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Câmera pode ajudar polícia a esclarecer acidente de Schumacher

4 de janeiro de 2014

Estado de saúde do ex-piloto alemão ainda é crítico, mas estável. Família do heptacampeão desmente que tenha relutado em entregar a investigadores dispositivo preso a capacete que pode ter filmado queda.

Foto: picture-alliance/dpa

O estado de saúde do heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher ainda é considerado crítico, mas estável, divulgou neste sábado (04/01) através de uma nota a empresária e porta-voz do piloto, Sabine Kehm.

Ela ressaltou também que, ao contrário de especulações da mídia, a família entregou voluntariamente aos investigadores a minicâmera que estava presa ao capacete do piloto e que deverá ajudar a polícia a esclarecer o acidente.

Schumacher sofreu traumatismo craniano em um acidente de esqui no domingo (29/12), ao cair e bater com a cabeça contra uma rocha, nos Alpes franceses. Ele sofreu duas cirurgias na cabeça e se encontra em coma induzido, no Hospital Universitário de Grenoble, na França.

"Insistimos que toda informação sobre sua saúde que não seja fornecida pelos médicos ou pela direção do hospital deve ser considerada nula ou pura especulação", declarou Kehm, um dia após o aniversário de 45 anos do ex-piloto alemão.

Ela afirmou, ainda, que a próxima coletiva dos médicos deverá ser realizada na segunda-feira. O comunicado da porta-voz visava aparentemente rebater notícias divulgadas, principalmente pela imprensa francesa, de que a vida de Schumacher já estaria fora de perigo.

"Família entregou câmera voluntariamente"

Sobre a câmera que estava no capacete do ex-piloto na hora do acidente, Kehm disse que a família entregou o equipamento voluntariamente aos investigadores. "Não é verdade que isso tenha ocorrido contra a vontade da família", ressaltou a porta-voz.

A minicâmera é agora o principal foco da investigação sobre o acidente de esqui do heptacampeão de Fórmula 1. A existência do aparelho foi revelada publicamente na sexta-feira (03/01), cinco dias após o acidente próximo ao resort de esqui da localidade de Méribel. No mesmo dia, a mídia noticiou que o filho de Schumacher – Mike, de 14 anos – também fora interrogado pela polícia francesa.

Sabine Kehm, empresária e porta-voz de SchumacherFoto: Getty Images

Minicâmeras são cada vez mais usadas principalmente por atletas de esportes radicais, como mergulhadores, esquiadores e paraquedistas. Com esses equipamentos, pouco menores que um maço de cigarro, os atletas podem gravar suas façanhas e disponibilizá-las na internet, compartilhando as imagens com amigos.

Versões contraditórias para queda

Ainda não se sabe se a câmera que Schumacher usava filmou o momento do acidente ou se os registros foram danificados pelo forte impacto. As imagens podem ser cruciais na investigação de como ocorreu a queda, para a qual há versões conflitantes.

Segundo o promotor de Albertville e a diretoria da estação de esqui, Schumacher estaria esquiando em alta velocidade e fora da pista no momento do acidente. A empresária de Schumacher ressaltou, no entanto, que o ex-piloto não estava em alta velocidade, porque tinha acabado de ajudar uma pessoa que havia caído.

Schumacher sofreu o acidente numa área entre duas pistas demarcadas. Uma questão ainda em aberto é se o local, onde há várias rochas escondidas pela neve, estaria suficientemente demarcada como região perigosa.

"Não acho que seja normal que exista uma área de pedras entre duas pistas delimitadas que não seja bloqueada por cercas" , criticou o ex-piloto de Fórmula 1 Philippe Streiff, em entrevista ao jornal L'Equipe, insinuando uma eventual responsabilidade da estação de esqui pelo acidente.

MD/afp/dpa

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