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Cúpula do G8 chega ao fim com amplo consenso

(mr)17 de julho de 2006

Oriente Médio recebeu prioridade, África ficou na lista de espera. Confira aqui as resoluções sobre os principais pontos discutidos na cúpula de São Petersburgo.

Foto oficial do Grupo dos Oito em São PetersburgoFoto: AP

Após três dias de conversações, o encontro de cúpula do Grupo dos Oito chegou ao fim nesta segunda-feira (17/07), em São Petersburgo, Rússia.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, fez balanço positivo, elogiando a iniciativa dos países participantes de "discutir e solucionar em conjunto os problemas". Apesar das discordâncias quanto à declaração comum sobre a crise no Oriente Médio, ela considera o G8 capaz como gerenciador de crises.

Como já se esperava, as confrontações no Oriente Médio dominaram o encontro. Ainda em São Petersburgo, o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, declarou que a nova tropa de paz da ONU para o sul do Líbano deverá compor-se de oito mil soldados. No momento, já há dois mil homens das Nações UInidas na fronteira libanesa-israelense. O futuro contingente será, portanto, cinco vezes superior. "Com isso, as tropas talvez sejam grandes os suficiente", declarou Prodi

Confira as principais tomadas durante o encontro:

Oriente Médio: Os países do G8 foram unânimes em pedir o fim da violência na região, apelando para a libertação dos soldados israelenses e a cessação dos ataques a Israel, que também deve se afastar do conflito. Deverá ser criada uma comissão de segurança e observação da ONU para cuidar da questão.

Irã: A cúpula aguarda resposta positiva de Teerã à proposta sobre o fim das atividades do programa atômico iraniano.

Coréia do Norte: Os novos testes com mísseis foram classificados como "uma ameaça à paz". O país não deve impor condições à negociação pelo fim de seu programa de armas nucleares.

Comércio mundial: As negociações sobre a liberalização do comércio mundial, estagnadas há anos, devem ser levadas adiante e um acordo com os princípios básicos ser negociado até 16 de agosto próximo.

Energia: Os países do G8 alcançaram um consenso quanto às regras do jogo para usuários e produtores de energia. Foi enfatizada a importância da energia termonuclear segura. Tendo em vista a decisão da Alemanha de abandonar esta forma de produção energética, admitiu-se que cada país procure seus próprios meios de garantir a segurança energética e a proteção do clima mundial.

Pobreza: A luta contra a pobreza e o programa de auxílio à África voltarão à agenda do grupo no próximo encontro, em 2007, na Alemanha.

Terrorismo: Os países do G8 exigem melhoria nos esforços das Nações Unidas na luta contra o terrorismo.

Pirataria de produtos: O G8 quer fortalecer a cooperação e o intercâmbio de informações. Países em desenvolvimento que estejam interessados receberão auxílio técnico.

Corrupção: A batalha contra a corrupção deve ser acirrada. O trabalho em conjunto com instituições financeiras dificultará que transações ilegais sejam veladas.

Doenças: A rede global de inspeção será ampliada e o trânsito de informações melhorado. Os países exigiram total transparência. O Fundo Global para a luta contra a Aids, Malária e Tuberculose receberá maior financiamento.

Educação: Os países devem melhorar o acesso à educação e, desta forma, incentivar também a integração de imigrantes.
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