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Câmara dos EUA aprova aumento do auxílio emergencial

29 de dezembro de 2020

Ajuda financeira aos cidadãos abalados pela crise gerada pela covid-19 é ampliada para US$ 2 mil dólares, ao invés dos US$ 600 aprovados inicialmente. Medida será avaliada pelo Senado, de maioria republicana.

Aprovação do aumento do auxílio emergencial ocorre em rara sessão da Câmara dos EUA em pleno feriado de fim de ano
Aprovação do aumento do auxílio emergencial ocorre em rara sessão da Câmara dos EUA em pleno feriado de fim de anoFoto: Getty Images/AFP/S. Loeb

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (28/12) a ampliação do valor da ajuda financeira para os americanos que atravessam dificuldades em razão da crise gerada pelo coronavírus.

A aprovação, em uma rara sessão extraordinária da Câmara realizada em pleno feriado de fim de ano, encerra uma semana de um impasse gerado pelo presidente Donald Trump, que havia se recusado inicialmente a sancionar o pacote de ajuda de 900 bilhões de dólares.

O valor do cheque de estímulo foi aumentado para 2 mil dólares (cerca de R$ 10,4 mil), ao invés dos 600 dólares previstos no texto original, aprovado há uma semana pela Câmara e pelo Senado.

O pacote de 900 bilhões de dólares visa trazer alívio a cidadãos e empresas que enfrentam dificuldades em razão dos abalos à economia provocados pela pandemia de covid-19. As medidas foram incluídas na lei do orçamento do governo federal até setembro de 2021, de valor total de 2,3 bilhões de dólares (R$ 12 bilhões).

Na terça-feira da semana passada, Trump definiu o pacote como uma "desgraça", e se recusou a assinar a legislação, exigindo que o valor dos cheques de estímulo para americanos fosse elevado de 600 para 2 mil dólares e que diversos gastos governamentais já planejados fossem retirados do texto.

A recusa gerou forte pressão de congressistas de ambos os partidos sobre o presidente. Republicanos e democratas haviam chegado a um acordo após meses de negociação com o governo, e aprovado o texto por ampla margem de votos.

Aprovação do aumento nas mãos do Senado

Nesta segunda-feira, os democratas fizeram uso de sua maioria na Câmara e aprovaram a ajuda adicional por 275 votos contra 134. A medida contou com o apoio de dezenas de parlamentares do Partido Republicano, amplamente dividido sobre a questão.

A aprovação final do aumento está agora nas mãos do Senado, que debaterá a questão nesta terça-feira. "Os republicanos tem uma escolha: votem a favor dessa legislação ou votem para negá-la ao povo americano”, afirmou a líder da maioria na Câmara, Nancy Pelosi.

A lei sancionada por Trump garante, além do estímulo financeiro para todos os americanos com rendimentos inferiores a 75 mil dólares (R$ 393 mil) por ano, subsídios de 300 dólares (R$ 1,6 mil) por semana aos desempregados.

Na mesma sessão, a Câmara dos Representantes derrubou um veto de Trump a um projeto de lei que visa garantir 740 bilhões de dólares para a defesa, o que significa mais uma dura derrota para o presidente a poucas semanas do final de seu mandato.

RC/ap/rtr

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