Consultoria envolvida em escândalo de uso indevido de dados de usuários do Facebook inicia processo de insolvência no Reino Unido. Empresa é acusada de utilizar informações para eleger Donald Trump.
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A consultoria britânica Cambridge Analytica, centro do escândalo do uso indevido de dados de milhões de usuários do Facebook, anunciou nesta quarta-feira (02/05) o fim "imediato" de todas suas atividades. A empresa é acusada de acessar informações de 87 milhões de usuários da rede social no desenvolvimento de técnicas que beneficiaram a campanha eleitoral de Donald Trump em 2016.
Em comunicado, a consultoria afirmou que está sendo alvo de "acusações infundadas" e destacou que está sendo "difamada por atividades que não só são legais, mas também amplamente aceitas como um componente padrão da publicidade online, tanto na área política como na comercial".
A empresa afirmou ainda que não é mais possível continuar operando os negócios. "O cerco da cobertura da imprensa afastou praticamente todos os clientes e fornecedores da companhia", destacou.
Como as redes sociais nos influenciam?
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Tanto a Cambridge Analytica como sua matriz, a SCL Elections, iniciaram os procedimentos para declarar-se insolventes no Reino Unido, segundo informa a nota, e a primeira também pretende começar um processo legal similar nos Estados Unidos.
Contratada pela campanha eleitoral de Trump, a Cambridge Analytica nega ter usado ilegalmente os dados dos usuários da rede social. Recentemente, o Facebook admitiu que a consultoria teve acesso a informações de 87 milhões de perfis. O vazamento teria ocorrido em 2014.
A Cambridge Analytica foi criada em 2013, com foco em eleições americanas, e se estabeleceu no mercado como uma fornecedora de pesquisas, publicidade direcionada e serviços relacionados a dados oferecidos aos setores empresarial e político.
Em 17 março, o escândalo do uso indevido de dados veio à tona. Em reação, a Cambridge Analytica suspendeu seu presidente-executivo, Alexander Nix, enquanto aguarda uma investigação independente sobre o caso.
O escândalo transformou o Facebook em alvo de investigações de autoridades reguladoras e promotores públicos dos Estados Unidos. Políticos da Europa e dos EUA convocaram ainda o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, a se explicar.
CN/rtr/afp/efe/ap
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De caixotão a pulseira, a evolução do computador
Há 75 anos, um invento abria a era digital: em 12 de maio de 1941, o alemão Konrad Zuse apresentou o Z3. A primeira calculadora programável de base eletrônica parecia um armário. Hoje, minicomputadores cabem no pulso.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Cowie
Retrô chique no museu
O design retrô dos primeiros tempos da informática, como este Commodore PET 2001 de 1977, voltaram a ser chiques. E, na maioria dos casos, ainda funcionam. Neste ano de 2016, deverá ser criado em Dortmund, na Alemanha, o Museu Alemão da Cultura Digital.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Thissen
O inventor
O primeiro computador a funcionar com um sistema binário foi construído pelo engenheiro mecânico alemão Konrad Zuse. Ele montava suas máquinas de calcular com material de sucata e os cartões de perfurar eram de filmes velhos. Quando visitou a feira de computadores em Nurembergue em 1982 (foto), ele ficou maravilhado com a evolução da máquina que criou.
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O legendário Z3
Konrad Zuse fez a primeira máquina de calcular programável em 1938. O Z3 foi criado três anos depois. Era do tamanho de três guarda-roupas e fazia três operações básicas de matemática e extraía raízes. Por ser a primeira máquina de calcular calcada no sistema binário (0 e 1), é considerada antecessora do computador moderno. O Z3 foi destruído na 2ª Guerra. Uma réplica está num museu em Munique.
Foto: picture-alliance/dpa/T.. Brakemeier
Altair 8800, o primeiro computador pessoal
Em 1974, uma revista americana lançou um kit de um computador fácil de montar em casa. O sucesso foi inesperado. Logo se formaram clubes de aficionados do "personal computer". Até os fundadores da Apple Steve Jobs e Steve Wozniak eram frequentadores regulares e se deixaram inspirar para criar seus inventos.
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O sucesso da Apple
O Apple I ou Apple-1, de 1976, foi montado na legendária garagem de Steve Wozniak, cofundador da Apple. O que mais parece um televisor improvisado, custava na época 666,66 dólares. O teclado e a carcaça tinham de ser comprados separadamente. Hoje, os Apple I são cobiçados por colecionadores. Em leilões, podem chegar a custar centenas de milhares de dólares.
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O primeiro mainframe da IBM
A americana IBM apresentou seu primeiro computador pessoal em 1981. Este, no entanto, não fez tanto sucesso quanto os caros mainframes, os computadores de grande porte, que já existiam há mais tempo. Em 1964, havia sido lançado o IBM System/360 (S/360). O sistema permitia combinar computadores para as áreas científica, econômica, industrial e administrativa, conforme a necessidade.
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Apple II, peça de museu
Após a fundação da Apple, cresceu rapidamente a influência de Steve Jobs sobre os produtos a serem oferecidos pela inovadora empresa de computadores no Vale do Silício. Os novos modelos da Apple se caracterizaram pelo design claro e purista. O Apple II, lançado em 1977, pode ser visto no Museum of Moving Image de Nova York.
Foto: cc-by-2.0 Marcin Wichary
Formas e cores variadas
Enquanto a concorrente Microsoft apostava no desenvolvimento inovador de software e sistemas operacionais, e manteve os computadores em forma de caixas cinzas, a Apple se dedicou também à estética de seus produtos. O primeiro iMac, em 1998, inovou não só por ser em cor turquesa e ter cantos arredondados, mas também por ser levemente transparente.
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O chipe como espécie de joia
O lançamento dos primeiros microprocessadores no mercado, em 1971, pela Intel, acelerou o desenvolvimento de computadores cada vez menores. Hoje em dia, minúsculos circuitos integrados, ou chips, também são trabalhados por designers de joias. Dentro dos computadores, eles são responsáveis por verdadeiros milagres de processamento.
Foto: picture-alliance/dpa/Intel
Fácil de manusear
Os tablets são um minicomputador prático e leve. Ao contrário do jornal, cuja leitura é complicada pelo tamanho e pelo barulho do virar de páginas, o usuário do tablet pode ler seu jornal, ou mesmo livro ou revista, de forma prática e silenciosa. Sem falar das facilidades de navegar na internet.
Foto: Colourbox
Computador de pulso
O smartwatch, ou relógio inteligente, que permite checar emails, monitorar a saúde e também ver as horas, já está há alguns anos no mercado. Mas só se tornou conhecido do grande público com o lançamento do Apple Watch em 2015.