Cacau é o encarregado de integração do futebol alemão
22 de novembro de 2016
Brasileiro vai se empenhar para que futebolistas estrangeiros aprendam idioma e se integrem à sociedade alemã. "Não vejo a hora de começar essa missão. Quero ser um exemplo", diz.
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O atacante brasileiro naturalizado alemão Cacau foi apresentado nesta terça-feira (22/11) como novo encarregado da integração de estrangeiros da Federação Alemã de Futebol (DFB). O futebolista de 35 anos, cujo currículo inclui uma passagem pela seleção alemã, prometeu fazer jus ao título e servir de exemplo aos recém-chegados no país.
"Não quero ser apenas um rosto, quero mergulhar no assunto", disse o ex-jogador, durante a sua apresentação em Frankfurt, na sede da DFB. "Não vejo a hora de começar essa missão. Quero ser um exemplo para as pessoas se esforçarem a aprender o idioma e aceitar a cultura daqui."
Cacau, que pendurou as chuteiras em outubro, já se engajava havia pelo menos seis anos pela integração de jogadores de origem estrangeira no futebol alemão e agora assume oficialmente a função.
O presidente da DFB, Reinhard Grindel, disse que o brasileiro entende do assunto. "Integração é a questão-chave por excelência para o nosso futuro", afirmou Grindel. "Para a DFB e para o futebol alemão é uma sorte termos Cacau para desempenhar esse papel. A carreira dele transmite credibilidade, e isso falou a favor dele. Ele combina competência social com profissional." Grindel disse ainda que o brasileiro não ficará apenas "na vitrine", mas terá uma atuação efetiva.
Cacau terá um grande desafio pela frente, afinal 2,1 milhões dos 7 milhões de membros da DFB têm raízes no exterior – e a tendência é crescente. Só nos últimos 12 meses, 40 mil estrangeiros solicitaram uma autorização para jogar futebol profissional na Alemanha. Há três anos, o número anual girava em torno de 10 mil.
Nascido Claudemir Jerônimo Barreto, Cacau se mudou para a Alemanha em 1999 para jogar no Türk Gücü, de Munique. Na ocasião, enfrentou dificuldades sobretudo com o idioma. "O treinador dava as instruções em turco, um colega traduzia para o alemão e eu não entendia nenhum dos dois", disse. Mais de 15 anos depois e já naturalizado alemão, Cacau fala alemão fluentemente e teve uma sólida carreira no Stuttgart, além de ter disputado 23 jogos com a seleção alemã.
IP/dpa/sid
Os 10 maiores jogadores de futebol da Alemanha
Com quatro títulos mundiais e três Eurocopas, a Alemanha é uma das nações mais fortes do futebol. Muitos craques vestiram a camisa da "Nationalelf". Relacionamos os 10 mais importantes da história. Concorda com a lista?
Foto: picture alliance/dpa/W. Baum
#10: O matador dos gols bonitos
Jürgen Klinsmann não conquistou tantos títulos na carreira, mas foi talvez o atacante mais completo do futebol alemão. Seu arranque era fenomenal, marcava belos gols com ambas as pernas e subia de cabeça como poucos. Em três Copas do Mundo, balançou 11 vezes as redes. Foi campeão mundial em 1990 e europeu, como capitão, em 1996.
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#9: O polivalente
Capitão nas Copas de 2010 e 2014, além da Eurocopa de 2012, Philipp Lahm personifica as principais qualidades de um jogador alemão: disciplina tática, dedicação e excepcional condição física. Lahm atuou em ambas as laterais e no meio-campo defensivo – e sempre no mais alto nível técnico. Ele simboliza o renascimento e a nova mentalidade do futebol alemão.
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#8: O capitão dos vices
Considerado um dos melhores jogadores da década de 80, Karl-Heinz Rummenigge conquistou todos os títulos possíveis com o Bayern de Munique. Com a seleção alemã, porém, não teve a mesma sorte. Até ganhou a Eurocopa de 1980 e foi eleito melhor jogador do torneio, mas perdeu as finais das Copa de 1982 e 1986 – ambas como capitão. Rummenigge marcou 45 gols em 95 partidas pela Alemanha.
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#7: O maior artilheiro em Copas
Como deixar de fora o maior artilheiro em Copas? Nascido na Polônia, Miroslav Klose não se destacava por sua habilidade ou gols bonitos – ele era um daqueles centroavantes clássicos com excepcional posicionamento na grande área. Assim marcou 16 gols em Copas e lidera a artilharia da seleção alemã com 71 gols em 137 partidas. Impressionante: em quatro Copas, nunca terminou abaixo da 3ª colocação.
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#6: O craque sem títulos
Pode-se dizer que Uwe Seeler é o Zico da Alemanha. Grandioso jogador, carismático, leal e símbolo de uma geração excepcional, mas que não conseguiu conquistar um Mundial. Seeler foi capitão da Alemanha nas Copas de 1966 – quando perdeu a polêmica final para os ingleses – e 1970. O ex-atacante do Hamburgo foi também o primeiro esportista a receber o Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha.
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#5: O milagreiro de Berna
Helmut Rahn é considerado o autor do gol mais importante do futebol alemão – aquele que devolveu a autoestima depois da Segunda Guerra. Na final da Copa de 1954, frente a Hungria, Rahn anotou o gol do título, aos 39 minutos do 2º tempo, celebrado com a narração épica de Herbert Zimmermann que não parava de gritar "gol". A história de Rahn e daquele Mundial é contada no filme "O milagre de Berna".
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#4: O recordista
Lotthar Matthäus é recordista de partidas disputadas (150) e como capitão (75) pela seleção alemã. Conquistou a Eurocopa de 1980 e a Copa de 1990, além de dois vices nos Mundiais de 1982 e 1986. Somando ainda os de 1994 e 1998, Matthäus é o único jogador de linha a participar de cinco Copas. Matthäus foi o primeiro a ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, levando a Bola de Ouro em 1991.
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#3: O "Bomber da Nação"
Impressionantes 68 gols em 62 partidas pela Alemanha; artilheiro da Copa de 1970; 14 gols em Mundiais; máximo goleador em 18 competições distintas – a lista de recordes de Gerd Müller, o "Bomber da Nação", é extensa. Seus impressionantes 85 gols na temporada de 1971/1972 foram superados somente por Lionel Messi, em 2012. Müller marcou o gol decisivo do título mundial de 1974 da Alemanha.
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#2: O gênio da chuva
Fritz Walter foi o primeiro grande craque – que alçou a Alemanha ao patamar das grandes nações do futebol. Meia cerebral, ele capitaneou a Alemanha contra a máquina húngara de Ferenc Puskas na Copa de 1954. Naquela final choveu – chamado na Alemanha de o "Clima Fritz Walter". Por ter contraído malária na Segunda Guerra, ele tinha dificuldades de jogar no calor e, portanto, preferia atuar na chuva.
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#1: O Kaiser
Somente Mário Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer conquistaram a Copa do Mundo como jogador e treinador. Beckenbauer liderou a geração que venceu a Eurocopa de 1972 e o Mundial de 1974 e treinou a Alemanha na Copa de 1990. Beckenbauer é sinônimo da posição de líbero, e sua liderança, inteligência tática e inconfundível elegância em campo lhe deram o apelido de Kaiser, o imperador alemão.