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Busca por voo MH370: objetos vistos no mar são dejetos de pesqueiros

30 de março de 2014

Equipes vão se concentrar na busca pelas caixas-pretas do avião desaparecido, com ajuda de um detector especial. Famílias dos passageiros chegam à Malásia para pedir explicações ao governo.

Foto: Reuters

Continua o mistério sobre a queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Neste domingo (30/03), a Autoridade de Segurança Marítima Australiana (AMSA, na sigla em inglês) confirmou que os objetos avistados por aviões na sexta-feira não são restos do voo MH370.

Segundo a AMSA, os destroços resgatados no sábado por um navio chinês que faz parte da equipe de busca são artigos de pesca e lixo. Neste domingo, oito navios e dez aviões de seis países continuam a procura pelo Boeing 777 em uma área de 319 mil quilômetros quadrados no Oceano Índico. A região fica a 1.859 quilômetros da cidade australiana de Perth.

As equipes de busca vão se concentrar agora em encontrar as caixas-pretas do avião. Um detector especial e um drone submarino chegaram dos Estados Unidos para auxiliar na busca. Segundo a AMSA, eles serão transportados nesta segunda-feira por um navio da marinha australiana para a região onde acredita-se que o avião caiu.

A partir do sinal enviado pelas caixas-pretas, o detector pode localizá-las a uma profundidade de seis mil metros. Mas resta pouco tempo, pois elas são equipadas com um transmissor que envia sinais por cerca de 30 dias, tempo de duração das baterias.

"Os 30 dias são o mínimo", afirma Mark Matthews, especialistas da Marinha dos Estados Unidos ao jornal Perth Now. O especialista acredita que os aparelhos devem enviar sinais por cerca de 45 dias, dessa maneira as equipes de busca calculam que têm até o dia 20 de abril para localizá-las.

Famílias pedem respostas

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, voltou a afirmar que não descansará enquanto não for feito "tudo que é possível" para localizar o avião e garantiu que o país gastará "o que deve ser gasto" para solucionar os mistérios do voo MH370.

Neste domingo, parentes dos passageiros chineses chegaram a Kuala Lumpur para pedir ao governo malaio respostas sobre o desaparecimento do avião. Eles acusam o governo da Malásia de incompetência durante a busca, além de esconder informações.

Os familiares também estão irritados com o anúncio feito pelo primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, na segunda-feira, informando que, com base em cálculos e dados de satélite, o avião havia caído no Oceano Índico e que não restavam sobreviventes.

O Boeing 777 saiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim e desapareceu no dia 8 de março, com 239 ocupantes, sendo 153 deles chineses.

CN/rtr/dpa/afp

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