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Bruxelas, no dia seguinte aos ataques

Kathleen Schuster (rc)24 de março de 2016

Após os atentados na capital da Bélgica, governo pede que as pessoas retomem suas vidas normais. A cidade vive uma calma relativa, mas o retorno à normalidade ainda deverá levar algum tempo.

Belgien Brüssel Demonstration Schweigeminute Anschlag
Foto: DW/K. Schuster

No dia seguinte aos ataques terroristas em Bruxelas, o governo da Bélgica pediu que as pessoas retomassem suas vidas normais. Apesar da calma relativa que se via na cidade nesta quarta-feira (24/03), não se pode dizer que a normalidade estava restaurada.

Um grande número de pessoas se reunia em frente ao Palais de La Bourse, a sede da Bolsa de Valores, na capital belga. Nos degraus da escadaria do edifício de estilo neoclássico, muitos protestavam contra o terrorismo, com cartazes e bandeiras manifestando repúdio ao ódio.

Pessoas formavam um círculo ao redor de velas acesas em homenagem aos mortos, em meio aos muitos desenhos de giz feitos no dia anterior, com mensagens de paz e de consternação. Repórteres iluminados pelas fortes luzes das câmeras de filmagem se posicionavam entre os protestos pacíficos e os curiosos que por ali passavam.

Em outras partes da cidade, como na estação ferroviária, não se via o mesmo burburinho que reverberava nos edifícios próximos à sede da Bolsa de Valores. Na estação central, os passageiros que se dirigiam ao metrô de Bruxelas tinham que passar por dois controles de segurança.

Um grupo de soldados permanecia no local, em meio a uma quantidade bastante reduzida de pessoas que utilizavam o transporte público.

A presença de soldados na cidade se tornou habitual, desde os ataques em Paris, em novembro. Nesta quarta-feira, porém, eles permaneciam prontos para uma reação rápida, trajando uniformes camuflados e portando rifles de assalto. Aos que tentavam fotografá-los, os soldados afirmavam que "tirar fotos de atividades de segurança é ilegal".

Homenagens às vítimas do terrorismo em Bruxelas

01:24

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Ao serem questionadas sobre como se sentiam no dia após os ataques, as pessoas, em geral, respondiam que estavam bem. Um funcionário de um hotel conta que desde os atentados, trezentas reservas foram canceladas. Mesmo assim, diz que a situação é bem melhor do que no dia anterior, quando ninguém sabia o que estava acontecendo.

Enquanto observava as manifestações em frente à Bolsa de Valores, um irlandês que vive em Bruxelas comenta sobre a calma relativa na cidade, dizendo que pode estar associada ao feriado de Páscoa.

Todos comentam sobre os atentados, mas é difícil saber se as pessoas estão em choque ou em estado de negação."Algo ruim aconteceu. O que mais se pode dizer", pergunta o irlandês.

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