Brasil perde para Camarões, mas fica em 1° no grupo
3 de dezembro de 2022
Jogando com reservas, seleção sofre a primeira derrota para uma equipe africana na história das Copas. Apesar do resultado, Brasil ainda garantiu primeira colocação no grupo G e vai enfrentar Coreia do Sul nas oitavas.
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A Seleção Brasileira perdeu nesta sexta-feira (02/12) para Camarões por 1 a 0 pela última partida da fase de grupos da Copa do Catar. Pela primeira vez o Brasil perdeu para uma equipe africana em uma Copa do Mundo.
O gol da seleção africana foi marcado por Vincent Aboubakar aos 46 minutos do segundo tempo.
Essa também foi a primeira vez que o Brasil perdeu um jogo da fase de grupos de uma Copa desde 1998, quando foi derrotado pela Noruega por 2 a 1.
Apesar da derrota, o Brasil garantiu a liderança do grupo G graças ao resultado de outra partida: a Suíça bateu a Sérvia por 3 a 2 e garantiu a segunda colocação do grupo G.
Ao garantir o primeiro lugar no grupo, a Seleção Brasileira enfrentará nas oitavas de final a Coreia do Sul na próxima segunda-feira (05/12).
O Brasil já estava classificado para as oitavas da Copa, depois de bater a Suíça na última segunda-feira. Com a vaga já garantida, o técnico Tite escalou um time reserva para o duelo com Camarões. Daniel Alves foi escaldado como capitão. Aos 39 anos, ele se tornou o jogador mais velho a jogar pelo Brasil em uma Copa.
O primeiro tempo da partida foi marcado por poucas chances de gol para as duas equipe. A melhor oportunidade foi de Camarões, com Mbeumo recebendo um cruzamento da esquerda e cabeceando no contra pé de Ederson. O goleiro brasileiro conseguiu espalmar a bola no seu lado direito.
No segundo tempo, o Brasil seguiu enfrentando dificuldades na criação de chances. O time ainda teve três substituições.
Camarões recebeu quatro cartões amarelos ao logo da partida. No lado brasileiro, as advertências foram para Éder Militão e Bruno Guimarães.
Camarões conseguiu abrir o placar aos 46 minutos do segundo tempo, com Mbekeli cruzando na área brasileira para Aboubakar, que mandou a bola de cabeça no canto esquerdo de Ederson. O camisa 10 da seleção africana acabou expulso ao levar o segundo amarelo ao comemorar o gol tirando a camisa.
Duelos anteriores
A derrota da Seleção sobre Camarões na noite desta sexta-feira no estádio Lusail, na cidade de mesmo nome, no Catar, acabou com uma hegemonia histórica do Brasil sobre seleções africanas: antes da vitória de Camarões, nenhuma equipe brasileira havia sido derrotada por um adversário daquele continente na história das Copas.
A primeira vez que as equipes se enfrentaram foi em 1994, nos Estados Unidos, onde o Brasil venceu por 3 a 0, gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto. O jogo ocorreu no estádio Stanford, na Califórnia, e, com o resultado, o time brasileiro garantiu vaga nas oitavas de final da competição.
Vinte anos depois, na Copa sediada no Brasil, a Seleção enfrentou Camarões em Brasília pela última rodada do Grupo A. E avançou às oitavas de final ao vencer por 4 a 1, com dois gols de Neymar, um de Fred e outro de Fernandinho.
Antes do duelo desta sexta-feira, o Brasil sempre venceu as seleções africanas que enfrentou. A primeira vitória ocorreu em 1974 na Arena Veltins, estádio do Schalke 04, em Gelsenkirchen, na Alemanha: 3 a 0 sobre o Zaire, atual República Democrática do Congo, com gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro.
Em 1986, no México, a Seleção derrotou a Argélia por 1 a 0 na fase de grupos, gol de Careca. E 12 anos mais tarde, na França, bateu o Marrocos por 3 a 0, com gols de Ronaldo, Rivaldo e Bebeto.
Em 2006, o Brasil enfrentou Gana nas oitavas de final da competição, disputada na Alemanha. No Westfalenstadion, casa do Borussia Dortmund, a Seleção goleou por 3 a 0, com gols de Ronaldo, Adriano e Zé Roberto.
Já em 2010, na África do Sul, Luis Fabiano (duas vezes) e Elano marcaram os gols do triunfo por 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, em jogo válido pela fase de grupos.
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Próximo adversário
Com o resultado, o Brasil vai enfrentar a Coreia do Sul na próxima segunda-feira, às 16h (de Brasília). Os sul-coreanos conseguiram a classificação após vencerem Portugal por 2 a 1 pelo Grupo H e terminarem a primeira fase com quatro pontos.
No outro jogo da chave, o Uruguai venceu Gana por 2 a 0 e somou a mesma pontuação, mas um menor número de gols marcados (apenas dois, contra quatro dos coreanos).
Até hoje, Brasil e Coreia do Sul nunca se enfrentaram em Copas do Mundo, somente em sete amistosos, com seis vitórias brasileiras e uma dos sul-coreanos.
As estrelas da Copa no Catar
A DW selecionou algumas das maiores estrelas que irão jogar na Copa do Mundo de Futebol de 2022 no Catar. O Mundial pode ser o último para vários dos maiores nomes do futebol, enquanto outros ainda têm muito a provar.
Foto: Owen Humphreys/empics/picture alliance
Lionel Messi (Argentina)
Lionel Messi declarou que esta será sua última Copa do Mundo. Aos 35 anos, o relógio está correndo, mas Messi mostrou que tem tanta fome de glória quanto quando tinha 20 anos. Ele levou a Argentina ao título da Copa América em 2021 e espera brilhar também no Catar. O troféu da Copa do Mundo seria um merecido presente de despedida.
Foto: Frank Augstein/AP/picture alliance
Cristiano Ronaldo (Portugal)
Em baixa no Manchester United, Cristiano Ronaldo, agora com 37 anos, continua sendo um homem-chave para sua seleção. No entanto, um troféu falta na estante de títulos da estrela do futebol português: a Copa do Mundo. Ele sabe que no Catar será sua última tentativa para coroar uma carreira que lhe trouxe quatro Bolas de Ouro e todos os troféus a nível de clubes.
Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Neymar (Brasil)
Neymar, 30 anos, lidera uma das equipes mais em forma para esta Copa do Mundo. Em seu terceiro Mundial, é grande a pressão para ele finalmente conquistar o título, como muitas das maiores estrelas do Brasil fizeram no passado. Sua equipe está cheia de jogadores talentosos e a sua liderança e criatividade serão importantes no Catar.
Foto: Andre Penner/AP Photo/picture alliance
Kylian Mbappe (França)
Com 23 anos, Kylian Mbappé defende o título de sua seleção no Catar, após marcar quatro gols em sua estreia na Rússia em 2018. No entanto, suas aventuras na seleção não foram tão gratificantes desde aquela vitória em Moscou. Ele não conseguiu marcar um pênalti decisivo nas oitavas de final da Euro 2020, quando a França foi eliminada pela Suíça. Ele espera que no Catar seu desempenho seja melhor.
Foto: Justin Setterfield/REUTERS
Harry Kane (Inglaterra)
Um dos atacantes mais badalados do mundo, a presença de Harry Kane na seleção inglesa aumenta a expectativa do tão esperado título. A Inglaterra acabou em quarto lugar em 2018, por isso, chegar à final seria desta vez um progresso para a equipe que perdeu a final do Campeonato Europeu para a Itália nos pênaltis em Wembley em 2021. A seleção da Inglaterra aguarda pelo título há 56 longos anos.
Foto: Hannah Mckay/REUTERS
Sadio Mané (Senegal)
A estrela do Bayern de Munique vai ao Catar, apesar de ter contraído uma lesão no clube. O jogador de 30 anos teve um ótimo ano, levando seu país ao primeiro título africano e se classificando para a Copa, convertendo pênaltis decisivos ao longo do caminho. O Senegal, que disputa sua terceira Copa do Mundo, é um dos times a serem observados, e o sucesso pode depender da forma física de Mané.
Foto: Celso Bayo/ZUMA/picture alliance
Robert Lewandowski (Polônia)
Na última Copa, Lewandowski tentou arrastar a Polônia, mas sua equipe saiu cedo do torneio. Desta vez, mais velho e experiente, ele espera que o time supere a fase de grupos, onde enfrentarão Argentina, México e Arábia Saudita. É provável que esta seja a última Copa para o jogador de 34 anos, que foi muito bem sucedido em clubes, principalmente durante seu tempo no Bayern de Munique.
Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images
Son Heung-Min (Coreia do Sul)
Amplamente considerado o melhor jogador asiático na Copa do Catar, Son espera que a Coreia do Sul tenha sucesso em seu continente. A última vez em que o Mundial foi na Ásia, a Coreia do Sul chegou às semifinais em casa em 2002. Son, que dividiu a chuteira de ouro da Premier League na última temporada com 23 gols pelo Tottenham Hotspur, pode levar sua equipe a grandes feitos no Catar.
Foto: Lee Jin-man/AP Photo/picture alliance
Kevin de Bruyne (Bélgica)
O meio-campista do Manchester City lidera a geração de ouro da Bélgica. O time perdeu nas semifinais na Rússia em 2018 e espera uma melhor posição este ano. Aos 31 anos, De Bruyne é o maestro desta talentosa equipe que ainda não conseguiu deixar sua marca quando realmente importa. Esta pode ser a última oportunidade para consertar isso.
Foto: Stuart Franklin/Getty Images
Virgil van Dijk (Holanda)
Os holandeses retornam à Copa do Mundo após não terem se classificado para o Mundial na Rússia em 2018. O zagueiro de 31 anos é a maior estrela e capitão dos "laranjas", com a missão de comandar a equipe em direção ao grande êxito no Catar. Mesmo que a Holanda não se pareça mais com a equipe que chegou à final da Copa do Mundo de 2010, Van Dijk será a peça-chave do time na Copa do Catar.