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Alemanha aprova mínimo de 8,50 euros

3 de julho de 2014

Mudança passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2015, prevendo um período de transição de dois anos para alguns setores. Social-democratas festejam aprovação.

Foto: picture-alliance/dpa

Após meses de debates, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) aprovou nesta quinta-feira (03/07) a introdução do salário mínimo de 8,50 euros (cerca de 25 reais) por hora em todo a Alemanha.

A mudança passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2015, prevendo um período de transição de dois anos para alguns setores. Na prática, portanto, somente a partir de 2017 ele valerá para todos os trabalhadores. Ainda falta a aprovação do Bundesrat (câmara alta), considerada mera formalidade.

O salário mínimo é uma bandeira da campanha eleitoral do SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha) e uma das condições impostas pelo partido para integrar a chamada grande coalizão ao lado da União Democrata Cristã (CDU, partido da chanceler federal Angela Merkel) e da União Social Cristã (CSU).

"Este é um marco na política social e trabalhista na Alemanha. Para muitas pessoas, este é o maior aumento salarial das suas vidas", afirmou a ministra do Trabalho, Andrea Nahles, do SPD.

Ministra alemã do Trabalho, Andrea Nahles, fala em marco na política social e trabalhistaFoto: picture-alliance/dpa

A aprovação foi criticada por empresários, que alertaram para o risco de demissões. Para os opositores, o risco é ainda maior entre as pequenas empresas situadas na região da antiga Alemanha comunista, onde os salários tendem a ser mais baixos.

Ao contrário da maioria dos outros países europeus, a instituição de um piso oficial sempre foi polêmica na Alemanha. O argumento é de que isso representaria uma interferência da política nas negociações salariais entre sindicatos e empregadores.

A introdução do salário mínimo teve o apoio de 535 parlamentares, de um total de 601 votantes. A aprovação necessitava de 316 votos. O partido de oposição A Esquerda se absteve.

IP/rtr/dpa

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