Cães farejadores de covid: eficazes e baratos, mas esnobados
Teri Schultz
23 de outubro de 2020
Pesquisadores da Finlândia já estão utilizando cachorros treinados para detectar o coronavírus, com precisão de quase 100%. Preconceito de ser diagnosticado por um animal explica desinteresse de políticos.
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A Europa está em pânico em meio ao segundo surto de covid-19, com taxas de contágio explodindo e os PIBs despencando. A Bélgica acaba de anunciar que não mais testará cidadãos assintomáticos, mesmo que tenham tido contato com um portador da doença, pois o acúmulo de amostras a processar é esmagador. Outros países europeus estão igualmente se debatendo para manter em dia sua testagem e rastreamento.
Enquanto isso, numa pequena cabine no aeroporto da capital da Finlândia, Helsinque, o cão farejador Kossi só precisa de alguns segundos para alertar se alguém está contaminado com o Sars-Cov-2. Tudo em troca de seu pagamento preferido: um bocado de comida de gato.
Se dependesse de Kossi e seus colegas, multidões de potenciais portadores do vírus seriam triadas numa fração do tempo e do custo, e sem o desconforto físico envolvido no atual teste com cotonete nasal, baseado no método de reação em cadeia da polimerase (RCP).
Após farejar um pano esfregado num punho ou pescoço, um cão treinado é capaz de identificar imediatamente se o indivíduo em questão contraiu o novo coronavírus, até cinco dias antes do aparecimento de qualquer sintoma que implicaria uma quarentena.
"Um cachorro poderia facilmente salvar tantas, tantas vidas", comenta a pesquisadora de veterinária Anna Hielm-Björkman, da Universidade de Helsinque, acrescentando que seu teste tem uma precisão de quase 100%.
Foi dela a ideia original de conferir se Kossi conseguiria redirecionar seus talentos de farejador de doenças, assim que o novo vírus começou a se alastrar na Europa. Até então treinado para detectar mofo, percevejos e câncer, "ele só levou sete minutos para compreender: 'OK, é isso que vocês querem que eu procure'". O fato "nos deixou completamente de queixo caído", conta a pesquisadora.
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Também uma questão de custos
Susanna Paavilainen, diretora executiva da fundação de detecção olfativa Wise Nose, imediatamente começou a retreinar seus cães para encontrar o coronavírus. Oito anos antes, ela salvara Kossi de ser sacrificado num abrigo canino da Espanha.
Cães que detectam coronavírus ainda encontram resistência
02:10
Miina, que monitorava através do olfato os níveis de açúcar no sangue de uma menina, rapidamente aderiu, sendo seguida por dois outros animais. Ao todo, a fundação pretende treinar 15 cães numa primeira fase.
Hielm-Björkman reconhece que, após ter descoberto essas novas aptidões, o procedimento acadêmico padrão teria sido testar, publicar e obter revisões independentes (peer review). No entanto, seu primeiro instinto foi colocar os cachorros em ação. Pois os pesquisadores que estão publicando "não estão nos aeroportos", comenta com ironia.
Para isso, contudo, era necessário permissão e, idealmente, algum financiamento. O vice-prefeito da cidade de Vantaa, Timo Aronkytö, que também é responsável pela segurança do aeroporto, percebeu a vantagem imediatamente: "Só precisei de dois minutos", diz ele.
No entanto suas opções de patrocínio se limitavam a cerca de 330 mil euros, no total, para o projeto piloto de quatro meses, visando provar que os resultados da avaliação canina eram pelo menos tão precisos quanto os do teste de RCP. Assim, todos os voluntários que testam positivo na cabine de Kossi devem se dirigir à unidade médica para confirmação.
O interesse de Aronkytö, como médico formado, é tanto em saúde quanto em finanças. "Nossa testagem nos aeroportos custa mais de 1 milhão de euros por mês, no momento", e ele prevê que, no inverno, a cifra chegará aos 3 milhões de euros mensais. "Estes cachorros são muito mais baratos", frisa.
Ele está otimista de que o apoio crescerá à medida que se acumulem os dados sobre o projeto piloto. E revela que já se está trabalhando para mudar a legislação finlandesa, a fim de conferir aos cães farejadores a mesma "autoridade" que têm seus colegas na alfândega.
O vice-prefeito prevê até que, no futuro próximo, um mesmo animal desempenhe ambas as funções. Ele pretende manter o atual nível de financiamento municipal até 2021. Isso, porém, não inclui o treinamento de novos animais, nem a expansão da capacidade para além dos quatro que no momento se alternam no aeroporto – embora os níveis de contágios cresçam.
Pouco interesse oficial
De estranhar é o governo finlandês até agora não ter manifestado disposição em assumir o programa, apesar da enorme publicidade e, como enfatizam Hielm-Björkman e Paavilainen, interesse de outros países.
Os passageiros têm se disposto a esperar em fila até uma hora, por vezes, só para participar. A embaixadora da Finlândia em Ramallah, Paivi Peltokoski, louvou recentemente a experiência após uma viagem, mas seu entusiasmo não foi bastante contagioso.
"Se o governo já visse isto como algo em que acredita", a visão de Hielm-Björkman incluiria treinar centenas de farejadores e postá-los em salas de concertos, estádios esportivos ou lares para idosos.
Em sua opinião, é preciso haver uma "mudança de paradigma", tanto entre os profissionais da medicina como entre o público. Pois normalmente são os médicos que dizem aos pacientes que eles estão doentes, e "aqui é um treinador de cães", explica.
Essa situação não se limita à Finlândia. Também na Alemanha, pesquisadores anunciaram resultados promissores com cães como detectores de covid-19, porém até agora eles não foram empregados em parte alguma.
Segundo o professor Holger Volk, da Universidade de Medicina Veterinária de Hannover, não tem havido nem vontade política nem verbas para levar o projeto adiante – fato que ele considera "muito preocupante", sobretudo em face do aumento dos contágios.
"Quando começamos todo este projeto, foi porque queríamos ajudar a combater a pandemia. Tem sido uma jornada muito frustrante, encontrei muitos negadores, no processo todo. Se não fosse uma pessoa determinada, que já fez muitas pesquisas, eu provavelmente teria parado."
Ele endossa a avaliação de Anna Hielm-Björkman de que "os médicos simplesmente não conseguem conceber que cachorros possam fazer esse trabalho de precisão". Ao mesmo tempo, Volk ecoa a fé que ela mostra por sua descoberta: "Se você tivesse um cachorro para farejar todo dia seu quadro de funcionários, pense no impacto: você ia poder continuar com o seu negócio."
Por falar em locais de trabalho, Susanna Paavilainen está começando a considerar que, caso a Finlândia não esteja disposta a aproveitar o potencial canino, ela e Kossi podem aceitar alguma das muitas ofertas, de todo o mundo, para prover treinamento. "Podemos nos mudar, porque Kossi gosta de clima quente", brinca, afagando seu astro farejador.
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/M. Pimentel
Sean Connery morre aos 90 anos
Uma das maiores estrelas do cinema, o ator escocês Sean Connery morreu aos 90 anos. Ele morreu enquanto dormia nas Bahamas.O ator ganhou fama mundial ao dar vida no cinema ao agente secreto James Bond, sendo o primeiro ator a interpretar o personagem. Ao longo de sua carreira, ganhou um Oscar, um Globo de Ouro, dois BAFTA e foi nomeado cavaleiro pela rainha da Inglaterra Elisabeth 2ª. (31/10)
Foto: Danny Lawson/dpa/picture-alliance
Forte terremoto atinge a Turquia
Um terremoto de magnitude 6,6 na escala Richter atingiu a cidade de Izmir, na Turquia, na costa do mar Egeu. O tremor deixou vários mortos e centenas de feridos no município, que é o terceiro maior do país. Imagens mostraram carros soterrados pelos escombros e pessoas em pânico. O terremoto foi sentido em cidades próximas e também na metrópole de Istambul, a cerca de 540 quilômetros. (30/10)
Foto: DHA
Ataque mata brasileira e mais dois em Nice
Três pessoas morreram, incluindo uma mulher degolada e uma brasileira, num ataque com faca numa igreja na cidade de Nice, no sul da França. O agressor, um tunisiano nascido em 1999, foi ferido a tiros pela polícia e levado a um hospital. Dois foram mortos dentro da Basílica Notre-Dame, e uma terceira pessoa, uma baiana de 44 anos, foi gravemente ferida e morreu num café nas imediações. (29/10)
Foto: Serge Haouzi/Xinhua/picture alliance
Novo lockdown na Alemanha
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e os governadores dos 16 estados decidiram endurecer as medidas restritivas na tentativa de conter o avanço da covid-19 no país. Em reunião por videoconferência, eles acertaram um lockdown parcial de um mês de duração, que inclui o fechamento de restaurantes, bares, academias e cinemas, além da limitação da reunião entre pessoas. (28/10)
Foto: Fabrizio Bensch/Pool/REUTERS
Mais uma conservadora na Suprema Corte
A conservadora e católica devota Amy Coney Barrett tomou posse como juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, após ter seu nome confirmado pelo Senado americano por 52 votos a 48. Ela havia sido indicada para o posto pelo presidente Donald Trump, para substituir Ruth Bader Ginsburg, uma das mais célebres figuras progressistas do tribunal, que morreu em setembro. (26/10)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Lua tem mais água do que se pensava
A Lua pode ser muito mais rica em água do que se pensava anteriormente, segundo sugeriram dois novos estudos publicados na revista "Nature Astronomy". As pesquisas não só comprovaram a existência "inequívoca" de moléculas de H2O na superfície do satélite terrestre, como apontaram que elas estariam presentes em grandes quantidades, inclusive em forma de gelo. (26/10)
Foto: Richard Addis
Espanha volta a declarar estado de emergência
A explosão no número de casos de coronavírus levou o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, a declarar estado de emergência em território nacional. É a segunda vez que a medida é tomada na pandemia. O governo quer que o estado de emergência dure até o início de maio e estabeleceu toque de recolher entre as 23h e 6h da manhã. Os estados, porém, terão liberdade para decidir a faixa de horário. (25/10)
Foto: Manu Fernandez/AP Photo/picture-alliance
Alemanha ultrapassa 10 mil mortes por covid-19
A Alemanha ultrapassou a marca de 10 mil mortes por covid-19 desde o começo da pandemia. O Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas, relatou 49 mortes em 24 horas, elevando o total para 10.003. O país também registrou um novo recorde de casos diários, com 14.714 novas infecções em 24 horas. (24/10)
Foto: Christoph Soeder/dpa/picture alliance
França ultrapassa 1 milhão de casos de covid-19
A França ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de covid-19, após registrar mais de 40 mil novas infecções por dois dias consecutivos, e se tornou o segundo país da Europa, depois da Espanha, a atingir esse número simbólico de casos. Especialistas afirmam que o número real de infecções é provavelmente muito maior dos divulgados oficialmente, devido à pouca testagem no início da pandemia. (23/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Polônia praticamente bane o aborto
Um tribunal constitucional na Polônia decidiu que a realização de abortos por anormalidade fetal viola a Constituição. A decisão significa uma proibição quase total da interrupção da gravidez em um país com as leis contra aborto mais rigorosas da Europa. (22/10)
Foto: picture-alliance/Zumapress/I. Berezowska
França homenageia professor decapitado
A França homenageou o professor que foi decapitado num subúrbio de Paris, após mostrar uma caricatura do profeta islâmico Maomé em sala de aula. Na cerimônia solene, o professor recebeu o título póstumo da Legião de Honra, a mais alta condecoração na França. O presidente Emmaniel Macron disse que o docente foi morto por ensinar alunos a serem cidadãos. (21/10)
Foto: Francois Mori/Pool/Reuters
Irlanda é o primeiro país da UE a reimpor lockdown
A Irlanda é o primeiro país da União Europeia a impor um segundo lockdown para conter a disseminação do coronavírus a partir da meia-noite desta quarta-feira. Comércios e serviços não essenciais ficarão fechados por seis semanas, mas escolas e creches permanecerão abertas. Exercícios ao ar livre serão permitidos num raio de até 5 quilômetros de casa. (20/10)
Foto: Paul FaithAFP/Getty Images
Mundo ultrapassa 40 milhões de casos de covid-19
O mundo ultrapassou a marca de 40 milhões de infecções por coronavírus, enquanto a Europa vive uma segunda onda de contágios, com cada vez mais países anunciando novas restrições. Mais da metade dos casos totais se concentram nos Estados Unidos (8.155.592), Índia (7.550.273) e Brasil (5.224.362). Em todo o mundo, já foram registradas 1.113.962 mortes em decorrência da covid-19. (19/10)
Foto: Alexander Demianchuk/TASS/dpa/picture-alliance
Banksy leva consolo a hotspot de covid
Num muro de Nottingham, Inglaterra, apareceu uma nova obra do misterioso "street artist" Banksy. Ela mostra uma menina brincando de bambolê. Na frente, acorrentada a um poste, está uma bicicleta (de verdade) com uma roda só. Os locais interpretam a imagem como um estímulo em meio à crise. Nottingham tem o mais alto nível de contágios no país. (18/10)
Foto: Carl Recine/Reuters
Ardern é reeleita na Nova Zelândia
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, foi a grande vencedora das eleições gerais realizadas na Nova Zelândia. "O país demonstrou o mais forte apoio ao Partido Trabalhista em pelo menos 50 anos", disse Ardern a seus correligionários eufóricos em Auckland, no discurso de vitória. A vitória esmagadora permitirá ao Partido Trabalhista assumir sozinho o governo. (17/10)
Foto: David Rowland/Reuters
Homem é decapitado nos arredores de Paris
Um homem foi decapitado em um subúrbio a noroeste de Paris. O agressor, um homem de origem argelina, foi morto a tiros pela polícia. Segundo a imprensa francesa, a vítima era um professor de História que mostrou caricaturas de Maomé para alunos. A seção antiterrorismo do Ministério Público francês abriu uma investigação por "assassinato em conexão com motivação terrorista. (16/10)
Foto: Charles Platiau/Reuters
Alemães voltam a estocar papel higiênico
Com o aumento no número de casos de covid-19 na Alemanha e a possibilidade de novas restrições, algumas redes de supermercado do país já começaram a registrar aumento na demanda por determinados produtos, como papel higiênico. Em março e abril, no auge da pandemia na Europa, as chamadas Hamsterkäufe (compras de Hamster) fizeram vários itens desapareceram das prateleiras. (15/10)
Foto: DW/M. Müller
Macron anuncia toque de recolher em Paris e outras oito cidades
O governo da França declarou estado de emergência de saúde pública por causa da covid-19 e a imposição de um toque de recolher entre 21h e 6h em nove cidades francesas, com previsão de multa de até 135 euros para quem desrespeitar a medida. As cidades que vão ficar sob toque de recolher são: Paris, Rouen, Lille, Saint-Etienne, Lyon, Grenoble, Montpellier, Marselha e Toulouse. (14/10)
FMI melhora previsão para o PIB brasileiro em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá recuar 5,8% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. O dado é um pouco mais otimista do que a projeção divulgada em junho, que havia apontado tombo de 9,1% em 2020. (13/10)
Foto: picture-alliance/Agencia Brazil/T. Rêgo
Mudanças climáticas dobram ocorrência de desastres naturais, diz ONU
Relatório da ONU afirma que ao menos 7.348 desastres naturais ocorreram entre os anos 2000 e 2019, o que resultou na perda de 1,23 milhões de vidas e afetou 4,2 bilhões de pessoas, além de custar à economia global em torno de 2,97 trilhões de dólares. Catástrofes como enchentes e incêndios foram impulsionadas em todo o mundo pelo aquecimento global. (12/10)
Foto: Valery Hache/AFP/Getty Images
Parada do Orgulho LGBT de Colônia sobre bicicletas
A maior parada do Orgulho LGBT+ da Alemanha, na cidade de Colônia, pôde finalmente ocorrer após ter sido cancelada em junho em razão da pandemia. Mas, para assegurar o distanciamento social e a saúde dos participantes, o evento foi realizado sobre bicicletas. A maioria das pessoas também usava máscaras de proteção. (11/10)
Foto: Thilo Schmuelgen/Reuters
Brasil supera 150 mil mortes por covid-19
Brasil acumula 150.198 mortes por covid-19, quase sete meses após o início da epidemia da doença no país. A morte da primeira vítima do coronavírus em solo brasileiro foi registrada no dia 12 de março. País soma 5.082.637 infecções. (10/10)
Foto: picture-alliance /ZUMAPRESS.com/PPI
Nobel da Paz premia Programa Alimentar Mundial da ONU
A maior agência humanitária do mundo foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz por seu empenho no combate à fome e pelo trabalho durante a pandemia de covid-19. Segundo a ONU, mais de 821 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome crônica, enquanto outros 135 milhões enfrentam fome severa e outros 130 milhões podem vir a se juntar a esse grupo no final de 2020. (09/10)
Foto: Niklas Elmehed for Nobel Media
Mundo registra aumento recorde de casos diários de covid-19
A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou um aumento recorde de casos diários de covid-19 em todo o mundo, com um total de 338.779 infecções. Somente na Europa, foram 96.996 casos em um dia, o maior total para o continente já registrado pela OMS, que supera o número diário de infecções nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia, os três países mais afetados pela pandemia. (08/10)
Foto: Cristian Leyva/NurPhoto/picture alliance
Criadoras da "tesoura genética" ganham Nobel de Química
As pesquisadoras Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna foram agraciadas com o Prêmio Nobel de Química pela descoberta de um método para a edição do genoma conhecido como CRISPR-Cas9 ou "tesoura genética". A francesa Charpentier e a americana Doudna se tornaram a sexta e a sétima mulheres a serem agraciadas com o Nobel de Química, se juntando à lista que inclui Marie Curie. (07/10)
Foto: Niklas Elmehed for Nobel Media
Nobel de Física premia pesquisa sobre buracos negros
O Nobel de Física de 2020 premiou três cientistas cujas pesquisas resultaram na descoberta de como se formam os buracos negros no universo. Os agraciados são o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez. A premiação celebra "um dos mais exóticos objetos no universo", ou seja, os buracos negros, "onde o tempo parece estar suspenso". (06/10)
Descobridores da hepatite C recebem Nobel de Medicina
O trio de pesquisadores Harvey Alter, Charles Rice e Michael Houghton foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina, pela descoberta do vírus da hepatite C. Segundo o comitê responsável pelo prêmio, os três – Alter e Rice são americanos, e Houghton, britânico – foram escolhidos por sua luta contra a hepatite, "um grande problema de saúde global que causa cirrose e câncer de fígado". (05/10)
Foto: Niklas Elmehed/Nobel Media
Nova encíclica papal
O papa Francisco criticou o neoliberalismo e o populismo na sua nova encíclica, na qual apresentou uma visão para o mundo pós-coronavírus. O documento pede mais solidariedade para o enfrentamento de problemas globais como as mudanças climáticas ou a injustiça causada pela desigualdade econômica. Essa é a terceira encíclica do pontificado de Francisco e primeira divulgada em cinco anos. (04/10)
Foto: Divisione Produzione Fotografica/Vatican Media/picture-alliance
30 anos da Reunificação da Alemanha
Em discurso na cerimônia pelos 30 anos da Reunificação da Alemanha, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, agradeceu aos cidadãos alemães e aos parceiros internacionais pela contribuição à unidade do país. "Foi preciso muita coragem para chegar lá", disse. A cerimônia ocorreu sob restrições devido à pandemia. (03/10)
Foto: Sean Gallup/Getty Images
Trump afirma que está com covid-19
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ele a primeira-dama, Melania, contraíram o novo coronavírus. Trump foi transferido para um hospital por precaução, onde deve permanecer nos próximos dias.Desde o início, Trump vinha menosprezando a doença. Ele ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde e vinha realizando eventos de campanha. (02/10)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queimadas no Pantanal batem recorde
As queimadas no Pantanal bateram o recorde histórico em setembro, segundo dados divulgados pelo Inpe. No mês, foram registrados 8.106 focos de calor no bioma, o maior número contabilizado desde o início do monitoramento em 1998.Em setembro, houve um aumento de 180% nos incêndios no Pantanal em relação ao mesmo mês de 2019. (01/10)