Economia brasileira encerra ano com variação nos preços de 6,29%, abaixo da expectativa de economistas e do teto estabelecido pelo governo. Dezembro tem menor resultado para o mês desde 2008.
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A economia brasileira fechou 2016 com inflação de 6,29%, abaixo da meta de 6,5% estabelecida pelo governo, informou nesta quarta-feira (11/01) o IBGE. É a primeira vez desde 2014 que o índice não supera o teto. Motivo para a desaceleração é a redução do consumo de bens e serviços, em decorrência da recessão.
A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou 4,38 pontos abaixo da variação acumulada em 2015, que foi de 10,67%. Também ficou abaixo dos 6,41% de 2014. Dezembro fechou com variação de 0,3%, a mais baixa para o mês desde o 0,28% registrado em 2008.
Os resultados ficaram abaixo das expectativas de economistas. A agência Bloomberg calculava a variação do IPCA em dezembro em 0,34% e, para todo 2016, em 6,34%. A agência Reuters, por sua vez, esperava alta de 0,33% sobre novembro, fechando 2016 com avanço também de 6,34%.
Os dados, segundo economistas, possibilitam ao Banco Central ter mais espaço para o afrouxamento monetário, em meio a expectativas de menor pressão sobre os preços em 2017.
Setores
Segundo o IBGE, a queda entre 2015 e 2016 foi determinada pela retração dos preços dos alimentos. Mesmo fechando abaixo do teto da meta, o resultado de dezembro ficou acima do de novembro de 2016, quando a variação foi de 0,18% contra 0,26% de outubro.
Neste caso, também influenciado pela alta dos preços do grupo alimentação e bebidas (passou de uma deflação de 0,20% em novembro para uma alta de 0,08% em dezembro; e também de Despesas Pessoais (de 0,47% para 1,01%) e de Transportes (de 0,28% para 1,11%).
De acordo com o IBGE, os alimentos passaram de uma inflação negativa em novembro para uma alta de 0,08% em dezembro em decorrência da alimentação consumida em casa (subiu de -0,47% em novembro para -0,05% em dezembro).
Os principais impactos individuais para a alta de 0,33% no IPCA de novembro vieram de passagens aéreas, que, com a alta de 26,29%, contribuíram com 0,1 ponto percentual para a inflação de dezembro; da gasolina (alta de 1,75% e contribuição de 0,07 ponto percentual); e do cigarro (4,8% de alta e contribuição de 0,05 ponto percentual).
Juntos, esses três itens responderam por 0,22 ponto percentual, o equivalente a 73% do IPCA de 0,3% registrado em dezembro do ano passado.
Na contramão da alta de dezembro, puxando os preços para baixo, aparece a energia elétrica, cujos preços fecharam com deflação (inflação negativa) de 3,7%, contribuindo negativamente com menos 0,13 ponto percentual no IPCA de dezembro.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. Ele se refere a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
RPR/abr/ots
Doze alimentos caros e raros
Caviar e trufas pertencem certamente à cozinha dos ricos, mas quem tiver dinheiro de sobra também poderá pagar milhares de reais por um melão. Veja uma seleção de alimentos para quem não economiza na hora de comer.
Foto: Imago/Westend61
Caviar de esturjão albino
Chamado de caviar Almas (diamante, em russo), a cor dessa ova de peixe é mais clara, e o leve sabor de nozes proporciona uma combinação única de paladar. Encontrar um beluga branco é um golpe de sorte para um pescador, mas hoje eles também são criados numa fazenda próxima de Salzburg. O preço do produto varia de 55 mil a 235 mil reais. Anualmente, só são produzidos oito quilos em todo o mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gabbert
Chá de Panda
O empresário chinês An Yanshi produz o chá mais caro do mundo, usando fezes de panda para o crescimento de um tipo especial de folhas. Supostamente, o excremento do urso chinês é mais nutritivo do que qualquer outro fertilizante, e a bebida ajuda a emagrecer e protege até de radiações nocivas. Uma xícara pode custar mais de 350 reais, e um quilo do produto sai pela bagatela de 130 mil reais.
Foto: picture-alliance/Imaginechina/Gu Dao Cd
Trufas brancas
Encontradas na região do Piemonte, na Itália, um quilo de trufas brancas pode custar até 32 mil reais, no Japão, até 55 mil reais. Elas são colhidas em novembro e dezembro. Seu preço pode variar bastante, dependendo da qualidade e do tamanho. Para encontrá-las, são utilizados cães e porcos treinados. Bastante conhecida por sua produção de trufas brancas é a cidade italiana de Alba.
Foto: picture-alliance/dpa/XAMAX
Atum de barbatana azul
Apesar de estar ameaçado de extinção, o atum de barbatana azul é muito apreciado como sushi no Japão. Normalmente, esse peixe chega a três metros de comprimento e, aos 15 anos, pesa cerca de 300 quilos. Sua carne vermelha escura tem baixo teor de gordura, é rica em proteínas, iodo, ômega 3 e vitamina B12. O quilo desse peixe gira hoje em torno de 22,5 mil reais.
Foto: picture-alliance/dpa
Melão Yubari King
Inventado a partir do cruzamento de dois tipos de melões, ele é cultivado na cidade de Yubari, na ilha japonesa de Hokkaido, por algumas centenas de agricultores. Eles massageiam as frutas e seguem um rigoroso método de irrigação. Este melão é bastante doce e suculento e custa em média por volta de 350 reais, mas em leilões, unidades seletas do produto podem chegar a mais de 30 mil reais.
Foto: picture-alliance/Kyodo
Açafrão
Produzido principalmente no Irã, Afeganistão, na região de Caxemira e do Mediterrâneo, o açafrão é um dos temperos mais caros do mundo. Ele é extraído dos pistilos das flores de "Crocus sativus", que florescem somente uma vez por ano. Para se extrair um quilo do produto, é necessário colher cerca de 150 mil flores. O preço da especiaria, usada em risotos e paellas, chega a 14 mil reais.
Foto: MIZAN
Cogumelos matsutake
Os cogumelos matsutake são apreciados há pelo menos mil anos na culinária japonesa. Mas eles são muito difíceis de encontrar. No Japão, a produção anual não passa de mil toneladas. Eles podem ser achados também na China, Coreia, EUA, Finlândia e Suécia. Um quilo do matsutake original custa por volta de 7 mil reais, já os importados são bem mais baratos, custando o quilo somente 330 reais.
Foto: imago/Kyodo News
Queijo Pule
Feito do leite de uma espécie de burros da Sérvia, este é o queijo mais caro do mundo. Por volta de 25 litros de leite são necessários para fazer um quilo de queijo Pule. O problema é que uma jumenta não produz mais que 0,2l de leite por dia. O processo de fabricação também é complexo. Isso explica o preço de 3,5 mil reais por um quilo do produto. O queijo Pule tem baixíssimo teor de gordura.
Foto: picture-alliance/PIXSELL
Café de civeta
O café de civeta ou Kopi Luwak é extraído das fezes de um animal conhecido por civeta, uma espécie de gato-almiscarado, encontrado principalmente na Indonésia. Depois de passarem por um difícil processo de digestão, os grãos de café são expelidos nos excrementos do civeta. Eles são então limpos e vendidos por cerca de 3 mil reais cada quilo. O café tem um gosto suave e levemente adocicado.
Foto: picture-alliance/Arco Images GmbH/P. Wegner
Bife de Kobe
Essa raça de gado deve seu nome à cidade japonesa de Kobe, onde foram estabelecidos os padrões para a produção da carne de luxo. Além de dieta exclusiva e massagens, o animal só é abatido aos cinco anos de idade. Anualmente, somente cerca de 4 mil cabeças cumprem os requisitos. Rico em ômega 3 e com uma mistura ideal de carne e gordura, o quilo do produto sai por volta de 2 mil reais.
Foto: Imago/F. Abraham
Batata La Bonnote
Custando a bagatela de 2 mil reais o quilo, esta é a batata mais cara do mundo. Ela é cultivada em Noirmoutier, uma ilha na costa atlântica da França que produz a cada ano somente 100 toneladas do produto. Adubadas com algas marinhas, elas são colhidas a mão e possuem um sabor único.
Foto: Imago/imagebroker
Óleo de Argan
Também chamado de "ouro fluído do Marrocos", um litro de óleo de Argan custa cerca de 400 reais. Ele é extraído da semente de uma árvore que cresce somente no Marrocos. A colheita da fruta semelhante a uma oliva é bastante trabalhosa: é preciso esperar que elas caiam das árvores para ser colhidas. Além de saboroso, o óleo é excelente para o tratamento de cabelos.