A promotoria federal da Bélgica aprovou nesta quinta-feira (09/06) a extradição para a França do suspeito de terrorismo Mohamed Abrini, que teria ligação com o atentado em Paris, em 13 de novembro de 2015, e que admitiu envolvimento com o ato terrorista em Bruxelas, em 22 de março.
Preso na Bélgica em 8 de abril, Abrini confessou ser o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Zaventem, na capital belga, junto a Ibrahim el-Bakraoui e Najim Laachraoui, os dois homens-bomba que morreram no local.
Abrini, que vestia um chapéu, contou que fugiu do aeroporto sem detonar os explosivos que carregava, que, mais tarde, foram encontrados no local. Os atentados de março em Bruxelas mataram mais de 30 pessoas, após explosões no aeroporto internacional e numa estação de metrô.
A França solicitou, na semana passada, a extradição de Abrini e de outro suspeito dos atentados de Paris, Mohamed Bakkali. Ambos pedidos foram autorizados nesta quinta-feira, mas a promotoria belga não deu mais detalhes sobre quando e como essa transferência será realizada.
O caso de Abrini é complicado, uma vez que o suspeito enfrenta dois mandados de prisão na Bélgica pelo envolvimento nos ataques de Paris e de Bruxelas, ambos reivindicados pelo "Estado Islâmico". Esses processos precisam ser desmembrados antes que ele seja enviado à França para julgamento.
Autoridades belgas também podem insistir que Abrini seja mais tarde devolvido ao país para que seja julgado lá pelo papel no atentado ao aeroporto de Zaventem, explicou a agência de notícias Belga.
O exato envolvimento de Abrini no atentado de Paris ainda é desconhecido. Nas vésperas do ataque, ele foi visto ao lado do principal suspeito, Salah Abdeslam, e sua impressão digital e DNA foram encontrados num carro usado durante os atos, assim como num esconderijo em Bruxelas.
Abdeslam também foi preso na Bélgica, poucos dias antes do atentado em Bruxelas, e está agora sob custódia na França para responder pelos crimes de terrorismo.
EK/dpa/efe
No dia seguinte aos atentados terroristas de 22 de Março, a capital belga presta homenagens às mais de 30 vítimas, com flores, velas e um minuto de silêncio. Cidades como Paris e Berlim também manifestam solidariedade.
Foto: Getty Images/C. FurlongA Place de la Bourse é um tradicional ponto de encontro de Bruxelas. Esta vista aérea dá uma ideia melhor da multidão reunida para homenagear as vítimas do terrorismo na capital belga.
Foto: Getty Images/AFP/K. TribouillardPessoas observam um minuto de silêncio no largo da Place De La Bourse, a Praça da Bolsa, no centro de Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março de 2016.
Foto: Getty Images/C. FurlongDiversas autoridades europeias participaram das homenagens na capital belga. Na foto, à frente, aparecem o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o rei Filipe da Bélgica, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a rainha Matilde da Bélgica e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Foto: Reuters/F. LenoirFlores foram depositadas diante da estátua Manneken Pis, uma das principais atrações turísticas da capital belga.
Foto: Reuters/V. KesslerLogo depois dos ataques, as pessoas começaram a se reunir em homenagem às vítimas na capital belga.
Foto: Reuters/C. PlatiauLogo cedo já havia muitas flores e velas neste memorial improvisado diante do antigo prédio da bolsa de valores, na Place de la Bourse.
Foto: picture-alliance/empicsO memorial improvisado na Place de la Bourse foi tomando forma ao longo da noite depois dos atentados terroristas.
Foto: Getty Images/C. FurlongA expressão de solidariedade "Je suis Bruxelles" (eu sou Bruxelas) ganhou força depois dos ataques na capital belga. Trata-se de uma referência à frase "Je suis Charlie", usada após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo", em Paris, em 2015.
Foto: Getty Images/C. FurlongEm diversas cidades, monumentos foram iluminados em solidariedade às vítimas dos atentados terroristas em Bruxelas. Em Berlim, o Portão de Brandemburgo exibia as cores da bandeira belga.
Foto: Reuters/F. BenschNa capital francesa, atingida por ataques terroristas há apenas quatro meses, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da Bélgica.
Foto: Reuters/P. Wojazer