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Células-tronco como terapia contra impotência

25 de março de 2017

Pesquisadores dinamarqueses testam com sucesso solução para disfunção erétil com uma única injeção – no pênis. Caminho até as farmácias ainda é longo, mas os sinais são promissores.

Estátua do Jardim das Tulherias
Foto: Fotolia/Atlantis

Os portadores de disfunção erétil têm agora uma nova esperança: pesquisadores da Dinamarca desenvolveram uma terapia com células-tronco que pode ajudar homens impotentes a terem relações sexuais.

A equipe liderada por Martha Haahr, do Hospital da Universidade de Odense, usou células-tronco retiradas da gordura abdominal via lipossucção e as injetou nos pênis de 21 voluntários. Já liberados da clínica no dia do tratamento inicial, seis meses mais tarde, oito deles relataram que haviam readquirido a capacidade de ereção sem precisarem recorrer a drogas como o Viagra.

"Essa técnica pode permitir que os homens recuperem a ereção espontânea, ou seja, sem uso de remédios, injeções ou implantes", concluiu Haahr, ao apresentar os resultados da pesquisa numa conferência da Associação Europeia de Urologia, realizada em Londres.

Células-tronco são isoladas da gordura abdominal e injetadas no pênis do pacienteFoto: Odense University Hospital/L. Lund

Possibilidades terapêuticas

Os participantes afirmaram que, um ano mais tarde, a melhora se mantinha. Os resultados apresentados em Londres só se referem à fase inicial dos testes, mas a equipe já entrou em uma segunda etapa, com mais voluntários, a fim de avaliar a eficácia e confirmar a segurança do método.

A disfunção erétil afeta quase a metade da população masculina entre 40 e 70 anos de idade. Outros tratamentos contra a impotência, como a ingestão de Viagra, podem ter sérios efeitos colaterais. Embora receber uma injeção no pênis seguramente não tenha sido agradável para os participantes, nenhum deles relatou problemas relevantes.

A cientista Martha Haahr salienta que ainda se está longe de uma solução disponível para o público, mas está otimista. "Estamos satisfeitos com os resultados preliminares, sobretudo porque anteriormente esses homens não tiveram qualquer efeito com tratamentos médicos tradicionais, e agora têm tido boa função erétil por 12 meses. Isso sugere a possibilidade de aplicações terapêuticas."