Brasil ultrapassa marca de 155 mil mortos por covid-19
22 de outubro de 2020
País registra mais 565 óbitos em 24 horas, elevando o total para 155.402. Novos 24 mil casos da doença são contabilizados. Número de infecções passa de 5,2 milhões.
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O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (21/10) a marca de 155 mil mortos em decorrência da covid-19. O país é o segundo do mundo em número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos, onde mais de 221 mil mortes foram registradas.
Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) apontam que mais 565 mortes por covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 155.402.
O Brasil ainda registrou oficialmente mais 24.818 casos, elevando o total para 5.298.772. Segundo o Ministério da Saúde, 4.721.593 pessoas haviam se recuperado da doença até terça-feira. O Conass não divulga número de recuperados.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
Um dos casos de covid-19 notificados nesta quarta-feira foi o do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele passa a ser o 12º integrante do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro a contrair o coronavírus.
São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 1.073.261 casos e 38.371 mortes. O total de infectados no território paulista supera o dos registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.
Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de casos identificados, somando 340.502, seguido de Bahia (339.215), Rio de Janeiro (293.940), Ceará (266.316) e Pará (243.118).
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 73,9 no Brasil, uma das mais altas do mundo. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, o Brasil é a quarta nação com a maior proporção de mortes no mundo, se desconsideradas a micronações europeias San Marino e Andorra.
Neste quesito, o país só está atrás de Peru (105,72), Bélgica (91,83) e Bolívia (75,10). Está à frente dos EUA (67,57), o país com maior número absoluto de mortos do mundo, e do Reino Unido (66,26), a nação europeia com mais óbitos.
Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 8,3 milhões de casos, e da Índia, com 7,6 milhões.
Ao todo, mais de 41 milhões de pessoas contraíram o coronavírus no mundo, enquanto mais de 1,1 milhão morreram em decorrência da doença, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.
CN/ots
Onde se escondem os coronavírus
Vírus por toda parte! Talvez no tomate, no pacote do correio, até no próprio cão de estimação? O Departamento de Avaliação de Risco da Alemanha esclarece o que se sabe sobre o Sars-Cov-2.
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Maçanetas contaminadas
Os coronavírus conhecidos permanecem infecciosos em superfícies como maçanetas por quatro a cinco dias, em média. Como todas as infecções por gotículas, o Sars-Cov-2 se propaga por mãos e superfícies tocadas com frequência. Embora seja ainda relativamente desconhecido, os especialistas partem do princípio que os conhecimentos sobre as variedades já estudadas se aplicam ao novo coronavírus.
Por isso é necessário certo cuidado durante o almoço no refeitório do trabalho – se ainda estiver funcionando. Em princípio, coronavírus contaminam pratos ou talheres se alguém infectado espirra ou tosse diretamente neles. No entanto, o Departamento Federal alemão de Avaliação de Riscos (BfR) enfatiza que "até agora não se sabe de infecções com o Sars-Cov-2 por esse meio de transmissão".
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Medo de importados?
Ainda segundo o BfR, os pais não precisam temer um contágio através de brinquedos importados. Até o momento não pôde ser comprovado nenhum caso desses. Os estudos sugerem que o novo coronavírus seja relativamente instável em termos ambientais: os patógenos permaneceriam infecciosos durante vários dias sobretudo a temperaturas baixas e alta umidade atmosférica.
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Vírus pelo correio?
Em geral, coronavírus humanos não são especialmente resistentes sobre superfícies secas. Como sua estabilidade fora do organismo humano depende de diversos fatores ambientais, como temperatura e umidade, o BfR considera "antes improvável" um contágio por pacotes de correio – embora ressalvando ainda não haver dados mais precisos sobre o Sars-Cov-2.
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Pingue-pongue entre cão e dono?
Meu cachorro pode me contagiar e eu a ele? Também o risco de contaminação de animais domésticos é considerado muito baixo pelos especialistas, embora não o descartem. Os próprios animais não apresentam sintomas patológicos. Caso infectados, contudo, é possível transmitirem o coronavírus pelas vias respiratórias ou excreções.
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Verduras assassinas?
Igualmente improvável é a transmissão do Sars-Cov-2 através de alimentos contaminados, na avaliação do BfR, não sendo conhecidos casos comprovados. Lavar cuidadosamente as mãos antes do preparar da refeição continua sendo mandatório nos tempos da covid-19. Como os vírus são sensíveis ao calor, aquecer os alimentos pode reduzir ainda mais o risco de contágio.
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Longa vida no gelo
Embora os coronavírus Sars e Mers conhecidos até o presente reajam mal ao calor, eles são bastantes resistentes ao frio, permanecendo infecciosos a -20 ºC por até dois anos. Também aqui, contudo, não há qualquer indício de cadeias infecciosas do Sars-Cov-2 por meio do consumo de alimentos, mesmo supercongelados.
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Animais silvestres são tabu
Um efeito positivo do surto de covid-19 é a China ter proibido o consumo de carne de animais selvagens. Há fortes indícios de o novo coronavírus ter sido transmitido aos seres humanos por um morcego. O animal, porém, não teve qualquer culpa: ele foi possivelmente servido como iguaria, certamente contra a própria vontade. E agora os seres humanos amargam a "maldição do morcego que virou sopa"...