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"O grande circo místico" representará Brasil no Oscar

12 de setembro de 2018

Com tom de fantasia lírica, longa de Cacá Diegues concorrerá a vaga entre indicados a melhor filme estrangeiro. Elenco inclui Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer e Antônio Fagundes.

Cena do filme de "O grande circo místico", de Cacá Diegues
Cena de "O grande circo místico": filme teve sua estreia mundial no Festival de CannesFoto: Divulgação

O filme O grande circo místico, dirigido por Cacá Diegues, foi o escolhido por uma comissão indicada pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa por uma vaga entre os cinco indicados a melhor filme em língua estrangeira do Oscar 2019. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11/09) em São Paulo.

O longa, escolhido entre 22 possíveis candidatos, conta a história de cinco gerações de uma família proprietária de um circo a partir do olhar do personagem Celavi, um mestre de cerimônias que não envelhece. A narrativa mistura elementos fantásticos com realismo.

Entre os atores que compõem o elenco estão Jesuíta Barbosa, na pele de Celavi, Bruna Linzmeyer, Mariana Ximenes, Rafael Lozano, Catherine Mouchet, além de nomes de peso como Antônio Fagundes e o ator francês Vincent Cassel, conhecido pelo filme Cisne negro.

A comissão de seleção destacou que, para a escolha do representante brasileiro, são levados em consideração aspectos como premiações anteriores do filme, repercussão e os critérios do próprio júri do Oscar.

A força poética e a presença de música brasileira do longa de Diegues, coproduzido pela Globo Filmes, foram apontados como pontos fortes. "O mundo está precisando de um pouco de poesia, de um pouco de magia", afirmou a presidente da comissão, Lucy Barreto.

Com roteiro de Diegues em parceria com George Moura, O grande circo místico é inspirado no poema homônimo do escritor alagoano Jorge de Lima (1893-1953), conterrâneo do diretor. O poema já havia servido de inspiração para um espetáculo de dança de Naum Alves de Souza no início dos anos 1980 que foi musicado por Chico Buarque e Edu Lobo.

A escolha do filme para representar o Brasil no Oscar vem pouco após Diegues ter sido eleito para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), superando outros dez candidatos. Um dos fundadores do movimento Cinema Novo, Diegues já realizou 18 filmes, cuja maioria foi exibida em festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto.

O grande circo místico estreou mundialmente em Cannes como filme convidado e chega às telas brasileiras em 15 de novembro.

O secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Frederico Mascarenhas, disse que o filme receberá um apoio de 200 mil reais para sua divulgação no exterior, a fim de melhorar as chances do longa na competição do Oscar.

A lista dos indicados será anunciada em 22 de janeiro de 2019, e a cerimônia de premiação será realizada em 24 de fevereiro em Los Angeles, nos Estados Unidos.

EK/PJ/abr/ots

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