos invasores durante um mês, apesar da precariedade de recursos para se defender. (19/04)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Sokolowski
Fim de proibição de mais de 35 anos
Em uma sessão de gala para convidados, a Arábia Saudita inaugurou em Riad o primeiro cinema do país, após mais de 35 anos de proibição por motivos religiosos. Funcionários do governo, empresários e diplomatas foram convidados para assistir ao filme "Pantera Negra", da Marvel. A abertura do cinema marca outro passo das reformas para a modernização da sociedade. (18/04)
Foto: picture-alliance/AP/A. Nabil
Pouso de emergência nos EUA
Um avião procedente de Nova York, da companhia Southwest, foi obrigado a realizar uma aterrissagem de emergência na Filadélfia depois de uma peça do motor esquerdo se desprender em pleno voo. A aeronave, com destino a Dallas, supostamente perdeu pressão violentamente durante o voo depois que uma peça se desprendeu do motor e arrebentou uma janela. Um passageiro morreu. (17/04)
Foto: picture alliance/AP Photo/D. Maialetti
Invasão do triplex
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou o triplex no Guarujá (SP) pelo qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado à prisão. O líder do MTST, Guilherme Boulos, argumentou que, se o apartamento de fato pertence ao ex-presidente, os ocupantes têm o direito de permanecer. Após negociações com a PM, os manifestantes desocuparam o apartamento. (16/04)
Foto: Reuters/P. Whitaker
Marx sempre polêmico
Trier ganhou um presente da China: a estátua de Karl Marx, imponente e segurando um livro. Aprovada por 42 votos a sete, ela divide a cidade alemã. Para uns, é o reconhecimento de seu mais famoso filho. Para outros, incomoda, devido aos abusos de direitos humanos naquele país. A obra de Wu Weishan será inaugurada em 05/05, quando se completam 200 anos do nascimento do pensador. (15/04)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Tittel
Ofensiva aérea ocidental na Síria
O Centro de Pesquisa Científica em Damasco foi reduzido a ruínas pelos mísseis lançados pelos Estados Unidos, Reino Unido e França contra 103 alvos militares do governo Assad. Operação em retaliação a ataques químicos em Duma foi aclamada no Ocidente. Conselho de Segurança da ONU rejeitou pedido da Rússia para condenação dos bombardeios. (14/04)
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Roraima pede que a fronteira com a Venezuela seja fechada
O governo de Roraima anunciou que ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para que a fronteira entre o Estado e a Venezuela seja fechada temporariamente. O governo aponta que a chegada constante de milhares de venezuelanos ao Estado vem sobrecarregando o sistema de saúde local e aumentando os índices de criminalidade. O presidente Michel Temer disse que a medida é "incogitável".(13/04)
Foto: Reuters/N. Doce
Volkswagen muda o comando
Maior montadora do mundo, a Volkswagen confirmou a saída de Matthias Müller do cargo de presidente-executivo. Ele ficou menos de três anos no cargo. Para o seu lugar foi escolhido Herbert Diess, ex-executivo da BMW que se tornou chefe da marca VW dentro do grupo em 2015. O anúncio também incluiu planos de mudança na organização da gama de marcas do grupo. (12/04)
Foto: imago/IPON/S. Boness
Queda de avião mata mais de 250 na Argélia
Ao menos 257 pessoas morreram na queda de um avião militar da Argélia nas redondezas da capital, Argel. A maioria das vítimas são militares e familiares. Entre os mortos há também dez tripulantes. É a maior tragédia aérea do país em número de mortos. No avião, de modelo soviético Ilyushin II-76, viajavam soldados e oficiais que seguiriam para a cidade de Tindouf. (11/04)
Foto: Reuters/R. Boudina
Mark Zuckerberg presta depoimento no Congresso dos EUA
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou depoimento nesta terça-feira ao Congresso americano. O criador da rede social pediu desculpas por recentes episódios de vazamentos de dados e uso indevido da plataforma. "Está claro que não fizemos o suficiente. Foi um erro crasso e foi meu. Peço desculpas", disse Zuckerberg. (10/04)
Foto: Reuters/L. Mills
Polícia e ativistas em confronto na França
A polícia francesa usou gás lacrimogêneo ao tentar retirar cerca de 250 pessoas de uma área em Notre-Dame-des-Landes, perto de Nantes. Os invasores – um grupo eclético de ativistas anticapitalistas e ecologistas – juntaram-se a agricultores em 2008 para evitar a construção de um aeroporto. Eles se recusaram a deixar o local mesmo depois de o projeto ter sido abandonado no início deste ano. (09/04)
Foto: picture-alliance/Maxppp/F. Dubray
Polícia descarta atentado em Münster
No atropelamento com van de acampamento, que fez dois mortos e deixou dezenas de feridos na cidade do centro-norte da Alemanha, Promotoria informou que não há indícios de uma motivação terrorista. Segundo a mídia do país, o autor do crime é um alemão de 48 anos com problemas psiquiátricos. Ele também já seria conhecido da polícia por delitos menores. (08/04)
Foto: Reuters/W. Rattay
Lula se entrega à Polícia Federal
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregou a agentes da Polícia Federal (PF) que o aguardavam diante da sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, onde ele se encontrava desde quinta-feira, depois da ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro. (07/04)
Foto: Reuters/L. Benassatto
Puigdemont deixa prisão
A procuradoria do estado alemão de Schleswig-Holstein ordenou a libertação imediata do ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont, após o pagamento da fiança de 75 mil euros. Poucas horas depois, ele deixou a cadeia na cidade de Neumünster e agradeceu o apoio recebido nos últimos dias. (06/04)
Foto: Reuters/F. Bimmer
STF rejeita pedido de Lula
Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o habeas corpus solicitado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impedir uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. Com a decisão, prisão de Lula pode acontecer a qualquer momento. O julgamento durou cerca de 11 horas. Voto da ministra Rosa Weber foi decisivo. (05/04)
Foto: Reuters/D. Vara
Cúpula sobre conflito sírio
Numa cúpula realizada em Ancara, os presidentes de Rússia, Irã e Turquia manifestaram seu compromisso de trabalhar juntos a favor do fim do conflito armado na Síria e lutar contra "as organizações terroristas". Os três líderes assinaram uma declaração conjunta que prevê acelerar o chamado "processo de Genebra", sob mediação da ONU, para encontrar uma solução duradora para a Síria. (04/04)
Foto: Reuters/U. Bektas
O aceno saudita a Israel
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, disse que os israelenses têm o direito de viver pacificamente em sua própria terra, em um sinal de aproximação entre Riad e Tel Aviv. "Acredito que palestinos e israelenses têm direito a suas próprias terras. Mas temos que chegar a um acordo pacífico para garantir a estabilidade para todos", disse ele à revista "The Atlantic". (03/04)
Foto: Reuters/A. Levy
Morre Winnie Mandela
Winnie Madikizela-Mandela, ativista antiapartheid e segunda mulher do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, morreu aos 81 anos num hospital em Joanesburgo. Segundo comunicado da família, ela sofria de "uma longa doença pela qual foi hospitalizada várias vezes". A nota a descreve como uma mulher que "lutou corajosamente contra o apartheid e sacrificou sua vida pela liberdade do país". (02/04)
Foto: picture-alliance/AA/I. Haffejee
Papa pede paz em bênção de Páscoa
Diante de 80 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a tradicional mensagem de Páscoa, o papa Francisco pediu paz em todo o mundo, em especial no Oriente Médio, palco do conflito israelo-palestino e da guerra civil síria. Falando da sacada da Basílica de São Pedro, ele disse que a crença da ressurreição traz esperança a um mundo "marcado por tantos atos de injustiça e violência". (01/04)