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Brasil repetirá queda de 3,8% do PIB em 2016, diz FMI

28 de abril de 2016

Fundo alerta que o país está "atolado numa recessão profunda" devido a problemas econômicos e políticos. Segundo projeção, a economia brasileira somará o terceiro pior resultado na América Latina.

Fábrica de alumínio no estado do Pará
Foto: picture-alliance/dpa

O Brasil está "atolado numa recessão profunda" devido aos problemas econômicos e políticos, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) num relatório divulgado na Cidade do México, na quarta-feira (27/04). O FMI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro contraia 3,8% este ano, resultado igual ao de 2015, e deverá estagnar em 2017.

Os dados fazem parte de um estudo do FMI sobre a América Latina, segundo o qual a economia da região deve sofrer uma contração de 0,5% em 2016, marcando dois anos seguidos de crescimento negativo pela primeira vez desde a crise da dívida de 1982 e 1983.

Segundo projeção da instituição monetária, o Brasil somaria o terceiro pior resultado na região, atrás de Venezuela (-8%) e do Equador (-4,5%).

Entre os "vários riscos de deterioração", as perspectivas regionais estão particularmente vulneráveis a uma desaceleração na economia chinesa, dado que o país asiático é o destino de entre 15% a 25% das exportações de Brasil, Chile, Peru, Uruguai e Venezuela, segundo o FMI.

A retração tem sido alimentada pela pior recessão do Brasil em mais de um século. Em 2015, ao menos 1,5 milhão de brasileiros perderam seus empregos.

A previsão anterior, divulgada em janeiro, apontava para uma queda de 3,5% no PIB. O FMI apontou que a incerteza política no Brasil – onde a presidente Dilma Rousseff pode ser afastada do cargo em meados de maio pelo Senado Federal – pode adiar uma recuperação dos investimentos.

O FMI alertou também que "uma deterioração mais profunda da situação no Brasil poderia levar a uma reavaliação repentina de projetos regionais, a uma redução da demanda de exportações entre parceiros comerciais na região e a um aumento na percepção de risco".

Ainda segundo o relatório, o aumento do endividamento na América Latina tem limitado a capacidade dos governos de impulsionar o crescimento com gastos públicos, embora os investimentos em infraestrutura tenham seguido o desenvolvimento dos países asiáticos com quem a região compete nos mercados de exportação.

PV/lusa/rtr

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