Decisão pela saída do Reino Unido da UE e consequente queda da libra esterlina reduzem lucro da companhia aérea. Ações da empresa também despencam.
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A decisão dos britânicos de sair da União Europeia (UE) afetou as receitas da companhia aérea low cost Easyjet. A empresa fechou o ano fiscal encerrado em setembro com um lucro (antes de impostos) de 495 milhões de libras esterlinas, 28% menor que o do ano anterior.
A explicação estaria sobretudo na desvalorização da moeda britânica, e os efeitos ainda deverão ser sentidos no ano que vem, anunciou a empresa nesta terça-feira (15/11). Somente neste ano, as ações da Easyjet perderam 40% do seu valor.
Nem mesmo um recorde de 73 milhões de passageiros (um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior) foi suficiente para evitar a diminuição dos lucros.
Só em conversões de moeda, a empresa perdeu 112 milhões de libras. Para o atual ano fiscal, a presidente da companhia aérea, Carolyn McCall, calcula perdas adicionais de 90 milhões de libras, em parte devido aos custos com combustível e aeronaves, que são pagos em dólares.
"Em tempos como este, linhas aéreas fortes saem fortalecidas, enquanto que as fracas se enfraquecem ainda mais", disse McCall.
IP/dpa/rtr
Eurocéticos comemoram Brexit
Da França à Hungria, da Holanda à Sérvia. políticos populistas de direita de todo o continente se apressaram em declarar sua aprovação à decisão dos eleitores do Reino Unido a favor da saída da UE.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Sulejmanovic
Marine Le Pen - França
"Vitória para a liberdade! Como tenho reivindicado há anos, deve agora haver o mesmo referendo na França e em todos os países da UE", disse Marine Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional.
Foto: Reuters/Y. Herman
Frauke Petry - Alemanha
"Chegou o momento para uma nova Europa!", comentou Frauke Petry, uma das presidentes do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Foto: Reuters/W. Rattay
Geert Wilders - Holanda
"Viva os britânicos! Agora é a nossa vez. Hora de um referendo holandês!", comemorou o líder do Partido para a Liberdade (PVV), Geert Wilders,
Foto: picture-alliance/dpa/S. Koning
Norbert Hofer - Austria
"A União Europeia tem que andar numa nova direção agora, se quiser sobreviver", alertou Norbert Hofer, da legenda populista de direita Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ).
Foto: picture-alliance/dpa/H.Tosun
Vladimir Jirinovski - Rússia
"Vamos enviar um telegrama parabenizando o primeiro-ministro Cameron: 'Caro David, meu amigo, estamos felizes que o povo britânico tenha feito a escolha certa, independente da sua propaganda. Claro que você precisa renunciar imediatamente'", disse Vladimir Jirinovski , chefe do Partido Liberal Democrata da Rússia (LDPR).
Foto: dapd
Viktor Orbán - Hungria
"Bruxelas deve ouvir a voz do povo, esta é a maior lição dessa decisão. A Europa é forte somente se pode dar respostas às principais questões, como a imigração. A UE deixou de dar essas respostas", afirmou o premiê húngaro, Viktor Orbán.
Foto: Reuters
Vojislav Seselj - Sérvia
O líder ultranacionalista Vojislav Seselj, da Sérvia, disse que o resultado do referendo "trouxe alegria para os sérvios em todos os lugares". "Os Ingleses enfiaram uma estaca de madeira no coração do cadáver da UE", acrescentou, com conotações vampirescas.