Brasil pela primeira vez no top 5 dos Jogos Paralímpicos
8 de setembro de 2024
País bate próprio recorde nos Jogos de Paris com 89 medalhas, sendo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, e alcança sua melhor colocação na história da competição.
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O Brasil encerrou neste domingo (08/09) sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris com sua melhor campanha na história do evento. Foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, que deixaram o país na quinta colocação no quadro geral de medalhas.
A grande campeã foi a China, com 84 ouros, seguida pelo Reino Unido (49 ouros), Estados Unidos (36) e Holanda (27). O Brasil manteve uma disputa acirrada com a Itália pelo quinto lugar, que apenas foi resolvida no último dia da competição. A batalha foi decidida com dois ouros – um no halterofilismo, com Tayana Medeiros, e outro na canoagem, com Fernando Rufino.
A campanha brasileira superou o melhor resultado obtido pelo país até então. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, os brasileiros conquistaram 72 pódios e garantiram a sétima posição. Esta é a quinta edição seguida que o Brasil termina no top 10 dos Jogos Paralímpicos. Os brasileiros ficaram em 8º nos Jogos do Rio 2016; em 7º em Londres 2012, e 9º em Pequim 2008.
Em Paris, a maioria das medalhas brasileiras veio da natação (28 medalhas) e do atletismo (36), sendo estas as melhores participações na história em números quantitativos dessas modalidades. O nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, foi um dos grandes destaques, conquistando três ouros.
Os judocas também tiveram grande contribuição para o bom resultado da delegação brasileira, conquistando quatro ouros.
Meta mais do que atingida
"Em cada brasileiro pulsa hoje um coração Paralímpico", festejou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado. "Nossa meta era 75 a 90 [medalhas]. Era ficar entre os oito, ficamos entre os cinco. Muita sensação de que o trabalho compensa."
Conrado disse que o plano, a partir de agora, é ampliar a participação de mulheres. "Essa delegação já teve 40% de mulheres. Se a gente olhar para China, mais de 60% das medalhas foram conquistadas por mulheres. Se a gente oportunizar, elas vão ser cada vez mais protagonistas."
rc/as (ots)
Paris 2024: momentos memoráveis das Paralimpíadas
Brasil termina com 89 medalhas, sendo 25 de ouro, e se consolida como potência nos esportes paralímpicos, alcançando o quinto lugar no quadro geral dos Jogos.
Foto: Mika Volkmann/picture alliance
Futebol para cegos aos pés da Torre Eiffel
Vista geral do estádio da Torre Eiffel durante a semifinal do futebol para cegos masculino, quando a Argentina venceu o Brasil - mas foi derrotada dias depois pela seleção francesa, que ficou com o ouro.
Foto: EMMA WALLSKOG/BILDBYRÅN/picture alliance
Goleira turca em ação no golbol
Reyhan Yilmaz, da equipe de golbol da Turquia, durante a partida que garantiu o ouro contra a seleção israelense. O esporte consiste em tentar balançar a rede do adversário arremessando uma bola com um guizo em seu interior. A modalidade é baseada no tato e no som, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida.
Foto: Naomi Baker/Getty Images
Favorito e campeão
O recordista mundial Markus Rehm conquistou sua quinta medalha de ouro paralímpica no salto em distância em Paris. O atleta alemão de 36 anos defendeu o título com a distância de 8,13 metros. Seu salto mais longo até agora foi de 8,72 metros, em 2023. Aos 14 anos, Rehm perdeu a perna direita abaixo do joelho em um acidente de wakeboard.
Foto: Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Primeira grávida campeã paralímpica
A arqueira britânica Jodie Grinham se tornou a primeira grávida campeã mundial na história dos Jogos Paralímpicos. Com 31 anos e aos sete meses de gestação, ela levou um bronze no arco misto individual e um ouro no arco misto em equipe.
Foto: Paralympicsgb/PA/dpa/picture alliance
Revolução inclusiva
A abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 aconteceu na Place de la Concorde, na capital francesa, e teve como ênfase os paradoxos da sociedade moderna, que necessita de uma "revolução inclusiva".
Foto: IMAGO/Bestimage
Brasil, potência paralímpica
O Brasil enviou a sua maior delegação da história dos jogos, com 254 atletas, incluindo o corredor Vinícius Gonçalves Rodrigues, da categoria para amputados de perna acima do joelho. Em todas as edições da competição, o Brasil conquistou 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze.
Foto: Mika Volkmann/picture alliance
Refugiados conquistam primeiras medalhas
A lutadora de taekwondo afegã Zakia Khudadadi comemora vitória sobre a turca Nurcihan Ekinci que garantiu a primeira medalha da história para a Equipe Paralímpica de Refugiados. A outra medalha dos refugiados veio do camaronense Guillaume Junior Atangana, um bronze na corrida de 400 metros. Foi a terceira participação da equipe nos jogos, com uma delegação de oito atletas refugiados e dois guias.
Foto: Maja Smiejkowska/REUTERS
Tênis de mesa
Juliane Wolfe durante final no tênis de mesa de dupla. Ela e a parceira, Stephanie Grebe, levaram prata após perderam para a dupla chinesa Huang Wenjuan e Jin Yucheng.