Calor e seca podem causar crise hídrica grave na Europa
Martin Kuebler
1 de julho de 2025
Um quinto da Europa já enfrenta estresse hídrico todos os anos. Continente deve dobrar a demanda por água até 2050, causando crise que terá impacto na indústria, agricultura, cotidiano e ecossistemas.
Calor extremo e períodos prolongados de seca, antes raros na Europa, se tornam um problema anual em muitas regiõesFoto: Marc John/picture alliance/Bonn.digital
O calor extremo e os períodos prolongados de seca, antes raros na Europa, já se tornam um problema anual em muitas regiões. A escassez de água é uma realidade, por exemplo em Malta.
A ilha no Mediterrâneo, localizada entre a Itália e o Norte da África, não possui lagos ou rios e não recebe muitas chuvas. Com um clima quente e seco e uma população de 563 mil habitantes – número que se multiplica por seis devido ao turismo — cada gota conta.
"Vivemos desde sempre sem água suficiente", afirmou o biólogo marinho Thomas Bajada, em seu primeiro mandato como membro do Parlamento Europeu. A escassez, segundo ele, obrigou seu país a inovar.
Atualmente, cerca de dois terços da água potável de Malta vêm do mar – água dessalinizada misturada com um suprimento mínimo de água subterrânea. O investimento em outras soluções técnicas como hidrômetros inteligentes, gerenciamento de vazamentos e reutilização de águas residuais também ajuda a evitar que as torneiras sequem. Pelo menos por enquanto.
Um quinto da Europa sob estresse hídrico
Mesmo assim, os desafios hídricos de Malta devem crescer com o aumento das temperaturas e a instabilidade dos padrões do clima devido às mudanças climáticas. Com muitas cidades e regiões europeias ainda dependendo de práticas ultrapassadas de gestão dos recursos hídricos, a Agência Europeia do Ambiente (AEA) estima que um quinto do continente já enfrenta estresse hídrico todos os anos.
Segundo o órgão, a Europa deve dobrar a demanda por água até 2050, o que pode gerar uma grave escassez no futuro. "A Europa está na vanguarda de uma crescente crise hídrica que ameaça a indústria, a agricultura, os ecossistemas e o acesso dos cidadãos à água", disse Loic Charpentier, diretor jurídico da Water Europe, uma organização que promove a tecnologia hídrica.
Europa enfrenta temperaturas recordes neste início de julhoFoto: Thibaud Moritz/AFP/dpa/picture alliance
Em 2024, várias ondas de calor quebraram recordes de temperatura na região, com a Europa Central e Oriental e a região do Mediterrâneo sofrendo cada vez mais com o estresse térmico e a redução das reservas de água, segundo dados do Serviço para a Mudança Climática Copernicus (CCCS) da Comissão Europeia.
A primeira Avaliação Europeia de Riscos Climáticos, divulgada pela AEA em março de 2024, destacou que esses novos extremos climáticos já afetavam gravemente os ecossistemas, a agricultura, a atividade econômica, a saúde humana e o abastecimento de água.
Escassez de água gera novos conflitos
"Ninguém está vendo o que está vindo quando falamos de água, tanto em relação à poluição quanto à escassez", disse Athenais Georges, do grupo de defesa Movimento Europeu pela Água. "Trata-se de uma enorme questão ambiental e de justiça social, porque se há escassez de água, há o surgimento de conflitos. Já vimos isso em outras regiões do mundo."
Em 2012, o Movimento Europeu pela Água liderou a campanha Right2Water, assinada por mais de 1,6 milhão de cidadãos da União Europeia (EU), que instou a Comissão Europeia a assegurar que esse recurso continue a ser um serviço público e a "garantir que todos os habitantes usufruam do direito à água".
A Diretriz da Água Potável, a principal lei da UE sobre o tema, passou por uma revisão após a campanha e entrou em vigor em 2021. Ela obriga os Estados-membros do bloco a melhorar o acesso à água potável a todos os cidadãos. No entanto, dados da AEA mostram que cerca de 30% dos cidadãos da UE ainda sofrem com a escassez de água todos os anos.
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Nova estratégia hídrica da UE
A Comissão Europeia apresentou início de junho a Estratégia Europeia de Resiliência Hídrica, voltada a garantir o acesso a água limpa e a um preço acessível a todos. A iniciativa busca restaurar e proteger o ciclo da água das nascentes até ao mar, prevenir e combater a poluição nesse recurso, reduzir o consumo e o desperdício, modernizar a infraestrutura, além de apoiar políticas sólidas de tarifação da água.
"Queremos abordar as causas fundamentais dos desafios hídricos, incluindo poluição, escassez e o impacto das mudanças climáticas", disse Jessika Roswall, comissária da UE para o Meio Ambiente e Resiliência Hídrica, em discurso no Parlamento Europeu no início de maio. Ela também destacou os planos para "promover a vantagem competitiva do nosso setor hídrico da UE".
Vagas para carros podem refrescar as cidades do futuro
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"A seca e a adaptação climática são apenas parte de um quebra-cabeça maior", disse Charpentier da Water Europe, enfatizando a necessidade de desenvolver novas infraestruturas e expandir a digitalização. "A Europa deve estimular investimentos em todos os setores, desde cidadãos e empresas até autoridades locais e regionais."
Restaurar a água "devolvendo espaço à natureza"
Os ambientalistas, no entanto, estão decepcionados com o que avaliam como esforços bem-sucedidos de legisladores conservadores e de extrema direita para diluir o papel das soluções baseadas na natureza. Segundo dizem, isso estabeleceu um "precedente preocupante" antes da divulgação da estratégia da Comissão. Eles criticaram a ação que visa enfraquecer as metas de restauração e conservação da natureza, assim como as medidas para combater a poluição da água.
"Não podemos lidar com um continente cada vez mais esgotado de água limpa ou reparar ciclos hídricos rompidos sem trabalhar lado a lado com a natureza", afirmou a coalizão de ONGs Living Rivers Europe em comunicado. "Soluções baseadas na natureza, como a restauração de áreas úmidas e a remoção de barreiras que obstruem os rios, são muito mais econômicas, diretas e ambientalmente sustentáveis do que infraestruturas cinzentas e reparos tecnológicos."
"Não se pode cumprir objetivos ambientais, sociais e éticos quando se busca o lucro", observou Georges, do Movimento Europeu pela Água, que faz campanha contra a privatização dos serviços hídricos. Ela disse à DW que novas infraestruturas modernas, como usinas de dessalinização e barragens, exigem muita energia para serem construídas e para funcionar, e geram altos custos de manutenção.
Georges argumenta que uma abordagem que ajudasse a reter mais água no solo e a repor as reservas subterrâneas esgotadas – por exemplo, usando superfícies permeáveis nas cidades ou dando mais espaço para rios e córregos – seria mais sustentável a longo prazo. "Se analisarmos os dois tipos de soluções, qual é mais fácil, qual é a mais econômica?", indagou. "É simplesmente devolver espaço à natureza."
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Onda de calor sufocante dispara alertas no sul da Europa
Países como Portugal, Espanha, Itália e França são afetados por uma onda de calor com temperaturas de mais de 40 graus Celsius que se dirige para o norte, chegando também à Alemanha. A ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, descreveu o caso como um "fenômeno sem precedentes" no país. Na Turquia, 50 mil pessoas foram evacuadas devido a incêndios florestais. (30/06)
Foto: CARLOS COSTA/AFP/Getty Images
Bolsonaro participa de ato em sua defesa na Avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi neste domingo à Avenida Paulista, em São Paulo, em ato no qual se defendeu da acusação de tentativa de golpe, pela qual responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal. A ONG Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common estimaram o público em 12,4 mil pessoas. (29/06)
Foto: Jean Carniel/REUTERS
Parada LGBTQ+ de Budapeste reúne multidão apesar de veto
Milhares de defensores dos direitos LGBTQ+ na Hungria desafiaram uma lei recém-aprovada pelo governo de Viktor Orbán e foram às ruas de Budapeste neste sábado para uma parada repleta de símbolos do movimento, como bandeiras do arco-íris, e de celebração da diversidade sexual. Os organizadores estimaram que havia de 180 mil a 200 mil participantes. (28/06)
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Suprema Corte dos EUA limita poder de juízes federais para bloquear Trump
Em vitória para Donald Trump, tribunal restringe capacidade de juízes de instâncias inferiores de barrar políticas potencialmente inconstitucionais, ao julgar um caso envolvendo o direito à cidadania por nascimento. Decisão altera o equilíbrio de poder entre o Judiciário e a Presidência. (27/06)
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"Demos um tapa na cara da América", afirma líder do Irã
Em seu primeiro pronunciamento desde o cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra contra Israel, Khamenei contrariou a narrativa utilizada por Washington e Tel Aviv e disse que seu país saiu vitorioso após o conflito contra Israel e os EUA. Ministro iraniano do Exterior contradiz Trump e nega planos de voltar a negociar com os Estados Unidos. (26/06)
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Corpo de Juliana Marins é resgatado na Indonésia
Equipes de resgate recuperaram o corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta no vulcão Monte Rinjani. O resgate foi feito por meio de cordas e içamento. A brasileira caiu em uma área de difícil acesso na sexta-feira (20/06) e foi encontrada sem vida na terça, após tentativas frustradas de alcançá-la. (25/06)
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Irã e Israel aceitam cessar-fogo proposto por Trump
Nas primeiras horas da trégua, países se acusaram mutuamente de violá-la. O presidente americano Donald Trump reagiu com irritação: "Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas Israel tem de se acalmar", disse. A advertência parece ter surtido efeito: Israel cancelou um ataque mais amplo contra Teerã e ordenou a volta de seus aviões. (24/06)
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Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
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EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)