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Brasil tem 17 mil casos e 376 mortes por covid em 24 horas

30 de agosto de 2020

País acumula mais de 3,86 milhões de infectados pelo coronavírus e 120,8 mil mortos, segundo autoridades de saúde. Estado brasileiro mais atingido, São Paulo já registra casos em todos os seus 645 municípios.

Homem de máscara observa favela de Paraisópolis, em São Paulo
Foto: DW/G. Basso

O Brasil registrou neste domingo (30/08) 17.504 casos confirmados de covid-19 e 376 mortes ligadas à doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O balanço eleva o total de infecções para 3.862.311, enquanto os óbitos chegam a 120.828.

Os números diários divulgados pelo Ministério da Saúde, por sua vez, foram ligeiramente mais baixos. A pasta reportou 16.158 novos casos e 366 mortes, mas informa o mesmo total acumulado que o Conass, provavelmente devido a divergências nos números do dia anterior.

Ao todo, 3.031.559 pessoas se recuperaram da doença, e 709.924 estão em acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras reportadas no fim de semana também costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 803.404 casos e 29.978 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos (5,9 milhões), Índia (3,5 milhões) e Rússia (987 mil).

A Secretaria de Saúde do estado informou neste domingo que, com a confirmação de um caso da doença no município de Santa Mercedes, a covid-19 chegou agora a todas as 645 cidades paulistas. Mortes foram registradas em pelo menos 531 municípios.

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 256.062, seguida do Rio de Janeiro, com 223.302 infecções, e de Minas Gerais, com 215.050. O Ceará vem em quinto, com 214.457 ocorrências positivas.

Em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 16.027 óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.384), Pernambuco (7.574), Pará (6.115) e Bahia (5.344).

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 57,5 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (18,77) e o Uruguai (1,28), considerados exemplos no combate à pandemia. O número brasileiro também supera o dos Estados Unidos, o país mais atingido do mundo, que tem taxa de mortalidade de 55,86.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,54) e a Bélgica (86,6), ainda aparecem bem à frente do país. Mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que já acumulam mais de 5,9 milhões de casos e mais de 182 mil óbitos.

A Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da pandemia, agora é o terceiro país mais afetado, com 3,5 milhões de casos e 63 mil mortes.

Neste domingo, o país asiático bateu um recorde mundial de infecções diárias, ao registrar 78.761 casos em apenas 24 horas. Até então, o número mais alto registrado num único dia havia sido reportado pelos EUA em meados de julho, com 77.299 casos.

O aumento na Índia, onde vivem 1,3 bilhão de pessoas, ocorre após o governo reduzir ainda mais as medidas restritivas, a fim de ajudar a aliviar a pressão sobre a economia em crise.

Com o recorde indiano deste domingo, o mundo superou a marca de 25 milhões de infectados pelo novo coronavírus. Ao todo, mais de 844 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

EK/ots

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