Brasil tem mais 30 mil casos e 571 mortes por covid-19
24 de outubro de 2020
Ao todo, país soma mais de 5,35 milhões de infectados e 156 mil óbitos ligados à doença, segundo Ministério da Saúde. Dados divergem dos divulgados pelo Conass.
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O Brasil registrou 30.026 novos casos confirmados de coronavírus e 571 mortes ligadas à covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (23/10). Os novos números elevam o total de infectados para 5.353.656, enquanto o de óbitos chega a 156.471.
Os números do Ministério da Saúde divergem dos divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), que contabilizou 29.305 novos casos, elevando o total para 5.352.935, e 569 óbitos em decorrência da covid-19 em 24 horas. Com isso o total de mortes chegou a 156.469.
O Conass não divulga o número de pessoas recuperadas. Segundo o Ministério da Saúde, 4.797.872 pessoas tinham se recuperado da doença.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 1.083.641 casos e 38.608 mortes. O total de infectados no território paulista supera o dos registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.
Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de casos identificados, somando 345.188, seguida de Bahia (342.526), Rio de Janeiro (296.797), Ceará (269.165) e Goiás (245.382).
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 74,5 no Brasil, uma das mais altas do mundo. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, o Brasil é a quarta nação com a maior proporção de mortes no mundo, se desconsideradas a micronações europeias San Marino e Andorra.
Neste quesito, o país só está atrás de Peru (106,24), Bélgica (92,70) e Bolívia (75,61). Está à frente dos EUA (68,17), o país com maior número absoluto de mortos do mundo, e do Reino Unido (66,83), a nação europeia com mais óbitos.
Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 8,4 milhões de casos, e da Índia, com 7,7 milhões. Mas é o segundo em número de óbitos, depois dos EUA, onde morreram mais de 223 mil pessoas.
Ao todo, mais de 42 milhões de pessoas contraíram o coronavírus no mundo, enquanto mais de 1,1 milhão morreram em decorrência da doença, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.
CN/ots
Efeitos da pandemia de coronavírus sobre o meio ambiente
Da rápida queda na poluição do ar a animais selvagens que se atrevem a passear por centros urbanos, a crise do coronavírus teve fortes impactos sobre o meio ambiente.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/I. Aditya
Melhor qualidade do ar
À medida que o mundo está parado, a paralisação repentina da maioria das atividades industriais reduziu drasticamente os níveis de poluição. Imagens de satélite revelam até mesmo uma clara queda nos níveis globais de dióxido de nitrogênio (NO2) - um gás produzido principalmente por veículos e, portanto, responsável pela má qualidade do ar nas grandes cidades.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/I. Aditya
Menos emissões de CO2
Da mesma forma como com o NO2, aconteceu uma redução nas emissões de dióxido de carbono devido à diminuição nas atividades econômicas. A última vez em que isso aconteceu foi durante a crise financeira de 2008-2009. Somente na China, as emissões caíram cerca de 25% quando o país começou com medidas restritivas, de acordo com o Carbon Brief. Mas essa mudança provavelmente será apenas temporária.
Enquanto os seres humanos se isolam em suas casas, alguns animais aproveitam o espaço à disposição. Com o trânsito rodoviário reduzido, bichos menores, como porcos-espinhos saídos da hibernação, têm menos probabilidade de serem atropelados. Outras espécies, como os patos, podem estar se perguntando para onde foram as pessoas que lhes costumavam dar migalhas de pão no parque.
Foto: picture-alliance/R. Bernhardt
Mais atenção para o comércio de vida selvagem
Os conservacionistas esperam que o surto de coronavírus ajude a conter o comércio global de vida selvagem, responsável por deixar várias espécies à beira da extinção. A covid-19 provavelmente se originou em um mercado chinês que vende animais vivos e é um centro de vida selvagem traficada ilegal e ilegalmente. A repressão ao comércio de animais selvagens vivos pode ser um efeito positivo da crise.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Lalit
Águas mais limpas
Logo após a Itália impor o isolamento, imagens de canais cristalinos de Veneza foram compartilhadas em todo o mundo - as águas hoje estão muito longe de sua aparência turva habitual. E com os navios de cruzeiro temporariamente ancorados, os oceanos também experimentam queda na poluição sonora, diminuindo o estresse de animais marinhos, como baleias.
Foto: Reuterts/M. Silvestri
Problema dos plásticos continua
Mas não há só notícias positivas. Um dos piores efeitos colaterais ambientais da pandemia de coronavírus é o rápido aumento no uso de plástico descartável - de equipamentos médicos, como luvas, a embalagens plásticas, à medida que mais pessoas optam por alimentos pré-embalados. Mesmo cafés que continuam abertos não usam mais copos reutilizáveis, na tentativa de impedir a propagação do vírus.
Foto: picture alliance/dpa/P.Pleul
A crise do clima continua
Com o coronavírus dominando o noticiário, o problema do aquecimento global por enquanto parece deixado de lado. Especialistas alertam que decisões importantes sobre o clima não devem ser adiadas - mesmo com a conferência da ONU sobre o clima adiada para 2021. Embora as emissões tenham caído desde o início da pandemia, é improvável que em longo prazo ocorram mudanças generalizadas.