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Brasil sai da recessão técnica, mas continua com economia estagnada

Fernando Caulyt28 de novembro de 2014

País cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2014 em comparação a abril, maio e junho, de acordo com o IBGE. Indústria e serviços cresceram, mas agropecuária e consumo das famílias recuaram.

Foto: picture-alliance/ dpa

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano em comparação aos três meses anteriores, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (28/11). O pequeno crescimento retira o país da recessão técnica após dois trimestres seguidos de números negativos, mas não da estagnação.

A variação de 0,1% Produto Interno Bruto (PIB) veio após uma retração de 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Nos três primeiros meses do ano, o PIB havia diminuído 0,2% frente ao período anterior.

No terceiro trimestre de 2014, a indústria e os serviços cresceram 1,7% e 0,5%, respectivamente. Já a agropecuária teve queda de 1,9%, limitando a expansão do PIB.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2013, a economia retraiu 0,2%. Mas no resultado acumulado de 2014 até setembro, o PIB apresentou variação positiva de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o consumo das famílias – um dos componentes de maior peso do PIB – variou negativamente (0,3%) no terceiro trimestre em comparação ao segundo. Tanto a formação bruta de capital fixo (investimentos) quanto o consumo do governo tiveram expansão de 1,3%.

Tanto as exportações quanto as importações de bens e serviços cresceram –1% e 2,4%, respectivamente. O PIB deste terceiro trimestre somou 1,3 trilhão de reais.

Analistas já esperavam um desempenho ruim da economia para este último período. Para o ano de 2014, há a expectativa de que o PIB avance menos de 0,5%. Algumas instituições financeiras avaliam, porém, que a economia brasileira deverá registrar uma taxa nula ou até mesmo negativa.

Para 2015, há a expectativa de que a economia do país aumente 0,8%, segundo o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

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