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Brasil suspende participação na Celac

16 de janeiro de 2020

Itamaraty afirma que organização, composta por 33 países latino-americanos e caribenhos, incluindo Cuba e Venezuela, não está em condições de atuar no "atual contexto de crise regional".

Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores em Brasília.
Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores em Brasília.Foto: J. Sorges

O governo brasileiro formalizou nesta quarta-feira (15/01) a decisão de suspender a participação do país na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um organismo internacional composto por 33 países, sem a presença dos Estados Unidos.

O governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou apelos do México – que assumiu este ano a presidência da Celac – para que o país voltasse a participar ativamente do organismo. Uma nota do Itamaraty afirma que o Brasil "não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional".

Entre os motivos para a decisão brasileira estariam os fatos de o governo Bolsonaro na ver com bons olhos a participação de Cuba na entidade e de a representação da Venezuela ser composta de membros do governo do presidente Nicolás Maduro.

O Brasil está entre os cerca de 50 países que reconhecem o autoproclamado governo interino do líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó. O governo brasileiro considera legítimos apenas os representantes de Guaidó em vários organismos internacionais.

O Itamaraty disse ainda que, além de não participar dos eventos relacionados à instalação do México na presidência da entidade, informou que "qualquer documento, agenda ou proposta de trabalho que viesse a ser adotado durante a reunião ministerial [da Celac] não se aplica ao Brasil".

O governo brasileiro já havia se afastado da entidade Celac no ano passado, quando a presidência da entidade estava nas mãos da Bolívia, ainda durante o governo do ex-presidente Evo Morales.

A Celac, um dos principais fóruns de debates políticos na América Latina, foi criada em fevereiro de 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela agrupa quase todos os países da Organização dos Estados Americanos (OEA), com exceção dos EUA e do Canadá. 

No ano passado, o governo Bolsonaro também formalizou a saída do Brasil da União das Nações Sul-americanas (Unasul), bloco sul-americano criado em 2008 por Hugo Chávez.

RC/efe/ots

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