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Brics condena testes nucleares norte-coreanos

4 de setembro de 2017

Em comunicado conjunto, líderes de países do grupo expressam "profunda preocupação" e pedem que tensão na Península da Coreia seja solucionada pacificamente e pelo diálogo. Temer defende desarmamento nuclear.

Líderes do Brics em Xiamen, China, em 4 de setembro de 2017
Líderes do Brics em Xiamen, China - alguns deles acompanhados da esposaFoto: picture-alliance /ZUMAPRESS/Kremlin Pool

Em comunicado da 9ª cúpula de chefes de Estado e de governo do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na cidade chinesa de Xiamen, os líderes do bloco condenaram duramente nesta segunda-feira (04/09) os testes nucleares norte-coreanos. Neste domingo, a Coreia do Norte anunciou ter testado uma bomba de hidrogênio.

"Expressamos nossa profunda preocupação com a atual tensão e com a prolongada questão nuclear na Península Coreana e enfatizamos que a situação deve ser apenas solucionada por intermédio de meios pacíficos e diálogo direto entre todas as partes envolvidas", diz a declaração conjunta emitida em Xiamen.

Mais cedo, durante a abertura da cúpula, o presidente Michel Temer manifestou preocupação com os recentes testes nucleares norte-coreanos.

"Os episódios dos últimos dias dão concretude a temores que parecem ter ficado nos livros de história. Hoje, [é importante] encontrar saída diplomática para a situação tão grave. Em perspectiva mais abrangente e de mais longo prazo, o desarmamento nuclear é a garantia mais eficaz contra a proliferação", afirmou.

"O Brasil esteve na origem do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares, adotado em julho. Assinaremos o instrumento ainda este mês, em Nova York. Trata-se de mais uma conquista real do multilateralismo", acrescentou Temer.

Seul reage a teste nuclear norte-coreano

01:03

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No documento, os presidentes também condenaram os ataques terroristas em todas as suas formas e pediram que todas as nações adotem medidas de combate ao terrorismo, incluindo a prevenção ao recrutamento de pessoas e o bloqueio de fontes de financiamento como as oriundas de crime organizado e lavagem de dinheiro.

Na declaração conjunta, os líderes do Brics ainda sublinharam a necessidade do livre comércio. "Destacamos a importância de uma economia mundial aberta e inclusiva, que permita que todos os países e povos se beneficiem das vantagens da globalização", ressalta o texto.

Devido às tendências protecionistas da política do presidente dos EUA, Donald Trump, a ameaça ao livre comércio foi um dos temas de destaque no encontro. Além disso, foram discutidas a ampliação da cooperação entre os países-membros do Brics e a melhoria do crescimento econômico.

Além de Temer, participam da cúpula de Xiamen os presidentes de China, Xi Jinping; Rússia, Vladimir Putin; África do Sul, Jacob Zuma;  e o premiê indiano, Narendra Modi.

Antes do encerramento do evento anual, com duração de três dias, haverá uma reunião nesta terça-feira para uma rodada de consultas ampliadas. Também na terça-feira, o encontro inclui conversas com os líderes de Egito, Guiné, México, Tajiquistão e Tailândia, que foram convidados no âmbito do processo Brics Plus.

MD/efe/dpa/abr

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