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Cúpula da UE discute crise migratória

25 de outubro de 2015

Países especialmente afetados pelo afluxo de refugiados se encontram em Bruxelas. Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, faz pressão sobre países dos Bálcãs.

Foto: Reuters/L. Foeger

Neste domingo (25/10), os chefes de Estado e governo da Áustria, Eslovênia, Croácia, Hungria, Romênia, Bulgária, Grécia e Alemanha se reúnem em Bruxelas para discutir sobre a crise migratória. Além deles, ministros de Luxemburgo e Holanda, como também representantes da Macedônia, Sérvia e Albânia, países que não são membros da União Europeia (UE), estão presentes ao encontro.

O ponto de partida da reunião é um plano de 16 pontos elaborado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. De acordo com a agência de notícias Reuters, que teve acesso a um rascunho do documento final da cúpula, a vigilância da fronteira entre Grécia e Turquia deverá ser reforçada.

Além disso, a agência de proteção de fronteiras da União Europeia (Frontex) deverá controlar melhor a passagem entre a Grécia, Macedônia e Albânia. Os Bálcãs deverão receber 400 guardas de fronteiras adicionais provenientes de outros países-membros da UE, diz a Reuters.

Jean-Claude Juncker quer acirrar controle das fronteiras externas da União EuropeiaFoto: Reuters/Y. Herman

Afegãos, iraquianos e outros cidadãos asiáticos sem permissão de residência deverão ser deportados mais rapidamente. O projeto de declaração final estabelece ainda que a agência da ONU para refugiados, Acnur, deverá ter uma participação maior na crise migratória que afeta o continente europeu.

Pouco antes do início do encontro, o presidente da Comissão Europeia alertou, em entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag, os países dos Bálcãs para que ponham um fim à sua "política de traslado" de refugiados. "Os Estados ao longo da rota dos Bálcãs Ocidentais devem garantir procedimentos e condições ordenadas", declarou Juncker neste domingo.

Na entrevista, Juncker exigiu também uma melhor proteção das fronteiras externas da União Europeia. "Trata-se de diminuir o fluxo migratório e controlar nossas fronteiras externas. Devemos deixar claro que pessoas, que chegam às nossas fronteiras e não procuram proteção internacional, não têm direito de entrar na União Europeia", afirmou.

CA/dpa/afp/rtr

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