Caminhoneiros antivacinas causam caos na capital do Canadá
Michaela Cavanagh
10 de fevereiro de 2022
Comboio de caminhoneiros vindos de todo o Canadá ocupa Ottawa em protesto contra a vacinação obrigatória. Manifestação que já dura dias deixa moradores temerosos por sua segurança e prejudica negócios.
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A capital do Canadá, Ottawa, está sendo ocupada há quase duas semanas por um comboio de opositores das medidas restritivas contra a covid-19 no país. No fim de janeiro e sob baixas temperaturas, manifestantes chegaram buzinando e montaram um acampamento, estacionando seus caminhões e carros no centro de Ottawa. Além de interromper o tráfego, eles fecharam negócios e estão assediando e intimidando os moradores.
Agora, os protestos do "Freedom Convoy" (Comboio da Liberdade) se espalharam para além de Ottawa, bloqueando o tráfego e interrompendo o comércio no posto fronteiriço mais movimentado da América do Norte.
O movimento de protesto se tornou um ponto de encontro global para quem é contra as restrições anticovid, inspirando manifestações parecidas nos EUA, França, Austrália e Nova Zelândia. No domingo (06/02), o prefeito de Ottawa declarou estado de emergência, e a polícia, em inferioridade numérica em relação aos manifestantes, caracterizou a ocupação como um "sítio".
Como a situação chegou a esse ponto?
Oposição à obrigatoriedade da vacina
O "Freedom Convoy" surgiu no fim de janeiro, em resposta à obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus imposta pelo Canadá e pelos EUA para caminhoneiros transfronteiriços.
Enquanto cerca de 90% dos caminhoneiros transfronteiriços estão imunizados, há uma pequena minoria que teme perder seus empregos ou meios de subsistência devido ao status de não vacinado.
O comboio dos caminhoneiros logo se transformou numa cruzada mais ampla contra as restrições da pandemia e incluiu outras queixas da extrema direita. Alguns dos organizadores do comboio – figuras proeminentes de extrema direita – adotaram no passado a retórica islamofóbica ou nacionalista branca.
Embora mais de 80% dos canadenses estejam vacinados, e as pesquisas apontem que a grande maioria apoia as medidas restritivas, esse apoio tem diminuído nas últimas semanas.
Centenas de carros e caminhões se juntaram ao comboio enquanto este cruzava o país, chegando a Ottawa em 28 de janeiro.
Conexões com a extrema direita
Alguns manifestantes têm sido vistos usando símbolos nazistas e agitando bandeiras racistas. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se referiu a esses manifestantes como uma "pequena minoria marginal".
Mas especialistas disseram que há "conexões evidentes" entre o protesto dos caminhoneiros e uma coalizão internacional de extrema direita.
Uma campanha na plataforma GoFundMe arrecadou 7,6 milhões de dólares para apoiar o comboio, antes de ser desativada, e as doações serem reembolsadas. "Muitas doações eram anônimas e claramente efetuadas por atores de extrema direita americanos", afirmou David Hofmann, professor associado de sociologia da Universidade de New Brunswick, no Canadá, que estuda grupos de extrema direita.
Além disso, contas em redes sociais são usadas para "alimentar câmaras de eco da extrema direita, para fazer a população pensar que os elementos de extrema direita do comboio de caminhoneiros são mais numerosos e mais barulhentos do que realmente são", contou Hofmann.
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Receios quanto à segurança
A moradora Natalie Lyle conta que não se sente segura desde que o comboio chegou à região. Lyle vive com sua família no centro de Ottawa e trabalha na clínica de vacinação de uma escola. Ela diz que hesita em sair de casa, temendo intimidações. "Estou me perguntando: podemos sair? O que vai acontecer?"
Mas, para Lyle, mesmo estar dentro de casa não parece seguro: manifestantes estão se reunindo perto de sua residência, e um dia ela descobriu que a fechadura da porta de seu prédio havia sido arrombada.
Quando ela viu vídeos de Romana Didulo – figura canadense proeminente do movimento do QAnon, que exigiu a execução de qualquer um que ajudasse a vacinar crianças – no protesto não muito longe de sua casa, queimando bandeiras canadenses, ela ficou especialmente temerosa.
"Aqui estou eu, na equipe da clínica na escola, cujo objetivo é vacinar as crianças e suas famílias. Comecei a ficar com muito medo, porque não há segurança nas clínicas escolares, qualquer um pode entrar. Pode ser irracional, mas a ameaça parecia muito real."
Moradores estão no limite
Os moradores relatam o uso generalizado de fogos de artifício, bloqueio de cruzamentos, abandono de carros e caminhões, consumo ilegal de álcool nas ruas, bem como a utilização de bancos de neve como banheiros.
O barulho também tem sido um problema: os manifestantes do comboio tocaram poderosas buzinas e sirenes dia e noite durante uma semana, impedindo os moradores de dormir, até que um tribunal local expediu uma liminar.
No começo de fevereiro, funcionários de um abrigo local para sem-tetos foram supostamente agredidos verbalmente por manifestantes que exigiam ser atendidos.
Mary Huang, presidente da associação comunitária de Centretown, um dos bairros afetados, afirmou que os moradores estão sendo intimidados e atacados por usarem máscaras sanitárias. "Um funcionário de uma sorveteria local foi agredido e jogado no chão porque ele estava usando uma máscara." Não ficou claro se o agressor fazia parte dos protestos do "Freedom Convoy".
A associação comunitária organizou um serviço de "transporte seguro" e entrega de alimentos a domicilio para membros vulneráveis que têm medo de sair de casa pela ameaça de abusos.
Negócios prejudicados
Milhares vivem no centro de Ottawa, e a área abriga centenas de firmas. Segundo uma pesquisa de uma coalizão de associações empresariais locais, 48% dos estabelecimentos do centro da cidade fecharam antes ou durante o protesto, e 76% dos comerciantes consultados afirmaram que o protesto prejudicou financeiramente seus negócios.
Stewart Cattroll, dono de um restaurante no centro da cidade, relatou que teve que implementar medidas de segurança para seus funcionários. "Muitos manifestantes se recusam a usar máscaras, gritam com os funcionários e outros clientes e exigem que eles removam suas máscaras."
Seu restaurante está perdendo milhares de dólares devido às interrupções causadas pelo comboio: "Dado o já precário estado dos negócios, em consequência de dois anos de pandemia, o comboio pode ser o que nos fará fechar permanentemente as portas."
Os moradores estão cada vez mais frustrados com a incapacidade da polícia da cidade e de qualquer nível de governo para resolver o problema. "A polícia local até agora fez muito pouco esforço para prender manifestantes, fazer cumprir as leis de trânsito de Ottawa e exigir que os manifestantes desobstruam as ruas da cidade", queixou-se Cattroll.
Comboio divide canadenses
Embora uma pesquisa recente tenha mostrado que a maioria dos canadenses apoia a imposição de mais restrições aos não vacinados, o comboio conquistou o apoio de quase um terço da população.
O comboio foi ideia de James Bauder, um autoproclamado teórico da conspiração e adepto do movimento QAnon. Muitos dos organizadores do movimento de protesto têm conexões com grupos de extrema direita.
No entanto, alguns manifestantes dizem ser uma minoria que causa problemas nas ruas da área conhecida como Parliament Hill, sede do governo federal e importante distrito comercial.
Betty Lee McGillis vive em Aylmer, na província de Québec, e parte da região metropolitana de Ottawa. Ela levou seus netos ao centro da capital no fim de semana para participar do protesto, e disse que foi uma experiência positiva.
No Québec, os passaportes de vacina são necessários para acessar a maioria dos serviços não essenciais. McGillis frisou que a imposição de vacinas, como a atual, está segregando a sociedade.
"Esses 'buzinaços' e paralisações são um pequeno preço a pagar para recuperar as liberdades pelas quais nossos antepassados lutaram no campo de batalha. Queremos que o Canadá seja o Canadá em que crescemos."
Nenhum sinal de desaceleração
Na quarta-feira, a polícia ameaçou mais uma vez prender os manifestantes que fecharam o centro de Ottawa. A força policial também está convocando 1.800 agentes para reforçar os níveis provincial e federal. No início da segunda semana de fevereiro, a polícia disse ter efetuado 22 prisões, emitido mais de 1.300 multas e aberto 79 investigações criminais.
O primeiro-ministro Justin Trudeau continua defendendo as restrições contra a covid-19 e criticando o movimento de protesto.
Ele alertou que os bloqueios nos postos de fronteira – inclusive na ponte Ambassador Bridge, que liga Detroit, nos EUA, e Windsor, na província de Ontário, por onde passa 25% de todo o comércio entre os dois países – estão ameaçando a recuperação econômica do Canadá.
"Bloqueios e manifestações ilegais são inaceitáveis e estão impactando negativamente empresas e fabricantes", disse Trudeau na Câmara dos Comuns. "Devemos fazer de tudo para acabar com eles."
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Cerca de 250 mil pessoas saíram às ruas de Colônia, na Alemanha, em solidariedade à Ucrânia numa marcha que substituiu o tradicional desfile de carnaval da Rosenmontag (segunda-feira de rosas). As pessoas carregaram bandeiras ucranianas e fizeram um minuto de silêncio durante a marcha, que procurou enviar uma mensagem de paz. (28/02)
Foto: Ina Fasssbender/AFP/Getty Images
Centenas de milhares protestam em Berlim contra a guerra
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Berlim para se manifestar contra a guerra na Ucrânia. Os organizadores estimaram o número de participantes em cerca de meio milhão - cifra bem acima dos 20 mil inscritos originalmente para participar do protesto. A polícia falou em "algumas centenas de milhares" de manifestantes. Os jornais alemães noticiaram mais de 100 mil pessoas no ato. (27/02)
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance
Mais de 460 presos em protestos na Rússia
Desafiando a repressão do Kremlin, centenas de russos saíram às ruas para protestar contra a invasão na Ucrânia. Pelo menos 460 pessoas foram presas em 34 cidades, informou o portal de direitos civis Owd-Info. Uma petição contra o ataque russo à Ucrânia já reúne mais de 780.000 assinaturas. A maioria dos russos contrário à guerra teme se manifestar, por medo de represálias do governo. (26/02)
Foto: Dmitri Lovetsky/AP/dpa/picture alliance
Noite no metrô de Kiev
Diante do avanço das tropas russas e dos frequentes ataques aéreos, que atingem inclusive prédios residenciais, muitos moradores de Kiev passaram a buscar abrigo nas estações de metrô, que acabaram se convertendo em abrigos antibomba improvisados. (25/02)
Foto: Emilio Morenatti/AP/dpa/picture alliance
Rússia em guerra contra Ucrânia
Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou operação militar com o objetivo de "desmilitarizar" a Ucrânia e eliminar supostas ameaças contra Moscou. Confrontos e bombardeios deixaram rastro de destruição em várias cidades, incluindo Kiev, Mariupol e Kharkiv. EUA, União Europeia e Reino Unido condenam invasão e impõem sanções contra Moscou. (24/02)
Foto: Anatolii Stepanov/AFP
Ucrânia declara estado de emergência
Ucrânia decretou estado nacional de emergência de 30 dias, para que o país possa ampliar sua capacidade de defesa contra uma possível invasão russa. Presidente Volodimir Zelensky disse que a Rússia já acumula mais de 200 mil soldados na fronteira. Kremlin informou que os líderes das regiões separatistas pediram assistência militar à Rússia, aumentando temores de um ataque. (24/02)
Foto: Alberto Pezzali/AP Photo/picture alliance
Ocidente reforça sanções contra Rússia
União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e outras nações ocidentais sobem o tom nas sanções contra a Rússia, após o presidente Vladimir Putin reconhecer formalmente as “repúblicas” separatistas no leste da Ucrânia. Os principais alvos são instituições bancárias, oligarcas e parlamentares. Países prometem intensificar punições, caso Moscou mantenha as agressões ao pais vizinho. (22/02)
Foto: Raphael Lafargue/abaca/picture alliance
Putin reconhece repúblicas separatistas no leste da Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a independência das regiões de Donetsk e Lugansk no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Rússia. O acordo assinado por Moscou e pelos líderes das duas regiões prevê o envio de tropas russas para o leste ucranianso, no intuito de realizarem "funções de manutenção da paz”. (21/02)
Foto: Alexey Nikolsky/Kremlin/SPUTNIK/REUTERS
O retorno do axolotle
É verdade que esses animais provavelmente não parecem muito bonitos aos olhos da maioria. Mas, mesmo assim, eles têm algo muito especial. Na Cidade do México, os conservacionistas da vida selvagem celebraram a criação de axolotles selvagens, que agora podem ser soltos novamente. A poluição da água havia reduzido drasticamente a população desse anfíbio. (20/02)
Foto: Eyepix/NurPhoto/picture alliance
Jogo de cores efêmero
Já viu água por baixo? Na caverna de gelo da lagoa glacial de Jökulsárlón, na Islândia, os visitantes podem admirar os diferentes tons de azul. Uma experiência única, porque quando as temperaturas sobem, na primavera, as cavernas geralmente desabam e desaparecem, para reaparecerem somente no inverno. (19/02)
Foto: Nacho Doce/REUTERS
Acirramento da crise no Leste da Ucrânia
Separatistas pró-Moscou removem população da zona de conflito para o lado russo da fronteira, enquanto as duas partes se acusam mutuamente de agressões. Após conversas com aliados, presidente dos EUA, Joe Biden, diz que líder russo, Vladimir Putin, já tomou a decisão de invadir o país vizinho. Otan aumentou o nível de alerta para milhares de soldados no Leste Europeu. (18/02)
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu em Budapeste com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, um dos maiores expoentes da ultradireita mundial. O brasileiro disse que a Hungria é um "pequeno grande irmão" e destacou a defesa dos valores "Deus, pátria, família e liberdade", que remetem ao lema do antigo movimento fascista brasileiro Ação Integralista. (17/02)
Foto: Marton Monus/dpa/picture alliance
Temporal causa devastação em Petrópolis
Um forte temporal provocou enchentes e deslizamentos de terras em Petrópolis e deixou um grande número de mortos e desbrigados. Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, diz que cidade vive "tragédia histórica" após piores chuvas dos últimos 90 anos. "Foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", lamentou. (16/02)
Foto: Silvia Izquierdo/picture alliance/AP
"Não queremos uma guerra na Europa", diz Putin a Scholz
O presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se em Moscou com o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e se disse aberto a soluções diplomáticas para a crise na Ucrânia. Ministério russo da Defesa anuncia retirada de algumas de suas tropas da fronteira ucraniana. Scholz disse que este é um "bom sinal" e que se recusa a descrever a situação como "sem saída". (15/02)
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou após reunir-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev, que uma eventual adesão da Ucrânia à Otan é um tema "fora da agenda", e que isso não deveria se tornar o motivo de uma crise política entre a Rússia e o Ocidente. Declaração foi feita na véspera do encontro do líder alemão com o russo Vladimir Putin em Moscou. (14/02)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Steinmeier é reeleito presidente alemão
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos. Ele recebeu 1.045 dos 1.437 votos computados e inicia seu segundo mandato em 18 de março. Steinmeier tem 66 anos e é o quinto presidente federal a ser eleito para um segundo mandato. Em fevereiro de 2017, ele assumiu o posto, sucedendo Joachim Gauck. (13/02)
Foto: Michael Probst/AP Photo/picture alliance
"Os ucranianos resistirão"
Mais de 5 mil pessoas participaram, em Kiev, da "Marcha pela Unidade", para expressar o desejo de resistir a um eventual ataque da Rússia contra a Ucrânia. Muitas pessoas portavam bandeiras ucranianas e cartazes pedindo a saída das forças russas da Crimeia e exaltando a Ucrânia. Uma das faixas dizia "Os ucranianos resistirão".(12/02)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Ocidente promete sanções conjuntas caso Ucrânia seja atacada
Líderes da União Europeia e de oito países membros da Otan prometeram rápidas e duras sanções à Rússia caso ela ataque a Ucrânia. "Todos os esforços diplomáticos visam persuadir Moscou a diminuir a escalada. É importante evitar uma guerra na Europa", disse Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, após a reunião. (11/02)
A Berlinale, festival de cinema de Berlim, teve início, de forma presencial e com público, apesar do grande número de casos de covid-19 na Alemanha. Em meio a críticas, os organizadores garantiram que precauções foram tomadas para manter os visitantes seguros. Em 2021, a Berlinale foi realizada em duas partes: uma versão online em março e um evento com exibições para o público em junho. (10/02)
Foto: Stefanie Loos/AFP/Getty Images
Caminhoneiros bloqueiam ponte entre o Canadá e os EUA
Caminhoneiros canadenses contrários às medidas anticovid impostas pelo governo bloqueiam a Ambassador Bridge, que liga a província de Ontário, no Canadá, ao estado americano de Michigan. A ponte é considerada a ligação terrestre mais importante entre os dois países, com cerca de 8.000 caminhões atravessando essa fronteira todos os dias. (09/02)
Foto: Daniel Mears /Detroit News/AP/picture alliance
Pescaria na Faixa de Gaza
A pesca não é apenas uma tradição na Faixa de Gaza, no litoral entre Israel e Egito, mas é também importante para a economia e como fonte de alimento. O conflito no Oriente Médio, porém, afeta os pescadores. Israel tem repetidamente restringido a zona de pesca durante as crises políticas. (08/02)
Foto: Sameh Rahmi/NurPhoto/imago images
Desejos para um novo tempo
Saraswati é uma das deusas hindus mais populares. Ela é particularmente reverenciada por sua sabedoria e erudição. Não apenas na Índia, mas também na maioria do Nepal hindu. Este pai foi com seu filho ao templo de Saraswati em Kathmandu. Lá, o menino deixa uma mensagem para a deusa durante o festival Basanta Panchami. (07/02)
Foto: Prakash Mathema/AFP/Getty Images
Senegal vence a Copa Africana de Nações
Depois de um empate sem gols, Senegal venceu o Egito por 4 a 2 nos pênaltis e conquistou, de forma inédita, o título da Copa Africana de Nações. Destaque para o atacante Sadio Mané, que foi de vilão a herói durante a partida, disputada no Estádio Olembe, em Yaoundé, Camarões. No tempo normal, ele perdeu um pênalti, mas, na série, converteu a última e decisiva cobrança. (06/02)
Foto: Charly Triballeau/Getty Images/AFP
EUA ultrapassam 900 mil mortes por covid-19
Os EUA superaram a marca de 900 mil mortes associadas à covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. O número de óbitos já é maior do que a população de cidades como São Francisco, Indianápolis ou Charlotte. O número de americanos hospitalizados por covid-19 diminuiu 15% desde janeiro, mas ainda se mantêm em um patamar bastante alto, com ao menos 124 mil pessoas internadas. (05/02)
Foto: Brandon Bell/Getty Images
Começam os Jogos Olímpicos de Inverno na China
Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 foram abertos nesta sexta-feira em Pequim, no qual cerca de 2,9 mil atletas de mais de 90 países competirão por medalhas. Diversos países impuseram um boicote diplomático ao evento para demostrar oposição a violações e abusos de direitos humanos cometidos pelo governo chinês, sem, no entanto, deixar de enviar os atletas para os Jogos. (04/02)
Foto: TOBY MELVILLE/REUTERS
A previsão anual da marmota
A marmota Phil tem errado com frequência suas previsões climáticas. Mesmo assim, milhares se reuniram nesta quarta para acompanhar ela sair de sua toca e observar se ela via a própria sombra ou não. Estava sol e havia sombra, o que, segundo a tradição americana, significa que haverá mais seis semanas de inverno. O Dia da Marmota ganhou fama mundial em 1993 com o filme homônimo. (03/02)
Foto: Jeff Swensen/Getty Images
No reino dos mortos
Da luz ofuscante do deserto, são apenas alguns passos para outro mundo: há mais de dois mil anos, o povo nômade dos Nabataeans esculpiu nessas enormes rochas para honrar seus ancestrais. Agora os turistas também podem admirar as decorações, desenhos e inscrições antigas. O sítio arqueológico faz parte do Sítio Mada'in Salih, na Arábia Saudita. (02/02)
Foto: Thomas Samson/AFP/Getty Images
China celebra Ano Novo Lunar
A China e a Ásia Oriental celebram o início do Ano Novo Lunar para 2022, o Ano do Tigre. As festividades começam com o nascer da segunda Lua Nova após o solstício de inverno no hemisfério norte e duram duas semanas, terminando, neste ano, em 15 de fevereiro, com a chegada da Lua Cheia. No período, milhões de chineses viajam para celebrar a data com as famílias. (1º/02)