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Bundeswehr rejeita 63 por extremismo em dois anos

21 de julho de 2019

Forças Armadas alemãs recusaram o alistamento de dezenas de candidatos por envolvimento com radicalismo. Deles, 21 foram tidos como extremistas de direita. Em 12 casos, foram identificados islamistas.

Soldado alemão durante treinamento aponta fuzil, atrás de mureta de sacos de pano
Soldado alemão durante treinamentoFoto: picture-alliance/U. Baumgarten

Nos últimos dois anos, a Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) rejeitou 63 candidatos por preocupações sobre segurança. Deles, 18 foram classificados como neonazistas e três como chamados reichsbürger – autointitulados "cidadãos do Reich", que rejeitam a legitimidade da atual República Federal da Alemanha e adotam para si as antigas fronteiras de 1937 do Terceiro Reich. Em 12 casos, foram identificados islamistas, dois foram considerados extremistas de esquerda.

Seis candidatos foram considerados suspeitos de integrarem grupos extremistas estrangeiros e outros foram rejeitados por serem criminosos ou violentos.

Atualmente, 27 integrantes da Bundeswehr estão sendo investigados por possível envolvimento com o Identitäre Bewegung  (Movimento Identitário), grupo considerado de extrema direita, ativo na Alemanha desde 2012. Em dois desses casos, os militares são suspeitos de serem membros do movimento.

O levantamento foi divulgado pelo Ministério da Defesa alemão, respondendo a  questionamento da bancada parlamentar do partido A Esquerda. Foram investigados 43.775 candidatos pelo Serviço alemão de Contrainteligência Militar (MAD), entre julho de 2017 e junho de 2019.

A ministra alemã da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, negou que a Bundeswehr tenha qualquer problema de atitude em relação ao extremismo de direita. "Não há suspeita generalizada alguma contra nossos soldados", garantiu, em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Ela ressaltou que eles, "que arriscam suas vidas em serviço, merecem nossa total confiança e apoio", ponderando, entretanto que isso não significa que não haja necessidade de "se observar mais atentamente onde possa ser preciso um trabalho mais crítico".

MD/afp/dpa

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