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Brasil registra 58 mil mortes por covid-19

30 de junho de 2020

País teve 692 óbitos e 24.052 novos casos em 24 horas. Número acumulado de recuperados é de 757.462. Diretor da OMS alerta que uma em cada quatro mortes nas Américas ocorre em solo brasileiro.

Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Penner

O painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registrou 692 mortes por covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos oficialmente identificados até esta segunda-feira (29/06) para 58.314, segundo atualização publicada às 18h.

O Brasil ainda registrou oficialmente mais 24.052 casos da doença, somando agora 1.368.195 infecções. Segundo o painel, a taxa de letalidade da doença no país é de 4,3%. Na avaliação por grupo de 100 mil habitantes, o país tem um índice de mortalidade de 27,7 e a taxa de incidência é de 651,1. Os estados mais afetados continuam sendo São Paulo (com 275.145 casos e 14.398 mortes) e o Rio de Janeiro (111.883 casos e 9.848 mortes).

Os números do Conass coincidem com a contagem do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o país tem 757.462 pessoas recuperadas e 552.419 em acompanhamento. Entretanto, diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

Nesta segunda-feira, o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, ressaltou que 1 em cada 4 mortes por covid-19 nas Américas ocorre no Brasil. A mesma proporção também é observada em relação aos casos confirmados em todo o continente americano.

Ryan ressaltou que metade dos casos e quase a metade das mortes em todo o mundo ocorrem nas Américas, sendo que a maior parte nos Estados Unidos e no Brasil. Os dois países lideram a contagem mundial de óbitos e infecções.

"Não há dúvida de que o Brasil ainda está enfrentando um grande desafio", afirmou o diretor. "Existem áreas muito congestionadas e densamente habitadas nos centros urbanos com serviços precários, pessoas vivendo em condições rurais que são difíceis de alcançar e atender. Seria tolice subestimar o tamanho e a complexidade de um país enorme como o Brasil", observou.

"Não podemos continuar permitindo que a luta contra esse vírus se torne e seja sustentada como uma luta ideológica", alertou. "Não podemos derrotar esse vírus com ideologias. Simplesmente não podemos."

RC/ots

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