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Brasil registra 23 mil novos casos de covid e 620 mortes

16 de agosto de 2020

Ao todo, país soma mais de 3,34 milhões de infectados e 107,8 mil óbitos ligados ao novo coronavírus. Michelle Bolsonaro diz que está curada da doença. OMS afirma que mundo bateu novo recorde de casos em 24 horas.

Pessoas nas ruas de Florianópolis
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 51,3 no Brasil Foto: AFP/E. Valente

O Brasil registrou neste domingo (16/08) um total de 23.101 novos casos confirmados de coronavírus e mais 620 mortes, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.

O balanço eleva o total de infecções para 3.340.197 e o total de óbitos, para 107.852. Ao todo, 2.432.456 pessoas se recuperaram da doença, e 799.889 estão em acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores no país, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras reportadas no fim de semana também costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 699.493 casos e 26.852 mortes. O número de infectados no território paulista supera os registrados em quase todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 216.030, mas fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Pará em número de mortos, com 4.406.

O Ceará é o terceiro em número de infecções, com 197.619, seguido do Rio, que tem 194.279 casos. Com 14.562 óbitos, o Rio é o segundo estado com mais mortos.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 51,3 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (12,67) e o Uruguai (1,10), considerados exemplos no combate à pandemia.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (70,37) e a Bélgica (86,98), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

O vírus atingiu em cheio a cúpula do governo brasileiro, tendo infectado uma série de ministros e o presidente Jair Bolsonaro. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que também contraiu a doença, anunciou neste domingo que já está curada.

Diagnosticada com covid-19 em 30 de julho, ela compartilhou em rede social o resultado de seu exame mais recente, que deu negativo. Já Bolsonaro anunciou que testou positivo em 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até 25 de julho, quando informou estar recuperado.

Também neste fim de semana, o Brasil completou três meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério.

Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram mais de 90 mil novos óbitos e mais de 3 milhões de casos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.

Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando sem questionamentos as diretrizes de Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como uma "cura" contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico.

Sob a intervenção pessoal do presidente e do Exército, a pasta também tentou esconder os números da epidemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que já acumulam mais de 5,3 milhões de casos e mais de 169 mil óbitos.

No sábado à noite, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o mundo bateu um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas. Foram quase 300 mil novas infecções, puxadas principalmente pelos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Ao todo, mais de 21,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus em todo o planeta, enquanto mais de 772 mil pessoas morreram em decorrência da doença, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

EK/ots/abr

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