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Cameron convoca à luta contra o extremismo

29 de junho de 2015

Primeiro-ministro britânico defende resposta dura ao atentado que deixou 38 mortos, entre eles pelo menos 15 ingleses, em um resort na Tunísia. Cameron fala em combater o extremismo na origem, no Iraque e na Síria.

Touristen Anschlag in Tunesien
Foto: Reuters/Z. Souissi

Em mensagem publicada nesta segunda-feira (29/06) no jornal The Daily Telegraph, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu reagir ao ataque terrorista na Tunísia, que deixou 38 mortos na última sexta-feira.

"Temos de ser intolerantes com a intolerância e rejeitar aqueles cujas ações se alinham à narrativa do extremismo islâmico e criam condições para que ele possa florescer", declarou Cameron.

Entre os mortos no ataque ao hotel Imperial Marhaba há pelo menos 15 ingleses, três irlandeses, um belga, um português e um alemão. Segundo a emissora britânica BBC, o número de ingleses pode mais que dobrar, na medida em que os corpos das vítimas vão sendo identificados.

O atentado em Port El Kantoui, nas proximidades de Sousse, no leste do país, causou o maior número de vítimas do Reino Unido desde os ataques de 2005 ao transporte público de Londres, quando homens-bomba mataram 52 pessoas.

Para prevenir novos ataques, Cameron afirmou que o extremismo islâmico deve ser combatido em sua origem, em países como a Síria, o Iraque e a Líbia, onde, segundo afirmou, os terroristas do "Estado islâmico" (EI) praticam "seu culto de morte".

Em pronunciamento a rádio da BBC na manhã desta segunda-feira, Cameron alertou que, enquanto o EI existir no Iraque e na Síria, "estaremos sob ameaça".

Maior operação policial desde 2005

O premiê informou que a ministra britânica do Interior, Theresa May, irá à Tunísia nesta segunda-feira para se reunir com ministros do país e visitar o local do ataque, e confirmou o envio de uma aeronave militar. "Hoje enviaremos um Boeing C17 à Tunísia para evacuar as vítimas", afirmou Cameron, acrescentando que os corpos dos turistas britânicos mortos também serão repatriados.

O Reino Unido já enviou 16 detetives à Tunísia para colaborar com as investigações. Além disso, cerca de 400 oficiais de polícia interrogam os turistas que retornam ao país após terem estado próximos ao local do atentado.

De acordo com o premiê, esta é a maior investigação realizada desde os ataques de 2005.

O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, também deverá se deslocar até o local do ataque nesta segunda-feira para "expressar a solidariedade" de seu país ao povo tunisiano. Ele assegurou que "não há motivos de preocupação" quanto à situação atual da segurança interna da Alemanha.

As autoridades tunisianas anunciaram que irão reforçar a segurança dos locais turísticos no país. A partir de 1º de julho, 1,1 mil policiais farão o policiamento das áreas, pela primeira vez, portando armas.

RC/afp/rtr

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