Brasileiros redescobrem a seleção feminina – de novo
Philip Verminnen10 de agosto de 2016
A cada Copa ou Olimpíadas, torcedor parece se lembrar que futebol não é só coisa de homem. Mas, nesse intervalo, pouco se faz para dar apoio às meninas, que lutam contra desinteresse, preconceito e falta de estrutura.
Anúncio
A discrepância não poderia ser maior. Vaias, críticas pelo pífio desempenho nos últimos anos e jogadores de contratos milionários. Enquanto o futebol masculino segue colecionando resultados vexatórios, a torcida brasileira redescobriu a seleção feminina – uma equipe com algumas jogadoras que não participam de competições de clubes, que enfrentam preconceito de federações e da própria torcida, mas que está dando show com goleadas nos Jogos Olímpicos do Rio.
A estreia vitoriosa por 3 a 0 contra a seleção chinesa contou com a presença de mais de 27 mil torcedores. Na segunda partida, 43.384 pessoas empurraram Marta a cia. para a goleada por 5 a 1 contra a Suécia – público que seria o quarto maior do Campeonato Brasileiro de 2016. E no empate em 0 a 0 com a África do Sul, em Manaus, foram mais de 38 mil presentes.
É bem verdade que a seleção masculina atraiu mais torcedores na Rio 2016, mas com os dois empates sem gols com África do Sul e Iraque o descrédito é tamanho que nas arquibancadas ecoaram gritos pedindo por Marta. E uma foto de um garoto que riscou o nome de Neymar e escreveu o da craque brasileira viralizou na internet.
E, de repente, a seleção feminina se tornou a principal esperança de finalmente dar uma medalha de ouro ao futebol brasileiro. Mas este moral não corresponde à realidade do futebol feminino no Brasil, que sofre com falta de profissionalismo, com estádios vazios e com um anonimato quebrado somente com boas participações em Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.
É possível dizer que mesmo o torcedor mais fanático teria problemas para reconhecer muitas jogadoras do elenco feminino – além, é claro, de Marta (cinco vezes Bola de Ouro da Fifa), Cristiane (maior artilheira da história dos Jogos) e a eterna Formiga (atleta brasileira que mais disputou Olimpíadas – seis).
Das 18 atletas convocadas pelo técnico Vadão, 13 atuam no exterior: quatro no futebol chinês; três nos EUA; duas na França e uma em Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha e Suécia. E o restante? Fazem parte da seleção brasileira permanente, criada em 2015 pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) visando uma medalha olímpica.
No projeto, atletas são contratadas pela entidade para poderem se dedicar, exclusivamente, à equipe nacional. As jogadoras escolhidas têm toda a estrutura do centro de treinamento da Granja Comary à disposição, mas acabam sendo excluídas de quaisquer competições de clubes – medida que divide opiniões no Brasil.
Na época da criação, Vadão afirmou que o projeto fortalece a seleção e não prejudica os clubes. Mas Emily Lima, treinadora do São José, equipe campeã da Copa Libertadores e do Mundial em 2015, criticou a medida.
"Caso não venham os títulos, fracassou tanto o projeto com a seleção permanente quanto o desenvolvimento do futebol feminino nesses dois anos que os clubes ficaram sem atletas de seleção", disse Lima, que perdeu cinco jogadoras para a seleção permanente.
Brasileirão de 4 meses e pouco público
A falta de visibilidade e do interesse do público brasileiro, o descaso de cartolas e a escassez de apoio da maioria dos grandes clubes de futebol parecem estar enraizados na cultura do futebol do Brasil – país que gosta de se autodenominar o "país do futebol".
Mas já foi pior: desde 2013, as mulheres têm um Campeonato Brasileiro – que dura apenas quatro meses. A competição conta com 20 equipes, majoritariamente da região Sudeste. As oito equipes classificadas para a segunda fase participam de uma espécie de draft no estilo da NBA para distribuir as jogadoras da seleção permanente. Os campeões das quatro edições são Centro Olímpico, Ferroviária, Rio Preto e Flamengo.
Além do campeonato nacional, existe desde 1983 um torneio mata-mata atualmente denominado Copa do Brasil. Último campeão? Sociedade Esportiva Kindermann, de Santa Catarina. Os públicos destas competições raramente passam de mil torcedores.
Mas por que não tinha futebol feminino antes? Até 1979 estava em vigor um Decreto-Lei no Brasil, homologado em 1941 durante a presidência de Getúlio Vargas, que proibia a "prática de esportes incompatíveis com a natureza feminina". Futebol chegou a ser um deles.
A seleção brasileira feminina foi criada somente em 1986. Desde então, participou de todas as Copas do Mundo e torneio olímpicos. E logo, surgiram também os primeiros talentos, como a atacante Roseli, a meia Pretinha e Sissi, a primeira grande craque brasileira, antecessora de Marta.
"Hey Muricy, coloca a Sissi"
Sissi e Marta, duas camisas dez que têm muitas semelhanças. Enquanto Sissi conduziu o Brasil para o primeiro pódio numa Copa do Mundo, a terceira colocação no Mundial de 1999 nos EUA, Marta levou a seleção às medalhas de prata em 2004 e 2008, além do vice-campeonato mundial de 2007. Ambas são canhotas e, assim como Marta durante o empate sem gols contra o Iraque de Neymar e cia., Sissi também teve sua escalação pedida para uma equipe masculina.
A quarta colocação nas Olimpíadas de 1996 chamou a atenção, e a Federação Paulista de Futebol (FPF) resolveu criar um Campeonato Paulista de Futebol Feminino. Sisleide do Amor Lima, a Sissi, foi para o São Paulo, numa época em que o time masculino vivia nas sombras dos rivais Corinthians e Palmeiras. No tempo em que Sissi esteve no São Paulo, o clube conquistou todos os títulos possíveis nos campeonatos femininos. Vendo o grande talento da jogadora, a torcida são-paulina criou o seguinte canto: "Muricy [Ramalho, treinador], coloca a Sissi".
Assim como fez Sissi, Marta tem honrado a camisa dez. E isto há 12 anos. Em sua carreira, ela foi eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo (premiação que não existia nos tempos de Sissi), superou Pelé em gols marcados pela seleção brasileira e é reverenciada mundo afora.
Neste ínterim, muito pouco foi feito pelo futebol feminino no Brasil, seja pela cartolagem, pelo setor privado e pelo próprio torcedor brasileiro – que sonha com a volta dos áureos tempos gloriosos da seleção masculina e parece se lembrar apenas a cada quatro anos que futebol não é apenas coisa de homem.
Momentos marcantes dos Jogos 2016
Da terceira tríplice coroa de Usain Bolt ao inédito ouro para o futebol brasileiro, os Jogos do Rio de Janeiro foram repletos de momentos inesquecíveis para todos os fãs do esporte. Reveja os melhores.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Tchau, fantasma!
Depois das derrotas para os Estados Unidos em Pequim 2008 e da incrível virada sofrida para a Rússia quatro anos depois, a seleção brasileira masculina de vôlei afastou de vez os fantasmas das duas últimas finais olímpicas e venceu a Itália neste por 3 sets a 0 (parciais de 25 a 22, 28 a 26 e 26 a 24) para conquistar o ouro, o terceiro da história, nos Jogos do Rio de Janeiro. (21/08)
Foto: Reuters/D. Ebenbichler
"Talvez me matem quando eu voltar"
Em vez de celebrar a prata na maratona, o etíope Feyisa Lilesa protestou. O gesto na chegada com os braços cruzados era uma forma de repudiar o governo do país, que tem reprimido manifestações violentamente. "O governo está matando o meu povo, o povo Oromo. É perigoso falar sobre isso, mas os países ocidentais apoiam esse governo. Por quê? Talvez me matem quando eu voltar", explicou. (21/08)
Foto: Getty Images/AFP/O. Morin
Striptease de protesto
Cenas inusitadas na Arena Carioca 2! Dois treinadores da Mongólia, irritados com a penalidade por falta de combatividade para o atleta Mandakhnaran Ganzorig, invadiram a área de luta e começaram a tirar as roupas em forma de protesto. A penalidade, dada nos últimos segundos da luta, definiu o uzbeque Ilkhativor Navruzov como medalhista de bronze na luta olímpica na categoria até 65kg. (21/08)
Foto: Getty Images/L. Griffiths
A medalha inesperada
Maicon Siqueira conquistou a segunda medalha do taekwondo brasileiro em Jogos Olímpicos. O lutador mineiro faturou o bronze na categoria acima de 80kg, igualando o feito de Natália Falavigna (Pequim 2008). Maicon, 51º colocado no ranking mundial do taekwondo, chegou a dividir o esporte com os empregos de pedreiro e garçom. (20/08)
Foto: Reuters/I. Kato
Fim do trauma: Brasil é ouro!
Choro no Maracanã. De alegria. Os responsáveis diretos pela inédita medalha de ouro do futebol brasileiro, Neymar e Wéverton, celebram a vitória contra a Alemanha, após dramática decisão por pênaltis. O goleiro do Atlético-PR defendeu a única cobrança desperdiçada e o atacante do Barcelona, único remanescente da prata de Londres, marcou um golaço de falta e converteu o pênalti decisivo. (20/08)
Foto: Reuters/M. Sezer
Desobediência que vale medalha
Níger é o país mais pobre do mundo. A escravidão persistiu até 2003. E agora tem algo para celebrar. Abdoulrazak Issoufou Alfaga conquistou a medalha de prata no taekwondo na categoria acima de 80kg. Detalhe curioso: seu pai proibiu Alfaga de lutar depois de um drama familiar. A desobediência rendeu a segunda medalha olímpica ao Níger, depois do bronze no boxe de Issaka Daboré, em 1972. (20/08)
Foto: Getty Images/J. Squire
Isaquias Queiroz, o maior brasileiro
Ao lado de Erlon de Souza, Isaquias Queiroz conquistou a prata na canoa dupla 1000m. O canoista de Ubaitaba se tornou o 1º brasileiro com três medalhas numa edição de Jogos Olímpicos, superando César Cielo (ouro e bronze em Pequim 2008), Gustavo Borges (prata e bronze em Atlanta 1996) e Afrânio da Costa (prata e bronze) e Guilherme Paraense (ouro e bronze), ambos na Antuérpia 1920. (20/08)
Foto: Getty Images/R. Pierse
Bolt completa a terceira tríplice coroa
Com o ouro no revezamento 4x100m rasos, Usain Bolt se tornou campeão olímpico das três principais provas de velocidade nos últimos três Jogos. Ou seja: Bolt conquistou as medalhas de ouro nas provas dos 100m, 200m e 4x100m nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. O histórico 100% olímpico só não é perfeito porque Bolt disputou a prova dos 200m em Atenas, aos 17 anos. (19/08)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Exemplo de superação e persistência
O francês Yohann Diniz, recordista mundial na marcha atlética 50km, superou a distância de forma heróica. Ainda no começo da prova, ele sofreu problemas intestinais e chegou a defecar enquanto marchava. Imagens mostraram sangramento na perna. Faltando cerca de 10km, o atleta desmaiou, foi ajudado por voluntários e seguiu na disputa. Incrível: apesar de tudo, Diniz chegou em sétimo! (19/08)
Foto: Getty Images/B. Lennon
Ouro nas areias de Copabacana
A dupla de vôlei de praia Alison e Bruno conquistou o ouro na Arena de Copacabana, após derrotar os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 sets a 0 em 45 minutos de jogo. Alison tinha sido prata ao lado de Emanuel, em Londres. Bruno é sobrinho do ex-jogador de basquete Oscar Schmidt. Este foi a quinta medalha de ouro do Brasil na Rio 2016, igualando o recorde de Atenas 2004. (18/08)
Foto: Getty Images/R.Carr
Tri nos 200 metros
Usain Bolt voltou a mostrar que não tem adversários à altura e venceu a final dos 200 metros rasos nos Jogos do Rio de Janeiro, conquistando o tricampeonato olímpico de sua prova favorita. Só ficou devendo a promessa de quebra de recorde mundial. Mesmo assim, ele foi o único que correu a distância abaixo de 20 segundos. "Estou tentando ser um dos maiores, estar entre Ali e Pelé", disse. (18/08)
Foto: Reuters/L. Nicholson
Filhas de peixe, peixinhos dourados são!
Martine Grael e Kahena Kunze venceram a regata final e conquistaram a medalha de ouro na classe 49er FX. Elas são as primeiras velejadoras brasileiras medalhistas de ouro em Jogos Olímpicos. Além disso, confirmaram a tradição de suas famílias na vela: elas são filhas de Torben Grael, maior medalhista olímpico brasileiro, e Claudio Kunze, campeão mundial de 1973 da classe Pungüim. (18/08)
Foto: Getty Images/M. Hangst
Cena inusitada
As americanas Tianna Bartoletta, Allyson Felix, English Gardner e Morolake Akinosun correram sozinhas na fase classificatória do revezamento 4x100m feminino. Motivo? Na prova original o time brasileiro atrapalhou uma passagem de bastão das americanas, que entraram com um protesto e foram autorizadas a disputar novamente. O Brasil, que tinha feito o nono melhor tempo, foi desqualificado. (18/08)
Foto: Getty Images/E. Shaw
Dobradinha Brownlee
A família Brownlee está em festa! Os irmãos britânicos Alistair e Jonathan fizeram a dobradinha e conquistaram o ouro e a prata, respectivamente, no triatlo masculino. Alistair, dois anos mais velho, terminou a prova seis segundos na frente de Jonathan. Curioso: os dois também subiram ao pódio nos Jogos de Londres – Alistair foi o ouro e Jonathan bronze. (18/08)
Foto: Reuters/D. Sagolj
Isaquias entra para grupo seleto
Com o bronze na canoa individual (C1) 1000m, Isaquias Queiroz entrou para um seleto grupo de brasileiros que conquistaram duas medalhas em uma edição de Jogos Olímpicos. Além dele, conseguiram César Cielo (ouro e bronze em Londres 2012), Gustavo Borges (prata e bronze em Atlanta 1996), Afrânio da Costa (prata e bronze) e Guilherme Paraense (ouro e bronze), ambos na Antuérpia 1920. (18/08)
Foto: Getty Images/P. Walter
Ágatha e Bárbara ficam com a prata
Não deu para as campeãs mundiais de 2015. A dupla Ágatha e Bárbara Seixas perdeu para as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst por 2 sets a 0 e ficou com a prata no vôlei de praia. É a sétima medalha olímpica do vôlei de praia feminino. O ouro, porém, não vem desde os Jogos de Atlanta, em 1996, quando Jaqueline Silva e Sandra Pires venceram o duelo brasileiro contra a dupla Adriana e Mônica.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stache
É tetra!
Kaori Icho fez história nos Jogos Olímpicos de 2016. Medalha de ouro na luta olímpica estilo livre feminino em Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012, a japonesa repetiu a conquista no Rio de Janeiro e se tornou a maior campeã olímpica em esportes individuais. O tetracampeonato de Icho significa também o domínio absoluto, já que a modalidade entrou no programa olímpico somente em 2004. (17/08)
Foto: picture alliance/dpa/S. Ilnitsky
Usain Bolt do futebol
O gol marcado por Neymar, aos 14 segundos de jogo, não só abriu o placar contra Honduras, mas entrou para a história como o mais rápido dos Jogos Olímpicos. Neymar superou assim a marca que pertencia à jogadora canadense Janine Beckie, que precisou de 20 segundos para balançar as redes contra a Austrália, também nos Jogos de 2016. (17/08)
Foto: Getty Images/B. Mendes
Fim à invencibilidade histórica
Com a vitória de 2 sets a 0, a dupla Ágatha e Bárbara Seixas encerrou uma invencibildiade histórica da americana Kerri Walsh no vôlei de praia. A tricampeã olímpica de 38 anos mantinha uma sequência incrível de 26 vitórias desde os Jogos de Atenas, em 2004. O Brasil voltou a uma final olímpica da modalidade depois de 12 anos, quando Adriana Behar e Shelda perderam justamente para Walsh. (16/08)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Chiba
Baiano porreta!
Nascido em Salvador, Robson Conceição tem uma vida recheada de quedas e superações, de lutas de rua e empregos de vendedor de picolé ou como ajudante de pedreiro. Depois de insucessos nos Jogos de Pequim e Londres, o pugilista deu a volta por cima e conquistou – na frente da torcida brasileira – o primeiro ouro olímpico do boxe brasileiro. Histórico! (16/08)
Foto: Getty Images/C. Petersen
Biles iguala marca dourada
Dona de 10 medalhas de ouro em Mundiais, Simone Biles brilhou em sua estreia nos Jogos Olímpicos. A ginasta americana confirmou seu favoritismo no solo e conquistou seu quarto ouro no Rio de Janeiro, igualando assim os recordes de Vera Caslavska (4 ouros-2 pratas-0 bronze), Agnes Keleti (4-2-0), Larisa Latynina (4-1-1) e Ecaterina Szabo (4-1-0). Biles levou ainda um bronze na trave. (16/08)
Foto: Reuters/M. Blake
O verdadeiro espírito olímpico
São cenas assim, que transmitem valores morais, que marcam os Jogos Olímpicos. Na semifinal dos 5000 metros, a americana Abbey D'Agostino se chocou com a neozelandesa Nikki Hamblin. Ambas caíram. Ao invés de seguir na prova, D'Agostino ajudou Hamblin a se levantar. Hamblin esperou a americana cruzar a linha de chegada para dar um abraço. D'Agostino deixou o estádio em cadeira de rodas. (16/08)
Foto: Getty Images/P. Smith
Canoísta de nascimento
Nascido em Ubaitaba (BA), que em tupi-guarani significa "Cidade das Canoas", Isaquias Queiroz entrou para a história do esporte nacional como o primeiro canoísta brasileiro a conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos. A prata veio na categoria C1 1000m. Isaquias já ganhou o Mundial de canoagem em provas individuais, mas nas duas vezes foi na categoria C1 500m, que não é mais olímpica. (16/08)
Foto: Reuters/D. Sagolj
Ouro e recorde
Thiago Braz fez história e se sagrou campeão olímpico do salto com vara, superando o recordista mundial e vencedor da prova em Londres 2012, o francês Renaud Lavillenie, para delírio do público presente no Estádio Olímpico Nílton Santos, o Engenhão. O paulista da cidade de Marília, de apenas 22 anos, alcançou 6m03, o que representa o novo recorde olímpico. (15/08)
Foto: Getty Images/AFP/F. Fife
Zanetti fica com a prata
Arthur Zanetti foi superado pelo seu principal rival, o grego Eleftherios Petrounis, e ficou com a medalha de prata na final das argolas. O ginasta paulista tinha a chance de se tornar o primeiro bicampeão olímpico consecutivo em competições individuais desde 1956, quando Adhemar Ferreira da Silva conquistou seu segundo ouro no salto triplo, nos Jogos de Melbourne. (15/08)
Foto: Reuters/M. Blake
A tática do "peixinho" salvador
Na prova dos 110m com barreiras, o brasileiro João Vítor de Oliveira surpreendeu e deu um mergulho na linha de chegada. A "manobra" garantiu sua classificação à semifinal. A tática foi repetida nos 400m rasos feminino pela velocista das Bahamas Shaunae Miller, que conquistou a medalha de ouro superando a americana Alysson Felix por apenas sete centésimo graças ao "peixinho" na chegada. (15/08)
Foto: Reuters/P. Kopczynski
Morre treinador de canoagem
O técnico alemão de canoagem slalom Stefan Henze não resistiu aos ferimentos de um acidente de trânsito e morreu no Rio de Janeiro. Na madrugada de sexta-feira, Henze e o analista esportivo Cristian Katini voltavam de táxi para a Vila Olímpica quando o veículo em que estavam se acidentou na Avenida das Américas, que corta a Barra da Tijuca. Katini recebeu alta e passa bem. (15/08)
Foto: picture-alliance/dpa/J.Haas
A pioneira das águas
Após desqualificação de rival, a paulistana Poliana Okimoto conquistou a medalha de bronze na maratona aquática de 10 quilômetros. A conquista é histórica para a natação brasileira: é a primeira medalha feminina na natação olímpica do Brasil. Uma marca perdurava desde 1932, em Los Angeles, quando Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira em Jogos Olímpicos. (15/08)
Foto: Getty Images/A. Pretty
O homem mais rápido do mundo – de novo
Nunca alguém tinha vencido por três vezes a prova nobre do atletismo, fosse homem ou mulher. Usain Bolt – desta vez sem recorde – completou os 100m rasos em 9,81 segundos e conquistou pela terceira vez consecutiva a medalha de ouro na prova mais rápida do atletismo. Momento histórico, que dificilmente será igualado. (14/08)
Foto: Reuters/L. Nicholson
Pulos, lágrimas e dobradinha
Diego Hypólito e Arthur Nory mostram as medalhas, de prata e bronze, que receberam após desempenho surpreendente na final individual do solo na ginástica artística masculina. Os dois choraram muito após a confirmação de que subiriam ao pódio, emocionando também os torcedores presentes na Arena Olímpica. Pela primeira vez, o Brasil conquista duas medalhas individuais numa mesma prova. (14/08)
Foto: Getty Images/AFP/B. Stansall
Novo Bolt?
Wayde van Niekerk pulverizou o recorde mundial dos 400m rasos e conquistou a primeira medalha de ouro da África do Sul no atletismo desde os Jogos de 1996. Ele quebrou a marca que pertencia a ninguém menos do que Michael Johnson, bicampeão olímpico da prova e que detinha o recorde desde 1999. No Rio, ele superou os dois últimos campeões olímpicos: Kirani James (2012) e LaShawn Merritt. (14/08)
Foto: Getty Images/P. Smith
Medalha de diamante
Os Jogos do Rio vão ficar gravados na memória da saltadora chinesa He Zi. Após conquistar a medalha de prata no trampolim 3m, a atleta foi surpreendida com um pedido de casamento. Ajoelhado, Qin Kai tirou uma aliança e recebeu o "sim" – transmitido no telão no Parque Aquático Maria Lenk. Ele também é saltador e conquistou a medalha de bronze, também no trampolim 3m. (14/08)
Foto: Getty Images/C. Rose
Três pulinhos para a história
Domínio sul-americano no salto triplo. Prata em Londres, a colombiana Caterine Ibarguen confirmou seu favoritismo no Rio de Janeiro, saltou 15m17 e conquistou a primeira medalha de ouro no atletismo do país. A segunda colocação ficou com a venezuelana Yulimar Rojas. Bronze foi para a ucraniana Olga Rypakova. (14/08)
Foto: Getty Images/A. Hassenstein
Trio no Rio
As trigêmeas nascidas na Estônia, Leila, Liina e Lily Luik, fizeram história nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ao disputarem a maratona feminina, elas se tornaram as primeiras trigêmeas a participarem de competições olímpicas, seja na mesma ou em edições distintas. Resultados? Lily foi a melhor, terminando na 97ª colocação, seguida por Leila (114ª). Liina não completou a prova. (14/08)
Foto: Reuters/I. Kalnins
E Neymar estreou...
Com gols de Neymar e Luan, o Brasil venceu a Colômbia por 2 a 0 na Arena Corinthians e se classificou para as semifinais do torneio olímpico de futebol masculino pela sétima vez. A partida foi encarada como a verdadeira "estreia" do camisa 10, que enfim fez um bom jogo. e foi caçado em campo pelos colombianos. (13/08)
Foto: Getty Images/C. Junior
999, 1000 ou 1001?
Fato: os EUA conquistaram sua milésima medalha de ouro! Mas quem alcançou a proeza? Segundo o Comitê Olímpico dos EUA, foi a equipe feminina do 4x100 medley. De acordo com o principal historiador olímpico, Bill Mallon, foi o 4x100 medley masculino liderado por Michael Phelps. A confusão é culpa do austríaco Julius Lenhart, que competiu representando os EUA nos Jogos de 1904, em St. Louis. (13/08)
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen
Velocidade é com a Jamaica
Na versão feminina da prova mais nobre do atletismo deu Jamaica – no ouro e no bronze. Elaine Thompson destronou sua compatriota Shelly-Ann Fraser-Pryce e pode se vangloriar de ser a mulher mais rápida do mundo. Ela completou os 100m rasos em 10,71 segundos. A própria Fraser-Pryce, bicampeão da prova em 2008 e 2012, ficou com o bronze. A americana Tori Bowie completou o pódio. (13/08)
Foto: Getty Images/AFP/C. de Souza
"Eu sou latina"
Conhecida por rejeitar defender os EUA, a tenista Monica Puig conquistou a primeira medalha de ouro olímpica da história de Porto Rico. A 34ª do ranking mundial derrotou a alemã Angelique Kerber (2ª do ranking) por 2 sets a 1. Puig é também a primeira mulher medalhista do país. Até agora, Porto Rico tinha duas pratas e seis bronzes. (13/08)
Foto: Getty Images/AFP/L. Acosta
De Harting para Harting
Lançar discos está no sangue da família Harting. Quatro anos depois do ouro olímpico de Robert Harting (aquele, que rasgou a camiseta à la Hulk), o irmão mais novo subiu ao posto mais alto do pódio. Christoph atingiu a marca de 68m37, exatos dez centímetros a mais do que o lançamento de Robert em Londres. (13/08)
Foto: picture-alliance/dpa/AP Photo/M.Dunham
Com um pé descalço
Cenas que só os Jogos Olímpicos proporcionam. A etíope Etenesh Diro, uma das favoritas dos 3.000m com obstáculos, perdeu uma sapatilha quando uma rival pisou em seu pé direito durante a prova eliminatória. Ela tentou calçar a sapatilha – sem sucesso. Diro então completou a prova com um pé descalço e caiu no choro. A cena comoveu os presente no Estádio Olímpico, que aplaudiram a etíope. (13/08)
Foto: Getty Images/AFP/J. Samad
Sorry, tio Phelps...
O recordista Michael Phelps sofreu a primeira derrota nos Jogos para o nadador Joseph Schooling, de Cingapura, na final dos 100 metros borboleta masculino. Schooling, antigo fã de Phelps, tirou uma foto com o ídolo em 2008, poucas semanas antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. Oito anos depois, o nadador de 21 anos se tornou o primeiro do seu país a conquistar um ouro olímpico. (12/08)
Foto: Reuters
Baby, baby, baby...
O judoca paranaense Rafael Silva, o "Baby", desbancou o uzbeque Abdullo Tangriev, prata em Pequim 2008, e conquistou a medalha de bronze na categoria pesado (mais de 100kg), repetindo o feito de Londres 2012. "Baby" entra assim para um seleto grupo de judocas brasileiros que chegaram ao pódio olímpico em duas oportunidades: Aurélio Miguel, Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar. (12/08)
Foto: Reuters/T. Hanai
Rebola, sim!
O rebolado necessário para não perder o compasso é motivo de piadas. Mas a marcha atlética é uma das provas mais desgastantes do atletismo – boa parte dos atletas não completa o percurso. Na prova de 20 quilômetros, o brasiliense Caio Bonfim ficou a apenas cinco segundos da medalha de bronze. A quarta colocação, porém, foi muito celebrada: nunca um brasileiro foi tão bem na modalidade. (12/08)
Foto: Getty Images/R. Pierse
Nada olímpico...
O cumprimento antes e depois da luta é uma expressão máxima do respeito entre judocas. No entanto, o egípcio Islam el-Shehaby ignornou o protocolo ao se recusar a cumprimentar o rival israelense Or Sasson, após luta pela categoria pesado (mais de 100kg). A falta de espírito esportivo rendeu fortes vaias na arena. "É uma vergonha", disse o COI. Sasson venceu por ippon. (12/08)
Foto: Getty Images/AFP/T. Kitamura
Era uma vez um recorde de 23 anos...
O primeiro ouro no atletismo nos Jogos de 2016 saiu com estilo! A etíope Almaz Ayana baixou em mais de 14 segundos o recorde mundial dos 10 mil metros rasos – que durava havia quase 23 anos e era da chinesa Junxia Wang. Completaram o pódio a queniana Vivian Cheruiyot, campeão mundial dos 10 mil metros rasos em 2015, e a também etíope Tirunesh Dibaba. (12/08)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
O novo Deus do Olimpo
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro são os Jogos Olímpicos de Michael Phelps. Nos 200m medley, ele conquistou seu quarto ouro. Phelps se tornou o primeiro homem da história a levar 13 medalhas de ouro em provas individuais, superando a marca de Leônidas de Rodes e que já durava 2168 anos. Oficialmente, no quesito medalhas, o americano detém agora todas as marcas olímpicas possíveis. (11/08)
Foto: Reuters/D. Ebenbichler
O primeiro ouro negro
A americana Simone Manuel conquistou a medalha de ouro dos 100m livres – empatada com a canadense Penny Oleksiak – e fez história. Ela é a primeira nadadora negra medalhista de ouro numa prova individual em Olimpíadas. Além disso, ambas quebraram o recorde olímpico. O primeiro homem negro campeão olímpico na natação é Anthony Nesty, do Suriname, ouro nos 100m borboleta dos Jogos de 1988. (11/08)
Foto: Reuters/M. Brindicci
Fiji é ouro!
Fiji é ouro no rugby de sete na Rio 2016! A equipe, que conta com jogadores que trabalham como carcereiro e cortador de cana, atropelou o Reino Unido na final: 43 a 7. Esta é a primeira medalha olímpica do pequeno arquipélago com menos de 1 milhão de habitantes. Não foi propriamente uma zebra, já que o esporte é popular em Fiji, bicampeão mundial do rugby de sete (1997 e 2005). (11/08)
Foto: Getty Images/D. Rogers
Rainha de ouro
Considerada por especialistas como a maior ginasta de todos os tempos, Simone Biles tem tudo para a "papa-medalhas" dos Jogos de 2016. Duas de seis provas da ginástica feminina já foram concluídas – a americana de 19 anos levou ouro em ambas. A mais recente foi na prova clássica do individual geral, que define uma ginasta completa. E ainda restam as finais por aparelhos... (11/08)
Foto: Getty Images/A. Livesey
Flecha certeira
Ane Marcelle dos Santos ficou em nono lugar e garantiu a melhor participação brasileira no tiro com arco em Jogos Olímpicos. A arqueira canhota do Rio de Janeiro foi eliminada pela britânica Naomi Folkard nas oitavas de final. Esta foi a primeira vez que o Brasil se colocou entre os 16 melhores de uma competição olímpica do tiro com arco. (11/08)
Foto: Reuters/L. Foeger
Mayra Aguiar repete Londres 2012
A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 25 anos, conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78kg) nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, repetindo o resultado alcançado em Londres, em 2012. "É uma satisfação para o atleta conquistar uma medalha olímpica. Agora tem Tóquio 2020", vibrou a campeão mundial de 2014.
Foto: Reuters/T. Hanai
Hole-in-one!
O britânico Justin Rose fez um hole-in-one – quando o golfista acerta a bola no buraco com apenas uma tacada –, o primeiro da história do golfe olímpico. A façanha ocorreu no buraco 4 – um Par 3 de 175 metros. A raridade pode ser exemplificada com a estatística de Tiger Woods, um dos maiores golfistas da histórias: ele tem "apenas" três hole-on-ones na carreira. (11/08)
Foto: Getty Images/R. Kinnaird
Adiós hermanos!
Argentina empata em 1 a 1 com Honduras e dá adeus ao torneio olímpico de futebol masculino. A seleção bicampeã olímpica (2004 e 2008) terminou com os mesmos quatro pontos da equipe hondurenha, mas perdeu a classificação no saldo de gols. Diego Maradona, ícone do futebol argentino, revoltou-se com a eliminação precoce: "Eles jogam beisebol". (10/08)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Sai que é sua, Soro!
O goleiro sérvio Slobodan Soro, naturalizado brasileiro, fez ótimas defesas e ajudou o Brasil a derrotar... a Sérvia, atual campeã da Liga Mundial e do Campeonato Mundial de polo aquático. A vitória por 6 a 5 é histórica para o Brasil, que, desta forma, garantiu vaga nas quartas de final dos Jogos Olímpicos pela primeira vez na história. (10/08)
Foto: Reuters/L. Balogh
Decime que se siente
Se o 7 a 1 da Alemanha aplicado na seleção de futebol foi um atropelo, como definir a derrota do Brasil para a Argentina no rugby de 7? Os favoritos Pumas não tiveram dificuldades para vencer os brasileiros por 31 a 0. Detalhe: no dia anterior o Brasil sofreu um 26 a 0 dos EUA e um 40 a 12 de Fiji. Justiça seja feita: nestes três adversários, o rugby é muito mais popular e desenvolvido. (10/08)
Foto: Getty Images/AFP/P. Lopez
Sem hino e sem bandeira
Fehaid al-Deehani foi campeão olímpico da fossa dupla no tiro esportivo. Na cerimônia de premiação, porém não teve bandeira, nem hino do seu país. O Kuwait foi suspenso da Rio 2016 pelo COI por interferência governamental nas entidades esportivas. Ele representou os Atletas Olímpicos Independentes. Nunca um atleta da delegação independente havia ganhado um ouro. Nem o próprio Kuwait. (10/08)
Foto: picture-alliance/S. Simon
Que dor!
Momento de angústia no Riocentro: na final do levantamento de peso masculino na categoria até 77kg, o armênio Andranik Karapetyan fraturou o cotovelo esquerdo enquanto levantava 195kg. Karapetyan urrou de dor, enquanto a plateia reagiu aflita, em silêncio. (10/08)
Foto: Getty Images/J. Finney
Senhora tricampeã
Na véspera do seu aniversário de 43 anos, Kristin Armstrong entrou para a história olímpica do ciclismo. A americana venceu a prova contrarrelógio do ciclismo de estrada e tornou-se a primeira atleta tricampeã olímpica da modalidade. Com a conquista, Armstrong - sem parentesco com o também ciclista Lance Armstrong - é a terceira mulher mais velha a vencer uma prova individual nos Jogos. (10/08)
Foto: Getty Images/B. Lennon
O "Tubarão de Baltimore"
Contra concorrentes até 12 anos mais novos, Michael Phelps mostrou que aos 31 anos de idade ainda consegue dominar nos 200m borboleta e conquistou seu 21ª ouro em Jogos Olímpicos. Esta foi também sua 14ª medalha de ouro individual e, desta forma, o "Tubarão de Baltimore" igualou a marca da ex-ginasta soviética Larissa Latynina, o último recorde de medalhas olímpicas que lhe faltava. (09/08)
Foto: Getty Images/O. Andersen
Refugada
O brasileiro Ruy Fonseca caiu da montaria durante a prova de saltos do Concurso Completo de Equitação (CCE), depois que o cavalo Tom Bombadill Too refugou num dos obstáculos. Após a queda do cavaleiros, Tom Bombadill Too saiu galopando e Fonseca decidiu abandonar a disputa. (09/08)
Foto: picture alliance/dpa/F. Gentsch
O Moussambani do Rio
Único nadador da Etiópia e com um físico nada atlético, Robel Kiros Habte competiu na primeira bateria da fase eliminatória dos 100m livre e, apesar de ficar bem atrás da concorrência, recebeu os aplausos da plateia. Lembrou a cena clássica envolvendo Eric Moussambani, de Guiné Equatorial, em Sydney., que nadou o pior tempo dos 100m livre na história dos Jogos Olímpicos. (09/08)
Foto: picture alliance/dpa/D. Hunt
Da Cidade de Deus para o mundo
A judoca Rafaela Silva superou na final a mongolesa Sumiya Dorjsuren por um wazari e se tornou campeão olímpica da categoria até 57kg. Nascida e criada na Cidade de Deus, a apenas oito quilômetros do local de disputa na Rio 2016, Rafaela superou eliminação polêmica nos Jogos de Londres e até racismo para se tornar a segunda brasileira campeã olímpica no judô. (08/08)
Foto: Getty Images/AFP/T. Kitamura
Um 6º lugar que vale ouro
Diego Hypolito, Francisco Barreto, Arthur Nory Mariano, Sergio Sazaki e Arthur Zanetti (da esq. à dir.): estes são os heróis brasileiros da ginástica. Logo em sua primeira participação com uma equipe masculina completa em Jogos Olímpicos, o Brasil alcançou a inédita e honrosa sexta posição. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Livesey
Tênis de mesa é coisa de Hugo
O mesatenista Hugo Calderano foi eliminado pelo japonês Jun Mizutani, sexto melhor do mundo, nas oitavas de final dos Jogos do Rio de Janeiro. Chorando, ele foi ovacionado pela torcida presente. Justo, pois Calderano igualou a melhor campanha da história do Brasil na modalidade. Em 1996, nos Jogos de Atlanta, Hugo Hoyama alcançou a mesma fase de oitavas de final. (08/08)
Foto: Getty Images/T. Pennington
O choro de Djoko
A surpreendente derrota para o argentino Juan Martín del Potro na estreia na chave de simples nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro abalou o sérvio Novak Djokovic. O número 1 do mundo perdeu por 2 sets a 0, com parciais de 7-6 (7-4) e 7-6 (7-1). Ao se abraçarem ao fim da partida, os dois, vencedor e vencido, choraram juntos, numa das imagens mais marcantes destes Jogos Olímpicos. (07/08)
Foto: Reuters/T. Melville
Michael Phelps = Argentina
Com a vitória na prova 4x100m livre, Michael Phelps conquistou sua 19ª medalha olímpica de ouro. Com a conquista, o nadador americano igualou o número de medalhas de ouro da Argentina em toda sua história nos Jogos Olímpicos. Phelps é o maior medalhista olímpico (23), atleta com mais ouros (19) e que mais subiu ao posto mais alto do pódio numa única edição dos Jogos (8, em Pequim). (07/08)
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen
A pequena gigante
Rosane dos Reis Santos ficou em quinto lugar na categoria até 58kg e estabeleceu a melhor marca do Brasil no levantamento de peso em Jogos Olímpicos. A carioca levantou 90kg, no arranco, e 103kg, no arremesso, totalizando 193kg. Rosane, que começou no atletismo, ficou a 6kg da medalha de bronze. (07/08)
Foto: Getty Images/L. Baron
Feito inédito do handebol brasileiro
Fora dos Jogos de Londres, a seleção masculina de handebol retornou às disputas olímpicas fazendo história. A equipe comandada pelo espanhol Jordi Ribera derrotou a Polônia, por 34 a 32, e conquistou a primeira vitória sobre um adversário europeu em Jogos Olímpicos. Detalhe: a Polônia foi terceira colocada no Mundial de 2015, onde o Brasil foi eliminado nas oitavas de final. (07/08)
Foto: Reuters/M. Djurica
A rainha dos saltos ornamentais
A chinesa Wu Minxia mergulhou para o livro dos recordes olímpicos, passando lendas dos saltos ornamentais como americano Greg Louganis e a também chinesa Guo Jingjing. Wu se tornou a primeira pessoa com cinco medalhas de ouro nos saltos ornamentais, depois de conquistar a prova de trampolim 3m sincronizado ao lado de Shi Tingmao. (07/08)
Foto: Reuters
Susto na Vista Chinesa
A holandesa Annemiek van Vleuten liderava a prova de ciclismo de estrada e, faltando cerca de 10 km, ela perdeu o controle e caiu de forma violenta em cima do meio-fio na descida da Vista Chinesa. Após a queda, ela permaneceu imóvel por alguns minutos até chegar o socorro médico. A Vista Chinesa causou diversas quedas – e fraturas – na prova masculina, no dia anterior. (07/08)
Foto: picture alliance/AP Images/B. Lennon
Touché
No dia seguinte à marca histórica de Natalhie Moellhausen, o gaúcho Guilherme Toldo repetiu o feito da ítalo-brasileira e alcançou as quartas de final no florete individual. Ambos têm a melhor marca da esgrima brasileira em Jogos Olímpicos. Antes de parar no italiano Daniele Garozzo, o esgrimista eliminou ninguém menos do que o atual campeão mundial, o japonês Yuki Ota. (07/08)
Foto: Getty Images/AFP/F. Coffrini
Maior goleadora da história olímpica
Com seu gol na vitória por 5 a 1 contra a Suécia, a atacante Cristiane se tornou a maior goleadora da história do torneio olímpico de futebol, incluindo o masculino. A média de Cristiane em quatro Jogos Olímpicos é impressionante: 14 gols em 15 jogos. Ela, que já era a detentora da marca feminina, superou o dinamarquês Sophus Nielsen, autor de 13 gols em 1908 e 1912. (06/08)
Foto: Getty Images/H. How
Felipe Wu encerra jejum de 96 anos
O paulistano Felipe Wu conquistou a prata na prova de pistola de ar 10 metros e encerrou um jejum de 96 anos sem medalhas para o Brasil no tiro esportivo. A última havia sido nos Jogos da Antuérpia, em 1920, quando Guilherme Paraense conquistou o primeiro ouro brasileiro. Wu finalizou a competição com 202,1 pontos, apenas 0,4 pontos atrás do campeão olímpico, o vietnamita Xuan Vinh Hoang. (06/08)
Foto: Getty Images/AFP/P. Guyot
Refugiada síria vence bateria
Aplausos no Parque Aquático Maria Lenk para Yusra Mardini, um exemplo de superação e heroína na vida. A jovem síria da equipe de refugiados venceu sua bateria nas eliminatórias dos 100 metros borboleta. Algo impensável para alguém que, há cerca de um ano, nadou mais de três horas puxando um bote para salvar a vida de outros 19 refugiados que tentavam fugir da guerra civil da Síria. (06/08)
Foto: Reuters/D. Gray
Congratulazioni Moellhausen
Apesar da eliminação nas quartas de final da prova de espada individual, a ítalo-brasileira Nathalie Moellhausen conquistou o melhor resultado da esgrima do Brasil em Jogos Olímpicos. Nascida em Milão, filha de uma estilista brasileira e um alemão, Moellhausen defendeu a Itália por 13 anos e foi campeã europeia (2007) e mundial (2009) por equipe. Desde 2014, ela defende as cores do Brasil. (06/08)
Foto: picture alliance/dpa/S. Ilnitsky
EUA levam 1º ouro da Rio 2016
Virginia Thrasher é a primeira medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A americana de 19 anos foi campeã no tiro esportivo feminino Carabina de ar 10m, desbancando as chinesas Yi Siling, ouro em Londres 2012, e Du Li, que quebrou o recorde olímpico na fase qualificatória. Thrasher, mais jovem da delegação de tiro dos EUA, nunca havia pego em uma arma até cinco anos atrás. (06/08)
Foto: Reuters/J. Lee
Vanderlei Cordeiro acende a pira
No desfecho da cerimônia de abertura dos Jogos de 2016, coube ao ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima acender a pira olímpica. Nos Jogos de Atenas, em 2004, ele foi derrubado por um ex-padre e perdeu o ouro, mas foi condecorado com a medalha Pierre de Coubertin. Até chegar em Vanderlei, a tocha passou pelas mãos de Guga, maior tenista do país, e Hortência, a Rainha do basquete. (05/08)
Foto: picture alliance/dpa/L. Schulze
Primeiro recorde dos Jogos
Antes mesmo da abertura dos Jogos Olímpicos, a Rio 2016 já registrou o primeiro recorde mundial e olímpico. A façanha ocorreu durante a etapa de ranqueamento da modalidade tiro com arco, quando o sul-coreano Kim Woo-jin anotou 700 pontos. Além de ser bicampeão mundial (Turim em 2011 e Copenhague em 2015) - individual e por equipes -, Woo-jin é o atual líder no ranking da modalidade. (05/08)
Foto: Getty Images/Q. Rooney
Decepção em estreia
A seleção brasileira iniciou com o pé esquerdo a busca pelo inédito ouro olímpico. Apesar de contar com um jogador a mais em campo desde os 15 minutos do segundo tempo, o time comandado por Rogério Micale não conseguiu evitar um empate sem gols com a África do Sul, em Brasília. Neymar, estrela da equipe, teve uma atuação discreta. (04/08)
Foto: Reuters/U. Marcelino
O primeiro sorriso brasileiro
Com gols da zagueira Mônica e das atacantes Andressa Alves e Cristiane (na foto), a seleção brasileira feminina de futebol não tomou conhecimento da seleção chinesa. Com a vitória por 3 a 0, no Engenhão, a equipe comandada pela estrela Marta deu a primeira alegria ao torcedor brasileiro nestes Jogos Olímpicos. (03/08)
Foto: Reuters/L. Foeger
Gol relâmpago
A canadense Janine Beckie entrou para a seleta lista de recordistas olímpicos. Com 19 segundos de bola rolando, ela recebeu cruzamento da capitã Christine Sinclair e anotou o gol mais rápido da história do futebol olímpico. A marca anterior era da seleção masculina do México, justamente contra o Brasil, na final de Londres 2012: Oribe Peralta superou a defesa brasileira aos 30 segundos. (03/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
A primeira celebração olímpica
Franca favorita no duelo, a Suécia sofreu para derrotar a África do Sul, por 1 a 0, no futebol feminino. A partida no Engenhão, válida pelo Grupo E, o mesmo da seleção brasileira, marcou o pontapé inicial das disputas dos Jogos Olímpicos de 2016. Coube à zagueira sueca Nilla Fischer, após falha da goleira sul-africana, soltar o primeiro sorriso vitorioso nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. (03/08)