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Cúpula orçamentária da União Europeia termina sem acordo

23 de novembro de 2012

Posições divergentes entre os países que mais contribuem para o orçamento europeu e os que mais se beneficiam dele impediram um acordo. Principalmente o Reino Unido defende mais cortes.

Foto: DW/B. Riegert

A reunião especial de cúpula da União Europeia (UE) para debater o orçamento europeu de 2014 até 2020 terminou sem resultados nesta sexta-feira (23/11) em Bruxelas. Os representantes dos países-membros não conseguiram chegar a um acordo sobre o projeto de mais de 1 trilhão de euros apresentado pela Comissão Europeia.

Principalmente o Reino Unido dificultou os esforços para um acordo. O primeiro-ministro David Cameron exige cortes muito maiores que outros dos chamados países contribuintes. Além disso, Cameron não aceita rever o desconto especial para o Reino Unido, que garante ao país uma economia de 3,6 bilhões de euros em sua contribuição para o orçamento.

Já no início do segundo dia da reunião, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, mostrou-se pessimista em relação ao resultado porque as divergências entre os chamados países contribuintes e os beneficiários eram muito grandes. Mas ela destacou que há o interesse comum de se chegar a um acordo e que este deve ser alcançado no início do próximo ano.

"Cortes inevitáveis"

Cameron considerou insuficientes as propostas para cortar gastos feitas pelo presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. Elas previam um corte de 80 bilhões de euros no valor original do orçamento.

O premiê britânico disse que cortes são inevitáveis e exige uma redução de 200 bilhões de euros no orçamento. Já antes do início do encontro, ele havia ameaçado com um veto caso suas exigências não sejam cumpridas.

Para Cameron, Van Rompuy praticamente não mexeu no valor orçamentário de 1,075 trilhão de euros, apenas distribuiu os recursos de outra forma.

Cameron também rejeitou as acusações de que estaria isolado em suas posições. Segundo ele, o projeto que estava em discussão também não agradava à Alemanha, Suécia, Holanda, Finlândia e Dinamarca.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, criticou o comportamento dos países-membros durante a reunião. Schulz disse em entrevista a uma emissora de televisão que, durante o encontro, não houve negociação, mas foram feitos ultimatos. Segundo ele, as posições de Reino Unido, Holanda e Suécia não são aceitáveis.

Ele disse acreditar que o Parlamento Europeu vá votar contra o projeto de orçamento. Quando mais os países-membros se afastarem dos números da Comissão Europeia, maior é a possibilidade de que o Parlamento rejeite a sugestão.

Cameron não escondeu sua insatisfação com a proposta orçamentária apresentadaFoto: Reuters

CN/dpa/afp/rtr/dapd
Revisão: Alexandre Schossler

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