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Brasil tem 203 mi de habitantes; veja destaques do Censo

28 de junho de 2023

IBGE divulga primeiros resultados do Censo Demográfico 2022, doze anos depois da última pesquisa. População brasileira cresce 6,5% desde 2010, mas em ritmo lento. Sudeste é região mais populosa, com 41% dos brasileiros.

Pessoas aglomeradas vistas de cima
A densidade demográfica do país no Censo 2022 foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadradoFoto: Caio Guatelli/AFP/Getty Images

O Brasil tem 203.062.512 habitantes, segundo apontam os primeiros resultados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira (28/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número significa que a população brasileira cresceu 6,5% desde 2010, quando foi realizado o último Censo e o país tinha 190,8 milhões de habitantes. Isso representa um aumento de 12,3 milhões de pessoas no período.

Ainda assim, o resultado representa quase 5 milhões de pessoas a menos do que a prévia da pesquisa. Em dezembro de 2022, o IBGE havia estimado a população brasileira em 207,8 milhões, com base em dados iniciais do Censo e projeções.

Os dados oficiais agora mostram que a população do país vem crescendo a um ritmo cada vez menor. De 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual foi de 0,52%. Segundo o instituto, é o menor índice desde o primeiro Censo Demográfico do Brasil, realizado em 1872.

População nas regiões

Com 84,8 milhões de habitantes, o Sudeste é a região mais populosa, somando 41,8% da população do país. Em seguida vem o Nordeste, com 54,6 milhões de habitantes, respondendo por 26,9%.

As duas regiões, por outro lado, foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto no Nordeste foi de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.

A terceira região mais populosa é o Sul, com 29,9 milhões de habitantes, representando 14,7% da população brasileira.

Em seguida vem o Norte, onde vivem 17,3 milhões de pessoas, ou 8,5% dos habitantes do país. Essa porcentagem vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas: a taxa de crescimento anual nos estados nortistas foi de 0,75% desde 2010, a segunda maior entre as regiões.

O menos populoso é o Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8,02% da população do país. A região, porém, foi a que registrou o maior crescimento, resultando em taxa média de 1,2% ao ano nos últimos 12 anos.

População nos estados

São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – os três no Sudeste – são os estados mais populosos do país, representando juntos 39,9% dos habitantes do Brasil. Só o estado de São Paulo, com 44,4 milhões de pessoas, concentra 21,8%, ou seja, mais de um quinto da população brasileira. Minas possui 20,5 milhões de habitantes, e Rio, 16 milhões.

Em seguida vêm Bahia (14,1 milhões), Paraná (11,4 milhões) e Rio Grande do Sul (10,9 milhões). Todos os demais estados brasileiros possuem menos de 10 milhões de habitantes.

Os estados menos populosos do país estão localizados na fronteira norte do Brasil. Roraima tem 636 mil pessoas, seguido de Amapá, com 733 mil, e Acre, com 830 mil.

O Censo 2022 mostra ainda que 14 estados e o Distrito Federal tiveram taxas médias de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) entre 2010 e 2022.

Apesar de ser o menos populoso, o estado com maior crescimento populacional foi Roraima, onde a taxa média anual chegou a 2,92% no período, único a superar a marca dos 2% ao ano.

População nos municípios

O Brasil possui ao todo 5.570 municípios e, segundo o Censo 2022, quase metade deles, ou 44,8%, tem menos de 10 mil habitantes. Esses 2.495 municípios somam juntos 12,8 milhões de pessoas.

O IBGE divulgou que grande parte da população do país, ou 57% do total, vive em apenas 319 municípios, o que mostra que as pessoas estão concentradas em centros urbanos acima de 100 mil habitantes. Quase um quarto da população brasileira (22,1%) vive nas 20 cidades mais populosas.

Em primeiro lugar está São Paulo, com 11,5 milhões de habitantes, seguida de Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Brasília (2,8 milhões).

Já as três cidades menos populosas são as únicas do país com menos de mil habitantes: Serra da Saudade (MG), com 833 pessoas, Bora (SP), com 907 habitantes, e Anhanguera (GO), com 924. Os 20 municípios com menos habitantes concentram apenas 0,01% da população.

Em termos de crescimento desde o Censo 2010, as três cidades acima de 100 mil habitantes que registraram maior aumento populacional em números absolutos são capitais. A primeira delas é Manaus, que passou de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um aumento de 261,5 mil pessoas em 12 anos. Já Brasília teve um aumento de 246,9 mil pessoas, enquanto São Paulo ganhou 197,7 mil habitantes.

Domicílios

O Brasil registrou ainda um aumento no número de domicílios, que cresceu 34% em comparação com 2010, totalizando agora 90,7 milhões. Doze anos atrás, eram 67,5 milhões.

Todos os estados e o Distrito Federal apresentaram aumento nessa cifra. São Paulo, o maior deles, passou de 14,9 milhões de domicílios em 2010 para 19,6 milhões em 2022. Em seguida vem Minas Gerais, com 9,6 milhões de domicílios. Os estados com menor número são Roraima (211,9 mil), Amapá (251,9 mil) e Acre (319,3 mil).

Segundo o IBGE, o aumento no número de domicílios no Brasil está relacionado ao crescimento expressivo de duas categorias: os domicílios vagos e os de uso ocasional. Os vagos são aqueles onde não há ninguém morando, e os de uso ocasional são os ocupados parte do tempo, como os de veraneio.

Outro fator que impulsionou o crescimento foi uma mudança nas estruturas das famílias do país, que, menores, passaram a ocupar uma quantidade maior de lares.

De fato, o Censo 2022 apontou uma queda na média de moradores por domicílio no país, que passou de 3,31 em 2010 para 2,79 no ano passado.

Ainda que todos os estados tenham registrado queda nessa média, os com maior número de moradores por domicílio são Amazonas (3,64) e Amapá (3,63). Já os estados com as menores médias são Rio Grande do Sul (2,54) e Rio de Janeiro (2,60).

Densidade demográfica

A densidade demográfica do país no Censo 2022 foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado, em comparação com 22,43 em 2010. Segundo o IBGE, esse número continua desigual entre as regiões em razão da diferença no tamanho de suas áreas.

O Norte, por exemplo, que ocupa 45,2% do território do país, tem uma densidade de apenas 4,5 habitantes por quilômetro quadrado. Já o Sudeste, que é a região mais populosa, é também a com maior densidade, com 91,8 habitantes por quilômetro quadrado.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal é o que possui a maior densidade demográfica, com seus 489 habitantes por quilômetro quadrado. O Rio de Janeiro vem logo em seguida, com 367 habitantes por quilômetro quadrado. Em terceiro, São Paulo tem uma densidade de 179.

ek (Agência Brasil, ots)

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