Organizadores cancelaram uma marcha contra o medo marcada para este domingo (27/03), em Bruxelas, após autoridades pedirem que pessoas não participem do ato por motivos de segurança e por causa da já sobrecarregada força policial do país.
O ministro do Interior, Jan Jambon, e o prefeito da capital, Yvan Mayeur, pediram que a manifestação em resposta aos atentados da última terça-feira contra o aeroporto e uma estação de metrô em Bruxelas seja adiada por algumas semanas.
"Convidamos os cidadãos a não participarem da manifestação de amanhã [domingo]", afirmou o ministro do Interior. Já o prefeito lembrou que o nível de ameaça "continua elevado" e a capacidade de mobilização da polícia está comprometida por conta das ações de busca e prisão de suspeitos de envolvimento com os ataques.
A "Marcha contra o medo" foi promovida por meio das redes sociais em resposta aos atentados realizados na terça-feira o aeroporto internacional de Zaventem e a estação de metrô de Maelbeek, que deixarem ao menos 31 mortos e centenas de feridos.
Um dos organizadores da marcha, Emmanuel Foulon, que também é porta-voz do Parlamento Europeu, afirmou compreender o argumento e que concordou em adiar o ato. "A segurança de nossos cidadãos é uma prioridade absoluta", afirmou.
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No dia seguinte aos atentados terroristas de 22 de Março, a capital belga presta homenagens às mais de 30 vítimas, com flores, velas e um minuto de silêncio. Cidades como Paris e Berlim também manifestam solidariedade.
Foto: Getty Images/C. FurlongA Place de la Bourse é um tradicional ponto de encontro de Bruxelas. Esta vista aérea dá uma ideia melhor da multidão reunida para homenagear as vítimas do terrorismo na capital belga.
Foto: Getty Images/AFP/K. TribouillardPessoas observam um minuto de silêncio no largo da Place De La Bourse, a Praça da Bolsa, no centro de Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março de 2016.
Foto: Getty Images/C. FurlongDiversas autoridades europeias participaram das homenagens na capital belga. Na foto, à frente, aparecem o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o rei Filipe da Bélgica, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a rainha Matilde da Bélgica e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Foto: Reuters/F. LenoirFlores foram depositadas diante da estátua Manneken Pis, uma das principais atrações turísticas da capital belga.
Foto: Reuters/V. KesslerLogo depois dos ataques, as pessoas começaram a se reunir em homenagem às vítimas na capital belga.
Foto: Reuters/C. PlatiauLogo cedo já havia muitas flores e velas neste memorial improvisado diante do antigo prédio da bolsa de valores, na Place de la Bourse.
Foto: picture-alliance/empicsO memorial improvisado na Place de la Bourse foi tomando forma ao longo da noite depois dos atentados terroristas.
Foto: Getty Images/C. FurlongA expressão de solidariedade "Je suis Bruxelles" (eu sou Bruxelas) ganhou força depois dos ataques na capital belga. Trata-se de uma referência à frase "Je suis Charlie", usada após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo", em Paris, em 2015.
Foto: Getty Images/C. FurlongEm diversas cidades, monumentos foram iluminados em solidariedade às vítimas dos atentados terroristas em Bruxelas. Em Berlim, o Portão de Brandemburgo exibia as cores da bandeira belga.
Foto: Reuters/F. BenschNa capital francesa, atingida por ataques terroristas há apenas quatro meses, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da Bélgica.
Foto: Reuters/P. Wojazer