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Calor matou milhares na Alemanha entre 2018 e 2020

1 de julho de 2022

Temperaturas muito altas podem ser fatais especialmente para as pessoas mais velhas. É o que aponta o mais recente estudo sobre mortes causadas em meio a ondas de calor em território alemão.

Symbolbild Hitzewelle
Foto: Weber/Eibner-Pressefoto/picture alliance

As altas temperaturas no verão ocasionaram a morte de mais de 19 mil pessoas na Alemanha entre os anos de 2018 e 2020. É o que aponta o mais recente estudo sobre óbitos devido ao calor, desenvolvido pelo Instituto Robert Koch (RKI) – agência pública de controle e prevenção de doenças do país –, pelo Serviço Meteorológico Alemão (DWD) e pela Agência Federal do Meio Ambiente.

Os dados foram publicados pelo Deutsches Ärzteblatt (Jornal Médico Alemão, em tradução livre), publicação oficial da Associação Médica Alemã e da Associação Nacional de Médicos de Seguros de Saúde.

Uma vez que o calor raramente é mencionado como causa direta de mortes, os cientistas utilizaram modelos estatísticos para estimar o número de óbitos relacionados com as altas temperaturas. Segundo os pesquisadores, em torno de 8,7 mil pessoas morreram no verão de 2018 – o segundo mais quente desde que os registros começaram, em 1881.

Conforme o estudo, o número representa "índices semelhantes aos dos anos de 1994 e 2003, que também registraram ondas de calor históricas" e tiveram cerca de 10 mil mortes cada.

Estima-se que em 2019 ocorreram 6,9 mil mortes relacionadas ao calor. E no ano de 2020, 3,7 mil. Em todas as regiões alemãs – norte, sul e faixa central –, pessoas com idade acima de 85 anos foram as mais afetadas, ainda que 2021, por exemplo, não tenha mostrado aumento significativo no número de mortes provocadas por excesso de calor.

Adaptação às temperaturas

Mesmo que 2018 tenha registrado um alto índice de mortes devido ao calor, os pesquisadores dizem que a influência de altas temperaturas como causa de morte direta diminuiu ligeiramente desde o início dos estudos, em 1992.

Essa característica indica, segundo os cientistas, um possível processo de adaptação das pessoas em relação às altas temperaturas.

"É possível acreditar, por exemplo, em mudanças comportamentais individuais através de uma maior consciência, tais como usar roupas mais leves e arejadas, hidratar-se suficientemente com líquidos ou buscar locais com sombra ou climatizados", apontam os especialistas.

Ainda assim, o período entre 2018 e 2020 mostra que "as ondas de calor continuam sendo uma séria ameaça à saúde das pessoas na Alemanha".

Por isso, os autores do estudo pedem uma melhoria significativa na forma como as ondas de calor são encaradas. Acima de tudo, "os grupos populacionais vulneráveis devem ser protegidos de maneira adequada".

gb (AFP, DPA)

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